segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Palácio Senador Alencar


O prédio que hoje abriga o Museu do Ceará teve sua construção iniciada em 1855 e concluída em 1871. Foi idealizado para ser a Assembleia Provincial do Ceará, em pleno Brasil-Império. Fica no quadrilátero entre as ruas São Paulo (frente principal), General Bezerril, Floriano Peixoto e Travessa Morada Nova. O projeto em estilo neoclássico é do engenheiro Adolfo Herbster.
O Palácio Senador Alencar já foi ocupado pela Faculdade de Direito, Biblioteca Pública,  Tribunal Regional Eleitoral,  Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras.
O imóvel foi tombado pelo IPHAN em 1973.

 foto de 1908 do Álbum de Vistas do Ceará

domingo, 29 de dezembro de 2013

Parque Ecológico da Lagoa da Maraponga



O Parque Ecológico da Lagoa da Maraponga foi criado pelo Decreto Municipal N° 21.349, de 03 maio de 1991, e ocupa uma área de 31 hectares  na Avenida Godofredo Maciel, Bairro Maraponga.
A lagoa  está localizada no extremo oeste da bacia do Cocó,  apresentando uma extensa paisagem natural, composta por quantidade significativa de vegetação de grande porte e vários ecossistemas. Apresenta restritos acessos em seu entorno, no qual se pode destacar a Avenida  Godofredo Maciel, a única de grande porte limítrofe à lagoa. O recurso tem um bom grau de integridade, caracterizando-se por conter diversas potencialidades naturais, urbanísticas, paisagísticas e de lazer.


 A Lagoa da Maraponga era um antigo açude produzido pelo aterro da Avenida Godofredo Maciel sobre o córrego que alimenta o açude Uirapuru.

Área aproximada: 45.000 m²
Profundidade máxima: 3,90 m
Profundidade média: 1,74m
Volume de água: 134.050 m³

Atualmente, devido a longa estiagem que castiga o Ceará, esses níveis podem apresentar  variações. 

fotos: Raquel Viana - dez/2013
fonte: Parque Vivo

A origem do Operariado Cearense

A Fábrica de Tecidos Progresso iniciou o processo de industrialização no Ceará

Na 2ª. Metade do século XIX verificou-se o tímido início da industrialização cearense. Em 1883 começava a funcionar a primeira fábrica fabril local. Antes, desde os anos 1830 e 1840, haviam surgido tipografias imprimindo os jornais das facções partidárias, e depois livros, panfletos, revistas,  de intelectuais e casas comerciais. Apareceram ainda fábricas pequenas de cigarros, chapéus, velas, óleos, bebidas, curtumes, gelo, etc. obviamente esse processo industrial era inexpressivo num contexto nacional – o Ceará continuava a ser uma província agroexportadora – mas apresentava um importante sentido social: possibilitaria o surgimento do operariado cearense.


Nessa classe, de numero reduzido, poderiam ser englobados ainda os chamados artistas, ou seja, os artesãos, pedreiros, carpinteiros, os catraieiros (estivadores portuários), os ferroviários (das estradas de ferro de Baturité e Sobral), os empregados ligados à produção de sal (como os salineiros dos rios Acaraú e Jaguaribe), os serviços de transporte urbano (condutores de bondes) e de água, energia e esgoto, entre muitos.

 trabalhadores da Estrada de Ferro Baturité
 
As condições de existência desses trabalhadores eram precárias: estafantes jornadas, inexistência de direitos trabalhistas, baixa remuneração, exploração de mão-de-obra feminina e infantil, habitações miseráveis. Assim, era natural que os operários buscassem se organizar para fazer frente às dificuldades. Segundo o historiador Geraldo Nobre, a primeira manifestação  de associativismo do trabalhador cearense teve caráter político-partidário, ainda ao tempo do império, com a União  Artística, organizada como ala do Partido Liberal.
 

 O Centro Artístico Cearense publicou o jornal Primeiro de Maio, tendo como dístico "Perseverança e Coragem" ao lado da inscrição "Proletários de todos os países, uni-vos" 

Depois surgiram entidades mutualistas e beneficentes, voltadas para a assistência dos filiados em caso de doenças, acidentes e mortes, como a Fraternidade e Trabalho, a União Artística Maranguapense e a Associação Tipográfica Cearense, que em 1876 deflagraria a primeira greve trabalhista, reivindicatória de melhor remuneração no Ceará, paralisando por alguns dias as oficinas de “Pedro II”, órgão do partido Conservador.
A década de 1860 marcou o aparecimento da imprensa operária local, no contexto das mudanças socioeconômicas e urbanas  que então ocorriam – crescimento de Fortaleza, ferrovias, comércio de algodão. Em geral eram jornais de pequeno formato, com circulação restrita e que não possuíam longa duração. 


Em 1862 circulava O Artista e no ano seguinte o jornal União Artística; em 1866 era vez de O Typographo, órgão da União Tipográfica Cearense e que trata de vários temas, sobretudo da carestia, a qual atingia especialmente a população mais pobre; no ano de 1878 surgia O Colossal, de uma Associação Tipográfica, e quatro anos depois, A Greve, também ligado aos tipógrafos, os quais mostravam-se engajados nas lutas de sua classe: em 1882 fizeram uma greve em resposta ao que consideravam abusos do periódico O Cearense, de Paula Pessoa, contra os ganhos mesquinhos e as condições de insalubridade no trabalho. O patronato não negociou com os grevistas e contratou substitutos.

extraido do livro de Airton de Farias
História do Ceará 
fotos do Álbum de Vistas do Ceará, 1908
Arquivo Nirez
e FIEC


sábado, 28 de dezembro de 2013

Rua Boris, antiga Travessa da Praia



A antiga travessa da Praia – atual Rua Boris – perpendicular à rua da Praia (Avenida Pessoa Anta), na Praia de Iracema, foi chamada durante muito tempo,  de Ladeira do Solon, por residir na mesma, no prédio que vemos mais ao fundo na foto mais antiga, num chalé com portas arqueadas, o coronel Solon, que possuía uma plantação de videiras e lá residiu por 21 anos.



Na velha foto, do Álbum de Vistas do Ceará de 1908, vemos, na esquina, uma casa tipo beira-e-bica, seguida da Casa Boris, fundada em 1869, tendo como razão social a firma "Theodore Boris & Irmão" constituída de Alphonse Boris e Theodore Boris, o primeiro chegado em 1865, de navio e o segundo pelo interior em 1867. Em 1870 a firma passou a denominar-se "Boris Frères", com a administração dos sócios Achiles Boris, Adrien Boris e Isaie Boris, tendo como sede a cidade de Paris.

Em 1878 Isaie veio morar no Ceará, chegando a vice-cônsul Francês. Quando se foi, em seu lugar ficou Achiles. Graças à firma Boris Frères é que hoje temos a oportunidade de conhecer Fortaleza no início deste século, através de mais de cento e sessenta fotografias editadas em dois álbuns em 1908 sob o título de Vistas do Ceará – 1908 –  impresso em Nancy, França. 



Na foto atual,  já não existe o calçamento, mas o asfalto; as calçadas continuam irregulares tanto na largura como na altura, embora hoje existam o meio-fio e um código de obras e posturas que determina a regularidade tanto na altura como na largura; a casa de beira-e-bica foi reformada; a casa do coronel Solon desapareceu com a construção da avenida Leste-Oeste; novas construções surgiram prosseguindo a rua; postes de concreto levam a luz e a força através dos fios; somente o prédio onde funcionou a Casa Boris resistiu ao tempo.

foto antiga do Álbum de Vistas do Ceará, de 1908
foto atual de Google
fonte: NIREZ 

Fortaleza, 1908

Praça General Tibúrcio


que já foi chamada de largo do Palácio, Praça do Palácio dentre outras denominações. Em 1890 recebeu o nome atual, homenagem ao general Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza, declarado herói pela sua atuação na Guerra contra o Paraguai. 

 
Boulevard Visconde do Rio Branco (atual Avenida Visconde do Rio Branco). 

fotos do Álbum de Vistas do Ceará

 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Estátuas e bustos: Quem foram essas pessoas?


 estátua da escritora Rachel de Queiroz, inaugurada em 2005 na Praça General Tibúrcio

As praças de Fortaleza estão repletas de estátuas e bustos de personalidades que ajudaram a escrever a história da cidade. Desde a estátua do General Tibúrcio, a primeira da cidade, inaugurada nos idos de 1888  até os dias atuais, muitos foram os homenageados, eternizados em bronze ou outros materiais, que foram parar em espaços públicos. O curioso é que, a  maioria absoluta da população não faz a mínima ideia de quem foram, o que fizeram e nem porque mereceram serem perpetuados e virarem estátuas nos logradouros de Fortaleza. 

   Na Praça General Tibúrcio (Praça dos Leões)

A estátua do General Tibúrcio, na praça homônima, também conhecida como Praça dos Leões, no centro, foi a primeira de Fortaleza, erigida em 1888. Em 11 de agosto de 1952, os restos mortais do general Antonio Tibúrcio Ferreira de Sousa, foram transferidos do Cemitério São João Batista para a cripta construída no pedestal de sua estátua. O General Tibúrcio foi um herói na guerra contra o Paraguai.  

na Praça do Cristo Redentor
 busto do padre Guilherme Wassen, que fundou o Círculo Operário

O Teatro São José foi criado em 1914, como alternativa de lazer cultural para trabalhadores que não tinham acesso ao luxuoso Teatro José de Alencar, inaugurado em 1910. Num terreno baldio ao lado da Igreja da Prainha, o padre alemão (ou holandês) Guilherme Wassen, identificado com o movimento dos trabalhadores cristãos, deu início à obra com a ajuda voluntária de operários. Em um galpão com coberta de zinco eram apresentadas peças, sessões de cinema, dramas e jogos visando angariar verbas para a obra. Lá na Praça do Cristo Redentor, bem em frente ao teatro, encontra-se o busto do Padre Guilherme Vaessen,  que fundou o primeiro Círculo Operário. Bastante desgastado, o busto não traz nenhuma identificação de quem seja o homenageado.

No Passeio Público (Praça dos Mártires)
 busto do Dr. José Frota, homenageado pela Santa Casa de Misericórdia. O médico José Frota exerceu a medicina durante mais de cinquenta anos, como clínico geral, ginecologista, obstetra e cirurgião prestando valiosos e humanitários serviços à população pobre. 
 
 busto do oftalmologista José Cardoso Moura Brasil, colocado na praça do Passeio Público como uma homenagem do Centro Médico Cearense no dia do centenário do seu nascimento.

 busto de Delmiro Gouveia, sem placas de identificação

Passeio Público –  o logradouro que conta com várias esculturas, réplicas de estátuas de deuses mitológicos, acolhe ainda bustos e homenagens a nativos, como  o do Dr. José Frota,  homenagem da Santa Casa de Misericórdia ao seu diretor; o do oftalmologista cearense, José Cardoso de Moura Brasil, que de depois de um período de especialização em oftalmologia na Europa, retornou ao Ceará, e prestou relevantes serviços à população pobre, com consultas grátis; e o de Delmiro Gouveia, um dos pioneiros da industrialização do país, e do aproveitamento do seu potencial hidrelétrico, tendo construído a segunda usina hidrelétrica do Brasil.

Na Praça da Sé (Praça Caio Prado)

A estátua de D. Pedro II, segundo e último imperador do Brasil, que  governou o país durante 58 anos,  representa o monarca de pé, em traje de almirante, tendo a mão esquerda apoiada sobre o punho da espada. À  frente do monumento, abaixo da coroa imperial esculpida em bronze, há uma placa da Associação dos Jornalistas Cearenses, dedicada a Dom Pedro II. A escultura foi  inaugurada em 07 de setembro de 1913, numa iniciativa da Associação dos Jornalistas Cearenses. A estátua, feita de bronze, é um trabalho do escultor Augusto Maillard, e foi a terceira a ser inaugurada em Fortaleza. 

na praça do radioamador no bairro de Fátima

Praça do Radioamador Teobaldo Scerni, na Avenida 13 de Maio, bairro de Fátima com o busto do homenageado.  A praça foi inaugurada em 22 de outubro de 1961. Apenas em fevereiro de 1963, é que foram postas as placas , evento que contou com a presença do  Prefeito Murilo Borges Moreira e Banda de Música do 23ºBC. Hoje não tem mais placas e o busto não nenhuma identificação. 

na Praça da Bandeira (Praça do Cristo Rei )

Na Praça da Bandeira, está o busto do Duque de Caxias foi inaugurado em 25 de agosto de 1947, na administração do prefeito José Leite Maranhão (1947-1948). Luis Alves de Lima e Silva, militar fluminense que chefiou as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e recebeu do imperador dom Pedro II o maior título de nobreza dado a um brasileiro. É o patrono do Exército Brasileiro.

Em frente ao Quartel da 10a. Região Militar  

A estátua do general Sampaio foi inaugurada no dia 24 de maio de 1900 na Praça Castro Carreira(também conhecida por Praça da estação), em frente a Estação Central da Estrada de Ferro. Foi a 2ª a ser inaugurada em Fortaleza. Foi transferida para a Avenida Bezerra de Menezes em frente ao antigo CPOR em 24 de maio de 1966, ocasião em que a coluna que lhe servia de base foi destruída.
Em 1981 foi novamente transferida, desta vez para a pracinha na Avenida 13 de Maio em frente ao 23° BC e, em 1996 por iniciativa do Instituto do Ceará, foi levada para os jardins do quartel da 10ª. RM onde ainda se encontra.
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vencedores da Copa Coca-Cola participarão da Copa do Mundo da FIFA 2014™


Equipes feminina e masculina vencedoras da final nacional atuarão como gandulas da Copa do Mundo da FIFA 2014™. Jogos aconteceram no dia 14 de dezembro, no Estádio Mané Garricha, em Brasília.


 
Sociedade Esportiva Novo Horizonte, de Santa Maria (RS) foi o campeão masculino.


Glorioso Verdão, de Curitiba (PR), conquistou a vitória no feminino.


A final nacional da Copa Coca-Cola 2013 aconteceu em 14 de dezembro no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Além da definição dos vencedores da competição, os jovens campeões dos times masculino e feminino atuarão como gandulas na Copa do Mundo da FIFA 2014™.

“A Coca-Cola tem orgulho participar das partidas da Copa do Mundo, através dos nossos atletas da Copa Coca-Cola. Sabemos da responsabilidade da tarefa e temos uma equipe dedicada a treinar estes jovens”, conta Michel Davidovich, vice-presidente e gerente geral da Coca-Cola Brasil para a Copa do Mundo da FIFA 2014™.

A disputa final

A Copa Coca-Cola está em sua terceira edição e, em 2013, contou com a participação de 9 mil atletas de 30 cidades brasileiras. Disputaram a final masculina o time Sociedade Esportiva Novo Horizonte, de Santa Maria (RS), e o AERT, equipe de Vitória (ES), sendo os gaúchos campeões.

A decisão feminina tem “repeteco”. Assim como em 2012, o Aliança Futebol Clube, de Goiânia (GO), chega à final e, desta vez, enfrenta o Glorioso Verdão, de Curitiba (PR). Em final emocionante, o time paranaense conquistou a vitória.

Promovida em 60 países, a Copa Coca-Cola vai além do aspecto esportivo, propondo uma celebração das comunidades e da vida ativa, legados que a Coca-Cola vai deixar para o Brasil até 2014, além da reciclagem. Para participar, é obrigatório o jovem estar matriculado na escola.