terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Catedral de Fortaleza




A construção da primeira capela mor de Fortaleza foi decidida em fevereiro de 1699, mas a autorização só ocorreu por Ordem Régia de 12 de fevereiro de 1746. 
Concluída em 1795, a igreja foi demolida em 1820, quando foi vistoriada e encontradas diversas rachaduras no arco, ficando resolvida sua demolição para a construção de um novo templo. 
As peças sacras foram transferidas para a Igreja do Rosário, e só retornariam no dia da benção da nova matriz, no dia 2 de abril de 1854, que recebeu o nome de Igreja de São José. A Igreja serviu de Catedral quando houve o desmembramento da Diocese de Pernambuco e foi criada a do Ceará. 

Imagem: ofipro
Serviu também para marcar o tempo da população, pois trouxe para Fortaleza o primeiro relógio público. Em 1938 novamente sob a alegação de que estava prestes a ruir, foi esta também demolida e a pedra fundamental da atual catedral foi lançada em 15 de agosto de 1939, à época do arcebispado de Dom Manuel da Silva Gomes, que chegou a viajar à sua terra natal, Bahia, para não deixar demolir uma igreja de Salvador, mas a Sé de Fortaleza ele permitiu sem contestação.
A decisão do bispo causou uma grande polêmica na cidade, todos estavam contra a demolição. Mas Dom Manuel alegou que o teto poderia desabar a qualquer momento, inclusive no horário da missa.
Com a demolição da igreja foi destruída a contemplação do cruzeiro de Frei Serafim de Catânia, onde os fiéis aprendiam simbolicamente os episódios da paixão e ao pé do qual toda gente da capital rezava as ladainhas de Nossa Senhora, em maio, e o responso das almas, em novembro.
Muitas foram as críticas pela demolição da igreja, segundo disse Gustavo Barroso, “não se concebe a destruição de uma obra dessa natureza”. 



A construção da nova catedral demorou mais do que o esperado, em razão do inicio da Segunda Guerra, e da ocorrência das grandes secas, cujo socorro aos flagelados era sempre prioridade e demandava grande volume de recursos.
Finalmente foi inaugurada no dia 22 de dezembro de 1978, tendo o padre Tito Guedes à frente de suas obras e como Arcebispo Metropolitano, Dom Aloísio Lorscheider. 


a Catedral foi inaugurada em 1978, depois de ter passado quase quarenta anos sendo construída 


A Planta arquitetônica é em forma de H, sendo que o seu espaço interno é dividido em três naves, uma central e duas laterais, onde estão distribuídos os 375 bancos de madeira. 
A igreja tem capacidade para um total de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e do gótico e isso dá o estilo eclético.


O templo destaca-se pela imponência arquitetônica e pela beleza dos vitrais que representam passagens da Bíblia, os santos sacramentos e personagens eclesiásticas (alguns papas e bispos importantes para o Ceará). 



com 90 metros de comprimento e 45 metros na parte mais larga, existem na igreja a Capela do Ressuscitado e a do Santíssimo Sacramento, ambas na Cripta da Catedral


À esquerda da nave central fica  a Capela de São José, padroeiro do Estado do Ceará e da Catedral de Fortaleza 




A Cripta projetada pelo engenheiro Luciano Pamplona , passa por reformas. A Cripta dos adolescentes, como foi denominada por D. Antônio de Almeida Lustosa, Arcebispo da época, homenageia em seis altares santos que morreram na Adolescência: Tarcíso, Domingos Sávio, Pancrácio, Luzia, Inês e Goretti 




A atual Catedral herdou da antiga o conjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suas torres de 75 metros de altura.  Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar pode ser encontrada a imagem de Jesus Cristo adolescente (no momento encontra-se recolhida por conta da reforma) e também estão enterrados os restos mortais de algumas personalidades ligadas a igreja católica, tais como: Dom Manoel da Silva Gomes, Dom Antônio de Almeida Lustosa, Monsenhor José Quinderé e Monsenhor Tito Guedes Cavalcante.
A Catedral de Fortaleza fica na Praça da Sé, s/n°, centro histórico.

Pesquisa:
AZEVEDO, Miguel Ângelo (NIREZ). Cronologia Ilustrada de Fortaleza. Roteiro para um turismo histórico e cultural. Fortaleza: banco do Nordeste, 2001.
Catedral Metropolitana de Fortaleza – Oficina de projetos S/S Disponível em

4 comentários:

Unknown disse...

esse bispo é um grande mentiroso quando alegou sobre o risco de desabamento do teto da igreja nas minhas pesquisas que foram muitas descobri que tiveram que usar dinamite na demolição da matriz pra mim sinceramente como historiador ele não passa de um grande mau caráter e um vibrador metido com politica pois ele queria era ostentar uma nova igreja e dizer que foi obra da sua gestão com bispo

Tereza Cristina Barroso disse...

Preciso contar a história da catedral de Fortaleza em libras, mas estou sentindo dificuldade em alguns sinais. Alguém poderia me ajudar passando esse texto para ser interpretado em língua de sinais? Meu email é t.cris@yahoo.com.br. Obrigada.

Tereza Cristina Barroso disse...

Preciso contar a história da catedral de Fortaleza em libras, mas estou sentindo dificuldade em alguns sinais. Alguém poderia me ajudar passando esse texto para ser interpretado em língua de sinais? Meu email é t.cris@yahoo.com.br. Obrigada.

jornal da grande natal disse...

Interessante a assertiva. Com a demolição perdeu -se pinturas sacras do retratista alemão João Bindseil, autor do retrato do barao e baronesa de Ceara-Mirim no RN. Em 1866 depois dele pedir demissão do cargo de professor de desenho do Liceu Cearense.