Etimologicamente, a palavra monumento, de origem
latina, significa lembrar. Assim
seguindo a clássica definição do historiador Alois Reigl, monumento é toda obra
criada pela mão do homem e construída com a finalidade de conservar sempre viva
e presente, na consciência das gerações futuras, a lembrança de determinada
ação ou existência.
No Ceará, os primeiros monumentos históricos estão
vinculados ao ideário monárquico e retratam algumas lutas da pátria: Guerra do
Paraguai, Abolição da Escravatura, Centenário da Independência – que se
materializaram através da edificação de alguns monumentos, estátuas e bustos.
Estátua do general Tibúrcio da Praça do mesmo nome, também conhecida por Praça dos Leões. Foi a primeira estátua de Fortaleza, inaugurada em 8 de abril de 1888
Os primeiros monumentos construídos em praça pública evocam
a Guerra do Paraguai, na figura de heróis que lá derramaram seu sangue em atos
de bravura em defesa da pátria. Estes são o General Tibúrcio (1888) e General
Sampaio (1900).
Inaugurada originalmente na Praça Castro Carreira (Praça da Estação) o monumento ao General Sampaio encontra-se atualmente em frente ao Quartel da 10ª Região Militar, antigo Forte Schoonenborch
Outro exemplo da presença do ideário monárquico é o monumento ao imperador D. Pedro II. Única representação do monarca em trajes de guerra foi construído já no período republicano, e inaugurado com muita pompa em 7 de setembro de 1913.
Inaugurada originalmente na Praça Castro Carreira (Praça da Estação) o monumento ao General Sampaio encontra-se atualmente em frente ao Quartel da 10ª Região Militar, antigo Forte Schoonenborch
Outro exemplo da presença do ideário monárquico é o monumento ao imperador D. Pedro II. Única representação do monarca em trajes de guerra foi construído já no período republicano, e inaugurado com muita pompa em 7 de setembro de 1913.
O monumento além de exaltar a figura do imperador, evoca
fatos e personagens significativos da monarquia brasileira: princesa Isabel e a
abolição da escravatura e conde D’Eu e sua participação na Guerra do Paraguai.
A estátua representa o monarca de pé, em traje de almirante, tendo a mão esquerda apoiada sobre o punho da espada. A base é de granito, tendo dos lados dois belos medalhões também de bronze. à frente do monumento, abaixo da coroa imperial esculpida em bronze, há uma placa da Associação dos Jornalistas Cearenses, dedicada a Dom Pedro II; do lado oposto está um medalhão representando a imperatriz D. Tereza Cristina. em ambos os lados, dois baixos relevos: uma reprodução do quadro de Vitor Meireles intitulado a Batalha de Campo Grande e outro representando a cena da assinatura da lei Áurea, destacando-se a figura da princesa Isabel.
A estátua representa o monarca de pé, em traje de almirante, tendo a mão esquerda apoiada sobre o punho da espada. A base é de granito, tendo dos lados dois belos medalhões também de bronze. à frente do monumento, abaixo da coroa imperial esculpida em bronze, há uma placa da Associação dos Jornalistas Cearenses, dedicada a Dom Pedro II; do lado oposto está um medalhão representando a imperatriz D. Tereza Cristina. em ambos os lados, dois baixos relevos: uma reprodução do quadro de Vitor Meireles intitulado a Batalha de Campo Grande e outro representando a cena da assinatura da lei Áurea, destacando-se a figura da princesa Isabel.
Em 1922, numa iniciativa do Círculo dos Operários e
Trabalhadores Católicos de São José e lideranças locais, é inaugurado o
Monumento ao Cristo Redentor, comemorativo ao centenário da independência,
constituindo-se até hoje, no monumento mais alto da cidade.
Monumento do centenário ao Cristo Redentor, construído por iniciativa do Circulo dos Operários e Trabalhadores Católicos de São José. Tem uma altura total de 35 metros.
Monumento do centenário ao Cristo Redentor, construído por iniciativa do Circulo dos Operários e Trabalhadores Católicos de São José. Tem uma altura total de 35 metros.
A presença do imaginário monárquico no Ceará e, em especial
em Fortaleza, se evidencia também, através da denominação de diversas ruas e
avenidas: Avenida do Imperador, Rua Princesa Isabel, Rua Conde D’Eu, e tantas
outras.
Outro aspecto a ser levado em conta entre os monumentos de
Fortaleza é o culto à nacionalidade, consubstanciado na figura do cearense mais
ilustre, o escritor e político do império, José de Alencar.
A estátua do escritor José de Alencar, na praça homônima, foi inaugurada em 1929. A homenagem foi uma iniciativa do jornalista Gilberto Câmara. (foto de Maurício Cals)
A estátua do escritor José de Alencar, na praça homônima, foi inaugurada em 1929. A homenagem foi uma iniciativa do jornalista Gilberto Câmara. (foto de Maurício Cals)
À figura emblemática de Alencar, estão dedicados o nome de
nosso teatro, tombado pelo IPHAN em 1965, como uma das mais importantes obras
do ecletismo arquitetônico, bem como o monumento art-déco, situado na praça que
leva seu nome, edificado por ocasião do seu centenário de nascimento (1929),
numa iniciativa do então presidente da Associação cearense de Imprensa, o
jornalista Gilberto Câmara.
A casa onde nasceu o escritor, localizada em Messejana, é
tombada pelo governo local como monumento histórico do Estado, a Praia de Iracema
e suas ruas com nomes de antigas tribos indígenas, as estátuas de Iracema, na
Avenida beira Mar, reforçam o culto monumental em torno de José de Alencar e
sua obra, na chamada terra alencarina.
fotos do acervo do Blog Fortaleza em Fotos e Fatos
fontes:
artigo de Ricardo Oriá - Fortaleza: os lugares de memória
artigo de Ricardo Oriá - Fortaleza: os lugares de memória
Publicado no
livro Uma Nova História do Ceará
livro de Eusébio de Sousa
Os Monumentos do Estado do Ceará
livro de Eusébio de Sousa
Os Monumentos do Estado do Ceará
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