quinta-feira, 7 de junho de 2012

Depois da Reforma: Praça Luiza Távora (Praça do CEART)







Os castelinhos ainda estão lá, os seis, dois de cada cor. Foram construídos em 1938, por Emilio Hinko, com características ecléticas. Hoje abrigam vários órgãos estaduais a exemplo da Coordenadoria de Promoção de Trabalho e Renda, a Ouvidoria Especial, e a Gráfica em Braile.




Vários canteiros gramados foram retirados e colocado piso de cerâmica, o que confere ao lugar um calor insuportável nas horas mais quentes do dia. as únicas árvores localizadas no centro da praça são palmeiras, que não produzem sombra para amenizar o calor .       

Central de Artesanato do Ceará – CEART 

componente da estrutura administrativa da Secretaria do Trabalho e Ação Social, o CEART desenvolve um programa de apoio através do cadastramento e da capacitação visando o resgate e o aperfeiçoamento dos produtos tradicionais assim como estimulando a inovação e adaptação destes mesmos produtos.
Atua também no apoio à organização de grupos, associações e cooperativas, na promoção de cursos de gerenciamento e no apoio à comercialização em lojas e feiras. 


Vagão de Trem Histórico

vagão em madeira utilizado para transporte de passageiros, fabricado em 1938 pela Cia. Centrale Construction, em Haine Saint Pierre, na Bélgica. Considerado de 1a. classe, era puxado por uma locomotiva, conhecida como Maria Fumaça. Operou pela Rede de Viação Cearense (RVC) em duas linhas, cobrindo as regiões norte e sul do Estado do Ceará. Entre seus usuários ilustres, Rachel de Queiroz, Padre Cícero e Getúlio Vargas.

dentre as novidades introduzidas na praça estão uma fonte luminosa bastante modesta 

e um altar de nossa senhora

a iluminação podia ser melhorada

A Praça Luiza Távora passou por uma reforma geral, patrocinada pelo governo do Estado, e foi devolvida ao público há pouco mais de um ano. A reforma incluiu a mudança do piso, a inclusão de equipamentos de ginásticas, pista de skate, rampas de acesso, placas de sinalização e uma cafeteria. Ganhou ainda uma placa com toque saudosista, lembrando que no local existiu uma das mais monumentais obras arquitetônicas do início do século:  O Castelo de Plácido de Carvalho. Acrescenta que o imóvel foi demolido no início da década de 1970. 

foto Arquivo nirez

Riquíssimo e de extremo bom gosto, O Palácio do Plácido foi considerado uma das residências mais suntuosas do Brasil.
Presente do comerciante Plácido de Carvalho para sua mulher Pierina, uma italiana de Milão, o imóvel ocupava uma quadra inteira, com frente para a Avenida Santos Dumont, entre as ruas Carlos Vasconcelos, Monsenhor Bruno e Costa Barros, na Aldeota, antigo bairro do Outeiro. 
Consta que Plácido adquiriu a planta de um palácio na Itália e reproduziu o imóvel em Fortaleza, que foi construído pelo engenheiro João Sabóia Barbosa. A obra teve inicio no ano de 1918 e foi concluída em 1921.
Pierina e Plácido ficaram casados até a morte deste, em 1935.  Mais tarde Pierina contraiu núpcias com o arquiteto húngaro Emilio Hinko, que construiu, a pedido da mulher, uma série de casas para aluguel em torno do palacete principal. 
O casal Pierina e Hinko morou em diversas casas em Fortaleza, inclusive em duas das que compunham o complexo do castelo, sem jamais ocuparem a edificação central. Em 1957, aos 68 anos de idade D. Pierina vem a falecer e sua filha Zaira torna-se a proprietária do complexo do castelo, sem nele também voltar a morar. 
Posteriormente o imóvel foi adquirido por um grupo empresarial local e em 1974, o castelo foi demolido para dar lugar a um supermercado. No entanto o referido Grupo encontrava-se endividado com o Poder Público e resolveu quitar a vultuosa dívida transferindo a posse do complexo, já sem o castelo, para o Governo do Estado. 
A Praça Luiza Távora fica na Avenida Santos Dumont, 1589, Aldeota.

fotos:
Rodrigo Paiva
Fátima Garcia

4 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Tudo muito bom: texto e imagens.
A observação sobre o piso, com a retirada das árvores,é que causa pena. Praça tão grande, uma quadra inteira, sem árvore...burrice, nessa terra de sol perene...Quando é noite, luz pouca. Não dá para entender!

Fátima Garcia disse...

os gramados além de mais estéticos melhoram o clima, do jeito que está, a praça ficou muito quente, muito árida.
abs Lúcia

Iane Lima aluna de teatro do centro cultural disse...

Quero desenvolver um trabalgo com crianças na Praça,onde posso me informar a respeito?

Anônimo disse...

Pena mesmo, foi a demolição do lindo castelo, provando que, imóveis como este ao chão não valoriza nossa história.