terça-feira, 30 de setembro de 2008

Avenida Monsenhor Tabosa



Situada no bairro Praia de Iracema, a Avenida Monsenhor Tabosa é um dos lugares mais visitados pelos entusiastas por compras. Aqui se acha de tudo: calçados, confecções, bolsas, cintos, artesanatos, moda praia, além de restaurantes, lanchonetes, hotéis, bancos e etc, etc...
O lugar é relativamente seguro (comparando com outros pontos da cidade) , os preços praticados são razoáveis e a qualidade dos produtos é ótima.
Um dos pontos fracos é o estacionamento, com poucas vagas disponíveis.

sábado, 20 de setembro de 2008

Os gatos da UFC

Estes dois viviam na UFC. Foram retirados e adotados, escapando assim, da sanha assassina de covardes matadores que se escondem no anonimato


Os grandes centros urbanos estão constantemente sendo submetidos a novos desafios que demandam soluções criativas. Um desses desafios é o abandono de animais em lugares públicos, especialmente de cães e gatos.
A superpopulação de cães e gatos é um problema que afeta a maioria das cidades, em maior ou menor grau. A equação é simples: existem mais animais do que lares para acolhê-los. A maioria desse animais é abandonada na rua pelos seus proprietários, irresponsáveis e desumanos, que optam por ter animais domésticos, mas não cuidam nem da sua saúde, nem do seu bem-estar.
Por outro lado, a superpopulação de qualquer espécie gera problemas ambientais e desequilibrio na cadeia alimentar. Os gatos são predadores de pássaros e pequenas aves. Também são portadores de doenças transmissíveis a humanos em razão da ausência de vacinas ou medidas de prevenção.
Atualmente em Fortaleza não há uma praça, um logradouro público, um condomínio privado, que não esteja repleto de gatos, de todas as cores, tamanho e raças.
Em busca de uma solução rápida, as autoridades da saúde freqüentemente recorrem ao sacrifício em massa. Milhares de animais são mortos, nem sempre de forma humanitária, por falta de informações, de incentivos, subsídios à esterilização dos animais.
Quando o poder público se omite, o que ocorre com uma frequência bem acima do aceitável, uma parcela da população, munida de veneno, crueldade e muita amargura na alma, se encarrega de exterminar os indefesos bichanos, que são mortos às centenas, sob o olhar cúmplice da outra parcela, que se não concorda, também não reage.
Mas há um item especialmente chocante nesse episódio sobre gatos abandonados: os que vivem (viviam) no campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará. A matança de grande número deles, denúncias de maus-tratos e a proibição, por parte da direção da instituição para alimentá-los, repercutiu na mídia, (Diário do Nordeste, 12.07.2008 e 02.08.2008, Editoria Cidade), gerou polêmicas e causou indignação até em quem ignora o direito dos animais.
A universidade é a elite cultural e intelectual de uma nação. Acima da universidade não há governo, nem igreja, nenhum poder, nenhuma outra instituição que detenha tanto saber. A universidade cria conhecimentos, muda paradigmas, educa, ensina, mostra caminhos, aponta soluções.
Por isso é tão dificil aceitar que os administradores da UFC tenham optado por copiar a solução encontrado por broncos moradores de condomínios ou freqüentadores de locais públicos que por ignorância, intolerância e falta de respeito aos outros seres vivos, dão vazão aos seus maus instintos, com a desculpa de que estão solucionando um problema. Estão isso sim, cometendo um crime: são criminosos.

A mesma notícia do jornal, dá conta de que em parceria com algumas entidades, foi firmado um compromisso no qual a UFC se dispõe a buscar soluções como controle da natalidade pela castração e a prestar ajuda em campanhas educativas para adoção dos pequenos felinos.

Não era sem tempo. Esse é o papel que cabe a uma universidade mantida pela dinheiro público, que sabe da relevância de sua atuação junto à sociedade, que sabe mais do que todos, que exterminar animais é crime não só moral, mas também legal, em razão da existência da Lei número 9.605/98 de 12.12.1998, denominada Lei de Crimes Ambientais, que em seu artigo 32 § 1 e 2, prevê penas de detenção e multa para quem pratica crimes contra animais.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Fortaleza e os Transportes Coletivos

Arquivo Nirez
Na velha Fortaleza, o transporte coletivo urbano coube, em privilégio a Tomé A. da Mota, que em 25 de abril de 1880 incorporou a Ferro Carril do Ceará. A empresa de transportes colocou a disposição dos passageiros 25 bondes, cada um com 25 lugares, e que cobriam diversos percursos.
Eram veículos puxados à tração animal (bondes de burro). A extensão total das linhas era avaliada em 7.500 metros. Um anúncio avisava aos passageiros que os carros partiriam do Mercado Público (local ocupado hoje pelos edifícios do Palácio do Comércio e Banco do Brasil), de meia em meia hora e enquanto houvesse passageiros.
Arquivo NIREZ
O preço da passagem era de cem réis. Os carros eram de tamanhos diferentes: havia os de 4, 5 e 7 assentos. Os trilhos eram de madeira pregada nos dormentes, forrada por cima de cantoneiras de ferro, sobre cuja face plana corriam as rodas.
Os bondes de burro funcionaram e transportaram passageiros até 1913, quando foram substituídos pelos bondes elétricos da Ceará Light and Tranways Power Co.


(extraído do livro Fortaleza e a crônica histórica, de Raimundo Girão).

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Primavera Silenciosa e o mosquito da dengue

Foto: http://www.petlvr.com/blog

Ao ser introduzido para uso no combate a pragas, o Dicloro-Difenil-Tricloroetano – o DDT, mais poderoso pesticida que o mundo já conhecera — terminou por mostrar que a natureza é sensivel à intervenção humana. A maior parte dos pesticidas é efetiva contra um ou outro tipo de insetos, mas o DDT era capaz de destruir de imediato, e por muito tempo, centenas de espécies diferentes de insetos e aves.
De baixo custo, o DDT tornou-se conhecido durante a II Guerra Mundial, quando foi usado pelas tropas americanas contra insetos causadores de doenças como malária, tifo e febre amarela. Ao mesmo tempo, na Europa, começou a ser usado sob a forma de pó, eficiente contra pulgas e outros pequenos insetos.
No livro Silent Spring (Primavera Silenciosa), lançado em 1962, Rachel Carson, pesquisadora e escritora americana, mostrou como o DDT penetrava na cadeia alimentar e acumulava-se nos tecidos gordurosos dos animais, inclusive do homem - chegou a ser detectada a presença de DDT até no leite humano, com o risco de causar câncer e dano genético.
O mais contundente capítulo do livro, intitulado "uma fábula para o amanhã", descreve uma hipotética cidade americana na qual toda vida — desde os peixes, os pássaros, até as crianças — tinham sido silenciados pelos efeitos danosos do DDT.
Além da penetração do DDT na cadeia alimentar, e de seu acúmulo nos tecidos dos animais e do homem, Rachel mostrou que uma única aplicação de DDT em uma lavoura matava insetos durante meses e, não só atingia as pragas, mas um número incontável de outras espécies, de forma indiscriminada, permanecendo tóxico no ambiente mesmo com sua diluição pela chuva. Além de demorar de 4 a 30 anos para se degradar.
O livro causou comoção entre os leitores americanos. Devido a grande repercussão, o então presidente americano John Kennedy, ordenou ao comitê científico de seu governo que investigasse as questões levantadas pelo livro; os relatórios apresentados foram favoráveis ao livro e à autora. Como resultado, o governo passou a supervisionar o uso do DDT e este terminou sendo banido.
O uso do DDT foi proibido por volta dos anos 70. Dentre os malefícios identificados pelo uso do agrotóxico, estão o enfraquecimento das cascas de ovos das aves e o envenenamento de alimentos como carnes e peixes. Alguns estudos sugerem que o produto é cancerígeno, provoca partos prematuros e causa danos neurológicos, respiratórios e cardiovasculares.
A partir da década de 80, o Brasil suspendeu a fabricação do DDT em consequência da proibição de seu uso na agricultura. No entanto, continuou, até bem pouco tempo, a empregar o inseticida no controle dos vetores da malária e de outras doenças transmitidas por mosquitos, apesar dos impactos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana decorrentes de sua aplicação.
Sobre a eficiência do DDT em combater mosquitos, não paira nenhuma dúvida. No Brasil, o uso do produto erradicou a malária em estados como o Ceará, Piauí e Minas Gerais. Em 1950, o então presidente Gaspar Dutra anunciou a erradicação da dengue no Brasil.
Esta doença voltaria após a proibição do uso do DDT no País.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Entorno do Centro Dragão do Mar



Inaugurado em abril de 1999, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura tem por missão, a democratização do acesso a bens artísticos e culturais, capacitando pessoas e produzindo bens simbólicos, lugares de criação, memória e reflexão
. 
Ambientado em cerca de 30 mil metros quadrados, o Dragão é matéria para a reestruturação e revitalização da antiga área portuária da capital cearense.
No seu entorno, velhos casarões com fachadas restauradas abrigam bares, restaurantes, boates e galerias de arte, diversão para todos os gostos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Histórias de Fortaleza: Os Gatos Pingados

Na Fortaleza antiga, os enterros eram solenes e a pé. A frente do cortejo, a cruz alçada e o padre paramentado. O caixão do falecido era carregado por amigos, parentes ou pelos “gatos pingados”, homens contratados para levar o defunto ao cemitério. Vestiam-se com casacas compridas e negras, uma fita amarela a tiracolo, calças com listas vermelhas, cartolas altas de oleado, de abas enroladas.
O esquife era equilibrado sobre duas tábuas, em cujas pontas haviam aldravas seguras pelas mãos enluvadas dos Gatos-Pingados, e transportado num ritmo cadenciado, subindo e descendo, num caminhar lento e silencioso.
Somente homens, todos de preto, acompanhavam o féretro. Se o defunto era pessoa importante, o cortejo terminava com uma banda de música tocando peças fúnebres.
Durante um mês, a família só saía de casa para assistir as missas, de sétimo e trigésimo dia. Só escrevia cartas tarjadas de preto e usava luto fechado: os homens, camisa e terno pretos, as mulheres vestido comprido totalmente negro, a cabeça coberta por um véu. Os viúvos usavam luto fechado pelo resto da vida.


Fontes:
 História Abreviada de Fortaleza e crônicas sobre a cidade amada de Mozart Soriano Aderaldo

Fortaleza Descalça de Otacílio de Azevedo

Farol do Mucuripe


Construído no século XIX, o velho Farol do Mucuripe guiou as embarcações pela costa de Fortaleza até a década de 50. Em 1982, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e transformado no Museu do Jangadeiro.
De longe a fachada parace intacta. Mas a falta de manutenção do Farol do Mucuripe afastou os visitantes. Os moradores da região dizem que o local, que era pra ser ponto turístico de Fortaleza, foi esquecido.
O Farol do Mucuripe tem um passado importante. Foi construído por escravos entre os anos de 1840 e 1846, passou por inúmeras reformas, e acabou sendo desativado no fim da década de 1950. A última recuperação foi há 25 anos quando o farol foi tombado pelo Patrimônico Histórico e Artístico da Secretaria da Cultura.
Hoje o lugar parece que perdeu importância.
A placa é de indicação de um equipamento turístico, mas o Farol do Mucuripe está completamente abandonado. A prova disso é que ele está fechado para a visitação pública. O Prédio está pichado e não há sinal de nenhum tipo de manutenção.
Por já ter abrigado o Museu do Jangadeiro, no seu interior ainda existem fotos antigas e registros da construção.
O monumento relembra os tempos da colonização, quando navegadores portugueses e espanhóis aportaram no litoral cearense. De estilo barroco, a fachada do prédio é composta por oito paredes de tamanhos iguais. Por dentro, uma escada helicoidal leva ao topo do prédio, de onde se tem uma visão panorâmica da Praia Mansa e de todo o bairro do Mucuripe.
Praticamente esquecido, o velho farol não é mais incluído no roteiro dos visitantes.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Política Pública de Segurança: Projeto Ronda do Quarteirão

Projeto Ronda do Quarteirão
Igual a analgésico: alivia a dor mas não cura a doença


Estatísticas feitas a partir dos relatórios de ocorrências registrados no Centro Integrado de Operações Policiais – CIOPS revelaram que entre julho e setembro de 2006, Fortaleza sofreu uma média de 1,8 casos de homicidios por dia, num total de 110 assassinatos no período. A mesma pesquisa revela que a cidade já registrou um sequestro relâmpago a cada oito horas e um assalto a cada quinze minutos.
Nessa guerra urbana, todos são alvos dos criminosos, desde crianças, muitas vezes assaltadas e roubadas por outras crianças, a idosos, assediados e agredidos por marginais interessados nas suas parcas aposentadorias e atraídos pela fragilidade das vítimas.
A escassez de policiamento, o número reduzido de policiais, a impunidade, o sucateamento das delegacias e presidios, a incapacidade do Estado de oferecer soluções eficazes, são alguns dos fatores que incrementam as estatísticas da violência e assustam a população.
Para enfrentar esse cenário de caos, surgiu a Ronda do Quarteirão, um modelo de policiamento comunitário, baseado em uma parceria da comunidade com a Polícia. Os policiais são apresentados aos moradores de cada área, e em caso de necessidade, são acionados pelo celular, com a promessa de atendimento em até cinco minutos.
O Programa Ronda de Quarteirão aumentou a sensação de segurança da população, principalmente porque as viaturas são vistas circulando em diversos locais e em todos os horários.
Mas não resolve o problema da criminalidade, ligada a problemas estruturais como o desemprego, a falta de oportunidade, a exclusão social, o analfabetismo, e a ausência de programas sociais e educacionais que reintegrem os infratores à sociedade, além da falta de investimentos na contratação, treinamento e valorização de pessoal, que denunciam péssimas condições de trabalho e baixos salários.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Estádio Presidente Vargas - PV

O estádio foi inaugurado em 21 de setembro de 1941, com o jogo entre as equipes do Ferroviário 1 x 0 Trammways de Recife. É um estádio de médio porte com capacidade para até 22 mil pessoas, localizado no bairro do Benfica.
Não é um vizinho desejado: segundo moradores, em dias de jogos, a maioria das ruas dos bairro se transformam em campo de batalha. Gangues, bêbados, conflitos entre moradores e torcedores são ocorrências comuns. Além disso ocorrem roubos, furtos, assaltos, depredações do patrimônio, trânsito caótico, barulho de carros de som, palavrões e muita sujeira.
As pichações que marcam a fachada, mostram o pouco caso com o bem público. Dentro do estádio, cadeiras e arquibancadas quebradas, sanitários depredados e sujos completam o quadro de abandono.
Mas o estádio contribuiu para a construção da identidade de Fortaleza, e escreveu a página inicial da história do futebol cearense; abrigou times como Nacional, Gentilândia, Maguary, e Usina Ceará, equipes que hoje só existem na memória de torcedores mais antigos.