segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Por dentro do Museu do Ceará

Palácio Senador Alencar, sede do Museu do Ceará  
Padre Cícero: O mito e o rito

A batina, o cajado e o chapéu. Objetos do Padre Cícero que criaram a imagem do santo protetor. A partir daí, uma proliferação de imagens em torno do padrinho que tem o poder de aliviar as dores de cada dia. Em figuras de madeira, gesso, papel ou plástico, ergue-se com destaque  nos oratórios domésticos, mostrando que o mito precisa do rito, afirmando que a fé precisa de objetos de devoção. As narrativas dos cordéis e as vozes dos romeiros não se cansam de propagar a existência de milagres em Juazeiro. O santo do povo contrasta com o padre envolvido nas relações políticas das primeiras décadas do Século XX.
Retrato de Dom Pedro II
Mesa do Juri do Crato onde foi assinada a condenação de Joaquim Pinto Madeira, em 26 de novembro de 1834. Pinto Madeira, com o apoio do padre Antonio Manuel de Sousa (apelidado de padre Benze Cacetes) lutara pelo retorno de D. Pedro I ao trono do Brasil.
Os objetos sobre a mesa representam: porção de terra onde Pinto Madeira tombou morto; fotografia, fechadura e telha da casa onde morou o padre Antonio Manuel de Sousa na cidade de Jardim; bacamarte boca de sino que segundo a tradição, pertenceu a Pinto Madeira, lider do movimento de 1832.  
Antonio Rodrigues Ferreira - Boticário Ferreira (1801-1859), fluminense, radicado em Fortaleza. Além de boticário foi presidente da câmara municipal de Fortaleza; realizou diversas obras públicas e melhorias urbanas na capital. 
frascos usados em farmácias
escrivaninha de um sobralense onde o Conde D'Eu assinou despachos e redigiu correspondências.

Quadros dos Presidentes de Província/Governadores do Estado do Ceará
antiga máquina de costura
Escudo das armas de Fortaleza contendo a efígie de um forte, e acima desta a legenda latina Fortitudine (Fortaleza), feito por iniciativa da Câmara Municipal de Fortaleza logo após a instauração da República no Brasil.

origem dos dados: Museu do Ceará
fotos: arquivo do Blog

5 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Que acervo tão RICO e, me parece,
pouco visitado. Toda escola, dessa terra, seja privada ou oficial, deveria levar mais seus alunos.

Se cada professor de História/Geografia levassem seus alunos para visitarem o Museu do Ceará, já estaria de bom tamano!

Fátima Garcia disse...

Oi Lucia
no dia em que visitei o Museu do Ceará, os únicos visitantes além de mim, era um familia composta de um casal e duas crianças, com um guia, que falava francês. Já viu que nem só de beach park vive o turista estrangeiro. Estudantes? representantes de colégios? não vi nenhum.

Lúcia Paiva disse...

Oi, Fátima

quando eu era professora da UNI-Rio,
elaborei um projeto, e executei, com meus alunos : " A utilizaçao dos Centros Culturais, pelas Escolas do Rio de Janeiro". A resposta,foi
ótima!. Aqui, seria um horror!!!!
Considerei, Centros Culturais,os museus, biliotecas e arquivos., em um período de 4 anos. Aplicamos questionários nos centros culturais e nas escolas, numa considerável amostragem.

Falta vontade política, tanto dos gestores de escolas como os dos centros culturais..
Cadê os Secretários de Cultura (e de Educação) do Estado do Ceará e do Municipio de Fortaleza????

A resposta, todos já sabemos!!!

"É ISSO AÍ, BICHO!!!!!"

Fátima Garcia disse...

Os gestores de colégios particulares (acredito), não têm interesse em organizar essas excursões (ou talvez até façam de vez em quando), porque os alunos têm condições de por meios próprios, ter acesso a esse tipo de equipamento. Aos da escola pública faltam recursos financeiros e estímulo profissional. Quanto aos secretários de cultura e educação das duas esferas, dá pra notar que não há qualquer comprometimento, nenhum interesse. Para eles, aquilo lá é tão somente um emprego, um lugar que o seu padrinho político conseguiu. A nossa prefeita pra lá de incompetente, anda anunciando na mídia que está se preparando para eleger um poste, na sucessão municipal. Seria conveniente que ela lembrasse que na eleição desse ano, ela não elegeu nem a mãe.

Unknown disse...

Porquena fachada da edificação tombada existe um brasão da República se o mesmo foi construído pelo império em 1871? Não seria mais coerente para a conservação da história se fosse o brasão do império?