Um dos tipos mais populares e queridos da Fortaleza antiga foi, incontestavelmente, o Bode Yoyô. Ele foi trazido para Fortaleza na seca de 1915 por um retirante do sertão, e oferecido à venda de porta em porta.
Foi comprado por uma quantia irrisória pela firma Rossbach Brazil Company, empresa inglesa instalada na Praia de Iracema, cujos armazéns ficavam nas imediações da alfândega.
Ali o Bode Yoyô passou a viver sua vida de boêmio, primeiro somente pela praia, e mais tarde, pela cidade inteira.
Diariamente se dirigia à Praça do Ferreira, na época centro cultural da cidade, onde funcionavam os principais cafés da cidade.
Em pouco tempo ficou conhecido e se tornou popular, mas ninguém o incomodava, nem mesmo os fiscais municipais quando dos seus costumeiros passeios diários pelas ruas da Fortaleza.
Diariamente se dirigia à Praça do Ferreira, na época centro cultural da cidade, onde funcionavam os principais cafés da cidade.
Em pouco tempo ficou conhecido e se tornou popular, mas ninguém o incomodava, nem mesmo os fiscais municipais quando dos seus costumeiros passeios diários pelas ruas da Fortaleza.
Muitas histórias são contadas sobre o bode que bebia cachaça e tinha preferência por moças. Yoiô participou de atos políticos em coretos, praças e saraus literários, comeu a fita inaugural do Cine Moderno, assistiu peça no Teatro José de Alencar, passeou de bonde, perambulou pelas igrejas e até pela Câmara Municipal.
Morreu em 1931 mais de velhice do que de outra coisa. Sua morte foi sentida, comentada e seu necrológio foi publicado pelos jornais da época.
A firma proprietária do caprino mandou embalsamar o corpo e ofereceu-o assim ao Museu Histórico do Estado, onde se encontra até hoje, integrado ao acervo, entre as tradições curiosas do Ceará.
Extraído do livro: Coisas que o Tempo Levou – crônicas históricas da Fortaleza antiga
Autor: Raimundo de Menezes