quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pela manutenção da Praça Portugal



Quando foi inaugurada no dia 6 de abril de 1968, no loteamento Lydiápolis  numa região pouco habitada, no meio do areal e do descampado que caracterizava a Aldeota daquele tempo, a 700 metros do mar, com veredas abertas precariamente entre coqueiros e cajueiros, a Praça Portugal se impunha como um dos espaços livres pensados por Saboia Ribeiro para o lazer dos futuros moradores da região.



  
para aquele gestor que afirmou na TV que a Praça Portugal não tinha bancos: tem bancos sim, autoridade,veja quantos!

O lugar era tão sossegado que ninguém se preocupou em construir um acesso específico ao logradouro; e nem precisava: os poucos carros que circulavam por ali, estacionavam na rua, ao longo da rotatória; os pedestres não tinham o menor problema em chegar ou sair da praça a hora que bem entendesse.  Não dava para imaginar que, decorridos menos de 50 anos, a Praça Portugal fosse ficar isolada entre duas avenidas de tráfego intenso como a Dom Luís e a Desembargador Moreira. Também não era um problema assim tão grande que não pudesse ser reparado, o acesso podia ter sido feito à medida que foi sendo constatado que era necessário: umas faixas de pedestres, uma sinaleira, uma passarela...

eis um modelo que pode ser copiado pelos que não vêm outra solução a não ser demolir a praça porque não tem acesso.  (imagem: http://www.horacioalmeida.com.br)
Mas ninguém fez, ninguém se preocupou com isso. E foi justamente a dificuldade de acesso, que fez a diferença depois que a região cresceu de modo desordenado e o tráfego de veículos virou a prioridade número um da administração atual. 
Agora, um bando de políticos aloprados e carreiristas, decretaram a pena de morte da Praça Portugal, com desculpas estapafúrdias e soluções mágicas para o trânsito local. 
Fortaleza já teve outros prefeitos que se preocuparam mais em destruir o patrimônio da cidade do que governar com inteligência e criatividade, como, por exemplo o prefeito José Walter (1967-1971), que realizou várias obras pela cidade, mas o que marcou a sua administração foi o fato de ter destruído a Praça do Ferreira. 
Desejo o mesmo para os matadores da Praça Portugal. 

fotos do arquivo Nirez e do site Fortaleza em Fotos

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A Queda do Governador Clarindo de Queiroz

foto muito antiga da Praça general Tibúrcio (antigo Largo do palácio) no século XIX 

O general José Clarindo de Queiroz, ex-presidente da província do Amazonas, “herói” da Guerra do Paraguai, ficou a frente do governo cearense por apenas dez meses, consequência direta do apoio que prestou ao fracassado golpe de Estado de Deodoro da Fonseca em novembro de 1891 no Rio de Janeiro – por tal razão, Deodoro renunciou.
A ascensão de Floriano Peixoto à presidência da República e sua caça aos governadores que apoiaram Deodoro, soou como uma desgraça para Clarindo de Queiroz. Contando com o apoio do Congresso cearense, de parte da imprensa, da maioria dos oficiais do 11° Batalhão do Exército e até com certa simpatia popular, o general começou a sofrer intensa pressão do Presidente da República para que deixasse o governo. Recebeu de delicados memorandos pedindo seus serviços na capital do país a agressivos ultimatos.  A oposição bem articulada por Nogueira Accioly conspirava abertamente contra Clarindo. Este, a tudo resistiu, pelo menos até 16 de fevereiro de 1892.
Nessa data, após o governo federal mandar o 11° Batalhão “realizar exercícios práticos” em Maranguape (no intuito de esvaziar o apoio a Clarindo), alunos do Colégio Militar, marinheiros e o restante da força federal dirigidos pelo major Bezerra de Albuquerque, se revoltaram e usando canhões e metralhadoras, exigiram a renúncia do general.  


Uma multidão se postou nas imediações do Palácio da Luz, onde o governador Clarindo de Queiroz resistiu por uma noite, ao cerco dos revoltosos que queriam sua saída do governo do Ceará

O centro de Fortaleza virou uma praça de guerra. Clarindo de Queiroz  apoiando-se numa minguada força policial e em alguns civis (entre os quais o Conselheiro Rodrigues Junior) resistiu aos golpistas. Os oposicionistas levantaram barricadas, bombardearam a sede do governo na Praça general Tibúrcio. O tiroteio se estendeu por toda a noite e provocou pânico na população. Na manhã do dia 17, com o Palácio da Luz crivado de balas, o governador sem munição para continuar a luta, rendeu-se aos inimigos e entregou o cargo ao tenente-coronel José Freire Bezerril Fontenele, deputado e comandante interino do Colégio Militar. Treze pessoas perderam a vida no confronto. A praça foi completamente destruída – num canto desta, curiosamente, encontrou-se a estátua do General Tibúrcio, tombada de seu pedestal, em pé, após ser atingida por tiros de canhão. 

 aspecto da Praça General Tibúrcio depois do cerco ao Palácio da Luz


Clarindo em seguida, partiu para o Rio de Janeiro, onde em dezembro de 1893 viria a falecer em decorrência das torturas sofridas na prisão, pois fora um dos 13 generais desterrados por decreto de Floriano Peixoto ao pedir a renúncia deste. A 18 de fevereiro de 1892. No dia posterior ao golpe, Bezerril passou o comando do executivo cearense ao vice-presidente Liberato Barroso.  Começa então, uma intensa perseguição aos partidários de Clarindo de Queiroz e Deodoro da Fonseca. O grupo dos maloqueiros e Rodrigues Junior eram os mais visados. Foram efetuadas várias prisões arbitrárias e demissões de funcionários públicos e até de quatro desembargadores do Tribunal de Apelação (atual Tribunal de Justiça) e 12 juízes do interior. Além disso revogou-se a Constituição Estadual de 1891, promulgada durante a gestão de Clarindo de Queiroz e dissolveu-se o congresso cearense – composto por câmara, e senado estadual de maioria pró-Deodoro – sendo convocado outro com poderes constituintes a 12 de maio. Este novo congresso, promulgou a segunda Constituição do Ceará em 12 de julho de 1892. Na mesma data, Liberato Barroso deixou o governo do Estado, sendo substituído interinamente por Nogueira Accioly, eleito pelo Congresso primeiro vice-presidente. A 27 de agosto empossou-se no governo o tenente-coronel José Freire Bezerril Fontenele, escolhido também indiretamente pelos deputados estaduais.
 

a Praça em 1900

O grande articulador e vitorioso com a queda de Clarindo de Queiroz foi Nogueira Accioly. Contando com o apoio dos cafinfins, do Comendador Boris (da Casa Boris), do Barão de Ibiapaba e do governo federal, seu grupo ascendeu ao controle da máquina administrativa cearense. Durante o governo de Bezerril consolidou-se do regime republicano no Brasil e no Estado. O governador procurou adequar os municípios ao novo regime, e aqueles que não cumprissem as novas exigências, seriam anexados ao vizinho que tivesse a situação já regularizada. Vários adversários acabaram perseguidos e forçados a emigrar. O presidente Bezerril não realizou nenhuma obra de relevo para o Estado. Limitou-se a arrecadar quantia considerável de recursos  através de uma eficiente máquina tributária. Era o que ele chamava de “reserva sagrada”. Nisso tudo, Nogueira Accioly – escolhido senador em 1894 – contribuía, participava, influenciava. Em 1896 foi escolhido como sucessor de Bezerril. Nas décadas seguintes sofreria o Estado nas mãos de uma das mais duradouras oligarquias de sua história: a Oligarquia Accioly.


Extraído do livro de Airton de Farias
História do Ceará         

A Passagem da Taça do Mundo por Fortaleza



Nos únicos dois dias em que a Taça esteve em Fortaleza, atraiu um público de mais de 24 mil pessoas na estrutura montada no estacionamento do Shopping Iguatemi. O Tour ainda terá duas paradas: Brasília e São Paulo, onde encerrará seu percurso no dia 1º de junho, totalizando 25 capitais visitadas e 392 mil torcedores atingidos.

SOMADO ÀS VIAGENS INTERNACIONAIS, O TOUR DA TAÇA TERÁ PASSADO POR 90 PAÍSES E VIAJADO MAIS DE 150 MIL KM.

  
O objeto mais desejado pelas 32 seleções que disputarão a Copa no Brasil foi apresentado aos cearenses pelo pentacampeão Rivaldo, que ergueu, beijou e rememorou com o troféu de 6,175 quilos de ouro maciço 18 quilates a conquista de 2002. “No Japão, tive que dividir a Taça com os outros jogadores”, brincou Rivaldo. Bem-humorado, acrescentou: “Ter sido convidado pela Coca-Cola para ser embaixador da Taça é maravilhoso porque estou matando a saudade desse momento tão especial para um jogador de futebol e o melhor de tudo é que aqui tenho ela só para mim”.

Com diversas atividades, o Tour da Taça da Copa do Mundo por Coca-Cola virou um programa divertido para adultos e crianças que foram visitar a Taça durante exposição montada no Shopping Iguatemi de Fortaleza. Na área externa, brinquedos interativos, apresentações de dança e a presença do mascote do Mundial, Fuleco, deram o tom de Copa do Mundo aos visitantes.


TOUR BRASIL DA TAÇA DA COPA DO MUNDO DA FIFA™ POR COCA-COLA:

26) Brasília - Estacionamento Mané Garrincha – 27 e 28/maio
27) São Paulo – Shopping Metrô Itaquera- 29/maio a 1º/ junho





Avião do Tour da Taça - Foto: GloboEsporte.


Um avião especialmente decorado e mobiliado para o valioso objeto está servindo como meio de transporte ao redor do mundo. Uma equipe de 18 pessoas acompanha o Tour Mundial da Taça. 


 
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