domingo, 31 de outubro de 2010

Praça José de Alencar

Praça Marquês de Herval na primeira década dos anos 1900 (Arquivo NIREZ) 

A praça já se chamou Marquês de Herval e era o orgulho da administração do oligarca Nogueira Accioly e do Intendente Guilherme Rocha. Naquela época existia uma grande área plantada, com jardins floridos, bancos, jarros, estátuas e um catavento que alimentava a caixa d’água. 
Em 1912 tudo foi destruído pela população, na revolta urbana que culminou com a deposição de Nogueira Accioly.

Praça nos anos 1970


Em maio de 1929, por iniciativa do jornalista Gilberto Câmara, foi colocada uma estátua de José de Alencar no centro da praça, e anos depois a antiga Praça Marquês de Herval passou a ser chamada de José de Alencar.
Durante anos a Praça Jose de Alencar foi o ponto final dos ônibus que iam para o centro.
praça hoje

Não se sabe ao certo quando começou a ocupação pelo comércio ambulante, o fato é que esse tipo de atividade cresce dia a dia e ocupa praticamente todos os espaços da outrora bela Praça José de Alencar.
 A interminável obra do Metrofor contribui para o desconforto e o caos na área.


A permissividade da prefeitura é ilimitada, não há nenhuma providência em andamento que objetive devolver o logradouro à população, não há fiscalização, não há restrições, não há regras a serem cumpridas: a omissão é total e absoluta.
Enquanto a prefeitura faz vista grossa e o batalhão de burocratas que lotados nas chamadas regionais morgam em suas salas de ar condicionado, o mercado persa está instalado na Praça José de Alencar, onde tudo se vende: lanches, confecções, panelas, livros e sapatos. Tem até pregadores – dentro daquele inferno – prometendo o reino dos céus aos seus seguidores; tem shows com animais, pedintes, marreteiros, descuidistas, cães e gatos abandonados

O piso está danificado em vários pontos, e onde antes havia grama agora é só areia.
O trânsito confuso, a dificuldade de locomoção, a sujeira, as pichações, a poeira, tudo denuncia o estado de abandono da Praça José de Alencar.

Fortaleza Bela na concepção da prefeitura municipal.
Imagina-se o que seria uma Fortaleza feia.


Onde está o Plano Diretor Participativo de Fortaleza que não é aplicado? Onde está a Agenda 21 Fortaleza, lançada em 2005, com a presença de Leonardo Boff, com tanta pompa e circunstância?  Onde está o Código de Obras e Posturas de Fortaleza?

sábado, 30 de outubro de 2010

As Vozes do Rádio

Eles davam noticias, transmitiam eventos, narravam partidas de futebol, animavam auditórios, faziam novelas e tinham muita, muita credibilidade. Eles eram as vozes do rádio.
Neide Maia
Já no final da década de 1940, a voz sensual de Neide Maia causava frisson e incendiava a imaginação dos senhores ouvintes. Considerada uma das melhores locutoras do Brasil, chegou a ser convidada pela direção da Rádio Tupi para se transferir para aquela emissora. Não aceitou para não ter que se ausentar de Fortaleza e do convivio dos seus familiares. Com a chegada da televisão, Neide Maia tornou-se a primeira-dama da TV Ceará. Ali como apresentadora e como executiva, teve atuação marcante. 
Wilson Machado  
Veteranissimo da Ceará Rádio Clube, durante um tempo dividiu a cabine de locução com a tribuna da Assembléia Legislativa. Popular e humano, tinha atrás de si uma grande legião de admiradores. 
Albuquerque Pereira
Ator de teatro e cinema era um dos nomes mais respeitados da Ceará Rádio Clube, integrante do elenco de locutores e atuando também nas novelas da casa.
Ruth de Alencar
Era considerada uma das mulheres mais bonitas do Ceará nos anos 1940. Filha do Almirante Rufino de Alencar, fez teatro e integrou o cast de novelas da Ceará Rádio Clube, fazendo par romântico com João Ramos. Rute de Alencar também fez locução na emissora. 
José Júlio Cavalcante
Foi um dos primeiros a atuar na Rádio Iracema e criou a Associação Cearense de Rádio - ACR - embrião do hoje Sindicato dos Radialistas. Como profissional do rádio, teve atuação das mais destacadas, especialmente nos eventos ligados a política, aos quais sempre esteve presente.
Carmem Santos
pertenceu aos quadros da Rádio Verdes Mares, quando a emissora ainda pertencia aos Diários Associados. 
Almir Pedreira
Almir Pedreira foi um dos mais completos profissionais da locução no rádio. Dono de uma voz privilegiada, reunia competência e talento.
Narcélio Limaverde
Filho do também radialista José Limaverde, sempre foi exemplo de profissional. Devido a sua popularidade, ingressou na política e foi eleitoDeputado Estadual, onde teve forte atuação
Mozart Marinho
Dono de uma das mais possantes vozes do rádio no Ceará, Mozart marinho era versátil e brilhou tanto na locução de cabine como narrador de novelas e na leitura de crônicas. Era também ator.
Maria de Aquino
foi a primeira locutora do rádio cearense, atuando na ceará Rádio Clube no ínicio da década de 1940. Durante a segunda guerra mundial, quando soldados americanos estiveram aquartelados em Fortaleza, Maria de Aquino se casou com Eugene Biggs, indo residir nos Estados Unidos

fonte:
Coisas que o tempo Levou - a era do rádio no Ceará
de Marciano Lopes

Os Antigos Cinemas

Na década de 1940, o cinema ditava a moda em Fortaleza. As mulheres procuravam imitar as deusas da tela, na maneira de vestir, de pentear os cabelos, de pintar o rosto, na maneira de sentar, de andar, de se comportar.
Todas procuravam alguma coisa que as identificassem com as atrizes de Hollywood. Para eternizar as performances, deixavam-se fotografar pelos melhores studios da época: Aba-Film, Foto Moderno, Foto Sales, Foto Oriente, Foto Nelson. Cada stúdio procurava caprinhar nas gigantescas ampliações que nada ficavam a dever às fotos das estrelas do cinema americano.
Mas as imitações não se limitavam às caras e bocas: também se copiavam as casas, os famosos bangalôes de Beverly Hills. Por conta do modismo, durante muito tempo a Aldeota ostentou belos e suntuosos bangalôs, todos inspirados nas moradias vistas nas telas de cinemas.
Até uma réplica da mansão de Thara, do filme E O Vento Levou surgiu na Avenida Santos Dumont, graças à planta solicitada ao estúdio produtor do filme.
Nessa época Fortaleza tinha muitas salas de projeção, e era nesses espaços que a população assistia os filmes que viriam a influenciar hábitos, costumes e comportamentos da então provinciana capital do Ceará.

Cine Diogo
1a foto: entrada do Cine Diogo, no térreo do edificio do mesmo nome. 2a. foto: lateral da entrada do Cine Diogo. Na bilheteria, cartazes anunciando os próximos filmes - 1950

Inaugurado em 1940, o Cine Diogo era a sintese do luxo e do conforto. Desde o seu grande hall onde se encontravam as vitrines dos cartazes, até a sala de projeção, o requinte e o bom gosto predominavam. 
Todo em tons de vermelho, música de intervalo em surdina, luzes filtradas. Efeitos de luzes coloridas e gongo em várias notas musicais, anunciavam o inicio das sessões.
O Diogo era o orgulho da cidade, com grande e solene balcão e duas salas de espera, com cabine telefônica para uso dos espectadores. Seus funcionários usavam uniforme azul marinho, com galões e botões dourados.
A sala de espera do térreo, era de mármore de Carrara, espelhos de cristal bisotados e sofás de veludo azul marinho e lustres alabastro.

Cine Moderno
platéia do Cine Moderno. Dois detalhes chamam a atenção: os homens de paletó e gravata e ausência de mulheres (só vemos uma na foto)

Localizado na Praça do Ferreira, tinha fachada monumental, lembrando um palácio egípcio, com duas volumosas torres e marquise em forma de cauda de pavão, com vidros multicores. Seu interior, totalmente art-nouveau, as bilheterias de madeira entalhada e gradis de bronze dourado.
A sala de espera formava meias paredes com canais de escoamento, em rico trabalho de talha em madeira entremeada de espelhos bisotados. Tinha sofás estofados em couro negro, integrados às paredes. A sala de projeção era longa e estreita, com pequeno balcão.
Dezenas de portas laterais davam para as áreas externas, que só eram abertas nas sessões noturnas.
Cine Majestic

Salão de projeção do Cine Teatro Majestic-Palace

Construído por Plácido de Carvalho, já era nos idos de 1945, um cinema popular, apesar da sua beleza nobre, teatro que fora em seus anos dourados de glória e pompa.
Como todo teatro em estilo elizabetano tinha forma de ferradura, com uma série de frisas, o balcão simples e a famosa geral, de tantas confusões e que gerou tanto folclore.
O antigo balcão nobre era ocupado pela cabine de projeção. Na platéia as cadeiras conjugadas eram anatômicas e possuiam um sistema de molas que mantinham os assentos sempre dobrados. Nas frisas, cadeiras austriacas, o teto todo trabalhado em placas de chumbo rendilhado com altos e baixos relevos. Frequentado pelo povão, tinha sessões continuas a partir do meio-dia e seu forte eram as séries e as sessões colosso às quintas feiras, quando eram exibidos dois filmes.

Cine Centro

  
Na esquina das avenidas Duque de Caxias e Tristão Gonçalves, estava o Cine Centro. Apesar de funcionar no velho casarão do Centro Artístico Cearense, era muito simples e só tinha uma máquina, o que obrigava a projeção a ser interrompida ao final de cada rolo. 
Mas era querido bem aceito pela vizinhança.
O Cine Rex, era chamado o cinema das familias. Localizado na Rua General Sampaio entre as Ruas Pedro Pereira e Pedro I. Era imenso, porém simples e sem conforto. O Cine Luz também ficava localizado na General Sampaio, na esquina com a Praça da Estação. Nivelava-se socialmente ao Majestic, e era o preferido dos moradores do Arraial Moura Brasil, do Curral e das Cinzas, em razão da proximidade com aqueles aglomerados. No bairro de Otávio Bonfim existiam dois cinemas, o Familiar, anexo ao convento dos frades franciscanos da Igreja Nossa Senhora das Dores e o Nazaré. No Mucuripe tinha o Cine Mucuripe e o São José.  distrito de Parangaba, ao lado da matriz havia o Cine Excelsior; o distrito de Messejana tinha um cinema com o mesmo nome.
O Cine América localizava-se na Praça Presidente Roosevelt, no Jardim América. Na Avenida Visconde do Rio Branco, estava o Cine Joaquim Távora. O Cine Ventura ficava na Avenida Barão de Studart, reduto do português Júlio Ventura. Na Praça Benjamin Constant (Cristo Rei) estava o Cine Santos Dumont.

fonte:
Royal Briar a Fortaleza dos anos 40, de Marciano Lopes.
fotos Arquivo Nirez

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aldemir Martins


Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, Ceará, no dia 8 de novembro de 1922. 
Ainda menino, transfere-se com a família para Vila Guaiúba, município de Pacatuba. Aos 11 anos é matriculado no Colégio Militar de Fortaleza, onde se tornou monitor de desenho de sua classe. Permaneceu no Colégio Militar por cinco anos, sendo mais tarde, transferido para o Ateneu São José.
No início dos anos 40, Aldemir Martins cria, juntamente com Mário Barata, Barbosa Leite, Antonio Bandeira, e outros, o Grupo Artys e a SCAP - Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, responsáveis pela renovação do ambiente artístico cearense. Em 1942 expõe pela primeira vez, no II Salão de Pintura do Ceará.
Faz ilustrações para os jornais O Unitário, O Correio do Ceará e O Estado e para livros de intelectuais cearenses. 
Aldemir transfere-se em 1945, para o Rio de Janeiro, onde participa de uma coletiva na Galeria Askanasi e do Salão Nacional de Belas Artes.
Um ano depois está em São Paulo onde realiza sua primeira individual, na seção paulista do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Em 1947 foi convidado a participar da exposição 19 Pintores, que marca a emergência de uma nova geração de artistas brasileiros. 
A partir daí Aldemir Martins participou  ativamente do movimento artístico brasileiro.
Concorreu aos principais salões de arte do país, recebendo numerosos prêmios entre os quais o Prêmio Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Arte Moderna (1954).
Participou ainda de outras mostras competitivas como a Bienal de São Paulo e a Bienal de Veneza. Na I Bienal de São Paulo recebe o Prêmio de desenho Olívia Guedes Penteado e na II, o prêmio Nadir Figueiredo
Em 1956, Aldemir Martins conquista a láurea mais importante de sua carreira: O Prêmio Internacional de Desenho da Bienal de Veneza, que o consagra definitivamente.
Em 1982 lhe foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará. 
Em 1985 a MWM lançou o livro Aldemir Martins Linha, Cor e Forma e, em 1990, a Best Seller editou o volume Desenhos de Roma, que reúne trabalhos realizados por Aldemir Martins quando esteve na capital italiana.
Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. 
Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados.
Nos seus desenhos de cangaceiros, nos peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura.
Desenhos e pinturas de sua autoria foram reproduzidos em numerosos produtos industriais tais como pratos, bandejas, xícaras, tecidos, embalagens e na abertura das telenovelas, "Terras do Sem Fim" e "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado.  
Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade
Ao longo de sua carreira, o artista participou de mais de 150 exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
Aldemir Martins faleceu em fevereiro de 2006 em São Paulo, onde residia. 


Fonte:

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cenários da cidade amada

antigos armazéns da alfândega 
antigos armazéns hoje bares, boates e restaurantes
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
fachadas recuperadas no centro
Avenida Presidente Castelo Branco (Av. Leste/Oeste)
Praia de Iracema
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Teatro São José
Rua Major Facundo
Igreja do Coração de Jesus
Praça do Ferreira
Fonte das Sereias Praça Murilo Borges (BNB)
Cidade da Criança
Cidade da Criança
Estátua de Iracema
Praia de Iracema
Praia de Iracema
Quartel da 10ª região
Avenida Washington Soares (CE 040)
Igreja do Coração de Jesus

fotos: Arquivo do Blog

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Raimundo Cela

cabeça de homem óleo sobre madeira (1931)
rendeira óleo sobre madeira (1931)
jangadeiros entrando no mar (1940)

Raimundo Brandão Cela nasceu em Sobral em julho de 1890, filho mais velho de José Maria Cela e Maria Carolina Brandão Cela.  Estudou no Liceu do Ceará, depois, em 1910,  mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se matriculou na Escola Politécnica  no curso de engenharia, para satisfazer a vontade de seu pai. 
Ao mesmo tempo,  foi aluno livre da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro estuda com consagrados pintores, entre eles,  Zeferino da Costa, Eliseu Visconti e Batista da Costa.
Conquistou uma medalha de prata no Salão Nacional de 1916. No ano seguinte, no mesmo salão, conquistou a Medalha de Ouro. 
Com seu quadro O Último Diálogo de Sócrates, ganhou o prêmio de Viagem ao Exterior
Demorou-se cinco anos na Franca, visitando ainda outros países. Em Paris participou do Salão dos Artistas Franceses, em 1922. 
Quando retornou ao Brasil fixou residência em Camocim, no desempenho de sua profissão de engenheiro. Mais tarde embarcou de volta  para o Rio de Janeiro, tornando-se professor da Escola Nacional de Belas Artes.
Foi premiado no Salão Paulista, em 1943, no Salão Fluminense, no Rio de Janeiro em 1947 e no Salão Nacional de Belas Artes, 1947. Raimundo Cela é considerado o maior pintor do Ceará e um dos maiores do Brasil. A critica nacional tece-lhe os maiores elogios, principalmente quando se refere às suas gravuras. Durante muito tempo utilizou-se dos vários procedimentos técnicos da gravura em metal.
Foi Raimundo Cela talvez o único pintor cearense que aliou aos seu sentimento estético ao aprendizado acadêmico, o qual, longe de despersonalizá-lo, deu-lhe as condições necessárias ao seu completo desenvolvimento.
De uma modéstia impar, Raimundo Cela manteve-se sempre afastado dos movimentos artisticos. Pintar era para ele uma coisa natural, pintava porque tinha que pintar.
Os quadros de Raimundo Cela apresentam e traduzem sua personalidade. 
Sua obra marcada pelo regionalismo, consagra tipos e paisagens nordestinas: pescadores, rendeiras, jangadeiros, beiras de praias com coqueiros. Sente-se nessas figuras tostadas de sol, a alma insatisfeita do cearense anônimo, do herói obscuro, na eterna luta contra o destino e os elementos adversos, tratados com grande realismo, com o auxilio de um desenho correto e de um colorido compativel com a realidade.
Certo expressionismo rústico se evola dessas obras sólidas, que estilisticamente se situam à margem do modernismo, mas que ainda assim conseguem convencer pelo que possuem de íntima energia, de sinceridade e de emoção. 
Em sua homenagem foi criada em 25 de março de 1967 a Casa de Cultura Raimundo Cela, onde há exposições permanentes de pintura, além de exposições organizadas com o intuito de divulgar e promover as artes plásticas dos artistas cearenses.



 água forte sobre papel (acervo do Museu de Arte da UFC)
cabeça de jangadeiro - óleo sobre madeira 1933

Sua obra pode ser vista em grande parte no MAUC - Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, na Avenidada Universidade, 2854, Bairro Benfica.

fonte: AZEVEDO, Otacílio de. Fortaleza Descalça; reminiscências. Fortaleza: