A construção da primeira capela mor de Fortaleza foi decidida em fevereiro de 1699, mas a autorização só ocorreu por Ordem Régia de 12 de fevereiro de 1746.
Concluída em 1795, a igreja foi demolida em 1820, quando foi vistoriada e encontradas diversas rachaduras no arco, ficando resolvida sua demolição para a construção de um novo templo.
As peças sacras foram transferidas para a Igreja do Rosário, e só retornariam no dia da benção da nova matriz, no dia 2 de abril de 1854, que recebeu o nome de Igreja de São José. A Igreja serviu de Catedral quando houve o desmembramento da Diocese de Pernambuco e foi criada a do Ceará.
Imagem: ofipro
Serviu também para marcar o tempo da população, pois trouxe para Fortaleza o primeiro relógio público. Em 1938 novamente sob a alegação de que estava prestes a ruir, foi esta também demolida e a pedra fundamental da atual catedral foi lançada em 15 de agosto de 1939, à época do arcebispado de Dom Manuel da Silva Gomes, que chegou a viajar à sua terra natal, Bahia, para não deixar demolir uma igreja de Salvador, mas a Sé de Fortaleza ele permitiu sem contestação.
A decisão do bispo causou uma grande polêmica na cidade, todos estavam contra a demolição. Mas Dom Manuel alegou que o teto poderia desabar a qualquer momento, inclusive no horário da missa.
Com a demolição da igreja foi destruída a contemplação do cruzeiro de Frei Serafim de Catânia, onde os fiéis aprendiam simbolicamente os episódios da paixão e ao pé do qual toda gente da capital rezava as ladainhas de Nossa Senhora, em maio, e o responso das almas, em novembro.
Muitas foram as críticas pela demolição da igreja, segundo disse Gustavo Barroso, “não se concebe a destruição de uma obra dessa natureza”.
Finalmente foi inaugurada no dia 22 de dezembro de 1978, tendo o padre Tito Guedes à frente de suas obras e como Arcebispo Metropolitano, Dom Aloísio Lorscheider.
a Catedral foi inaugurada em 1978, depois de ter passado quase quarenta anos sendo construída
A Planta arquitetônica é em forma de H, sendo que o seu espaço interno é dividido em três naves, uma central e duas laterais, onde estão distribuídos os 375 bancos de madeira.
A igreja tem capacidade para um total de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e do gótico e isso dá o estilo eclético.
O templo destaca-se pela imponência arquitetônica e pela beleza dos vitrais que representam passagens da Bíblia, os santos sacramentos e personagens eclesiásticas (alguns papas e bispos importantes para o Ceará).
com 90 metros de comprimento e 45 metros na parte mais larga, existem na igreja a Capela do Ressuscitado e a do Santíssimo Sacramento, ambas na Cripta da Catedral
À esquerda da nave central fica a Capela de São José, padroeiro do Estado do Ceará e da Catedral de Fortaleza
A Cripta projetada pelo engenheiro Luciano Pamplona , passa por reformas. A Cripta dos adolescentes, como foi denominada por D. Antônio de Almeida Lustosa, Arcebispo da época, homenageia em seis altares santos que morreram na Adolescência: Tarcíso, Domingos Sávio, Pancrácio, Luzia, Inês e Goretti
A atual Catedral herdou da antiga o conjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suas torres de 75 metros de altura. Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar pode ser encontrada a imagem de Jesus Cristo adolescente (no momento encontra-se recolhida por conta da reforma) e também estão enterrados os restos mortais de algumas personalidades ligadas a igreja católica, tais como: Dom Manoel da Silva Gomes, Dom Antônio de Almeida Lustosa, Monsenhor José Quinderé e Monsenhor Tito Guedes Cavalcante.
A Catedral de Fortaleza fica na Praça da Sé, s/n°, centro histórico.
Pesquisa:
AZEVEDO, Miguel Ângelo (NIREZ). Cronologia Ilustrada de Fortaleza. Roteiro para um turismo histórico e cultural. Fortaleza: banco do Nordeste, 2001.
Catedral Metropolitana de Fortaleza – Oficina de projetos S/S Disponível em