Os Correios foram criados no Ceará durante a gestão de
Manoel Inácio de Sampaio, governador da Capitania do Ceará entre 19 de março de
1812 e 12 de janeiro de 1820. A primeira agência foi instalada em 1° de maio de
1812, administrada pelos escrivães da Junta de Fazenda e funcionando no prédio
da Tesouraria da Fazenda e no prédio de
n° 12, na Praça General Tibúrcio.
A casa que pertenceu a José Antônio Machado e onde estiveram diversos órgãos públicos, foi a primeira sede dos Correios. Foi demolida para a construção do Fórum Clóvis Beviláqua.
Após a inauguração da agência de Fortaleza, a qual se ligava
com as principais vilas do Ceará, Sampaio enviou à Corte projeto do Correio
ligando as principais capitanias com a Corte, assim as correspondências
particulares e oficiais poderiam chegar às Capitanias do Sul e à Corte. A
proposta foi aprovada. Em abril de 1820 o governador Francisco Alberto Rubim
foi incumbido de estabelecer o serviço de correios entre o Ceará, e Pará,
Maranhão, Paraíba, Minas Gerais e Goiás. Em 1828 o Correio foi reformado, sendo estabelecido Correios Marítimos e
Terrestres nas Províncias.
No Ceará os comerciantes das primeiras vilas servidas pelos Correios pagavam taxas para complementar as despesas com as correspondências, uma vez que a arrecadação não era suficiente.
No Ceará os comerciantes das primeiras vilas servidas pelos Correios pagavam taxas para complementar as despesas com as correspondências, uma vez que a arrecadação não era suficiente.
Palacete Iracema, na esquina das Ruas Floriano Peixoto e Guilherme Rocha, onde no primeiro andar,funcionou o Telégrafo antes de unir-se aos Correios (foto do arquivo Nirez)
O telégrafo foi inaugurado em 17 de fevereiro de 1878 com a
instalação da linha entre Fortaleza e Aracati com 141 km de extensão,
inicialmente a estação funcionou na Praça da Sé, indo depois para a Rua Senador
Pompeu n° 80, prédio da Delegacia Fiscal, Palacete Fênix da Praça José de
Alencar e no Palacete Iracema (Sobrado do Pastor), na Praça do Ferreira onde funcionou até o início de
1934. A unificação do Correio com o Telégrafo ocorreu na gestão de Bernardo
Café Filho.
Rua Floriano Peixoto, com a lateral do prédio dos Correios em primeiro plano (arquivo Nirez)
A partir de setembro de 1851, instalou-se no térreo da
Câmara Municipal, na Rua Floriano Peixoto, prédio da Intendência Municipal,
saindo dali para o n° 56 da Rua Formosa (atual Barão do Rio Branco) e passando
depois para o térreo da Assembleia Legislativa, de onde saiu para o edifício da
Praça dos Mártires – antiga sede do Clube Cearense, do qual saiu para a sede
atual.
O novo prédio dos Correios e Telégrafos foi inaugurado em 1934, projeto dos engenheiros Humberto Menescal e Santos Maia. (foto do arquivo Nirez)
Em 14 de fevereiro de 1934, o Correio mudou-se para o novo
edifício na Rua Floriano Peixoto, inaugurado pelo interventor Carneiro de
Mendonça, e com a presença de cerca de 10 mil pessoas. O belo e amplo edifício
de 3 pavimentos, no estilo art-dèco ocupa uma área de 1440 m² e atingia 17,55
metros de altura no centro das fachadas (partes mais altas da edificação).
extraído do livro de Francisco Benedito
Caminhando por Fortaleza
2 comentários:
Boa tarde,tem alguma informação da criação dos Correios no interior do Ceará, tipo Baturité?
Gostaria da história da sede dos correios na praia de Iracema.
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