Nos tempos dos bondes puxados por burros e das carroças em pleno centro da cidade, o cruzamento da Rua Formosa (atual Barão do Rio Branco) com a Travessa Municipal (atual Guilherme Rocha).
O sobrado de dois andares à esquerda, ficava no local onde hoje está a Loja Esmeralda. Os dois prédios seguintes ocupavam o lugar que hoje pertence as Lojas Americanas.
Rua d’Amélia (Senador Pompeu), a partir da Travessa da Misericórdia (Dr. João Moreira). Totalmente residencial, arborizada com fícus-benjamins recortados em forma de meias esferas. A pavimentação era de concreto.
Final da Avenida Visconde de Cauípe, logo após a Igreja dos Remédios, no Benfica.
O denso arvoredo esconde os palacetes e as chácaras do segundo bairro mais elegante de Fortaleza.
Curiosidade: os trilhos foram instalados no meio da avenida.
Boulevard Jacarecanga (Av. cel. Philomeno Gomes) adentrando a Praça Fernandes Vieira (Liceu). A bela casa à esquerda era a residência do advogado Raimundo Brasil Pinheiro de Melo.
O muro em primeiro plano era da mansão do industrial Pedro Philomeno Gomes.
À direita o oitão do palacete do médico Pedro Sampaio.
Cruzamento da Rua d’Amélia (Senador Pompeu) com a Travessa Municipal (Guilherme Rocha) e um dos maiores referenciais da Fortaleza antiga, a Padaria Palmeira, que marcou época e tradição na cidade.
Às três da tarde, seus padeiros, de porta em porta, ofereciam: “olha o pão do chá!...”
Detalhe do jardim 7 de setembro na Praça do Ferreira; a elegância da mulher e das duas meninas usando o figurino do final do século; mais atrás, detalhes de uma charrete.
As colunas de ferro que aparecem em primeiro plano davam sustentação à caixa d’água.
Na movimentada esquina da Rua da palma (Major Facundo) com a Travessa Municipal (Guilherme Rocha), à esquerda, a elegante “Maison Art-Nouveau”, café e restaurante onde funcionava o Cinema Di Maio, primeira casa exibidora da cidade.
À direita o Café Riche, onde se reunia os intelectuais da época.
No lugar agora está o Excelsior Hotel.
Perfilados ao lado dos seus reluzentes automóveis, os “chauffers” do Posto Peixoto, um dos vários existentes na Praça do Ferreira. Em primeiro plano, o cruzamento dos trilhos dos bondes.
A imponência da Igreja do Patrocínio não consegue eclipsar a beleza do Jardim Nogueira Accioly, na Praça Marquês do Herval com suas colunas, vasos, repuxos e canteiros de flores e gramas.
Prédio de rara beleza arquitetônica a emoldurar a antiga Praça Marquês do Herval (atual José de Alencar) era a Escola Normal, na esquina da Travessa das Trincheiras (Liberato Barroso) com a Rua do Patrocínio (24 de maio).
O Theatro José de Alencar ainda não existia.
fonte:
Fortaleza Antiga: ruas, praças, esquinas de Marciano Lopes
fotos Arquivo Marciano Lopes
4 comentários:
Sou do final dos tempos dos bondes elétricos. A única rua que alcancei, com o nome aí citado, foi a Visconde de Cauipe. Fortaleza já não era tão bela mas ainda encantava....ainda era bem arborizada com seus ficus-benjamins e oitizeiros e ainda muitas chácaras, principalmente no Benfica e Jacarecanga.
Pena, que esses crimes de "assassinato do belo" não foram punidos, ou melhor ainda : PREVENIDOS !
Saudosas, mas lindas matérias, pelo menos pra se conhecer, ou se recordar, como era a NOSSA FORTALEZA!
era a verdadeira Fortaleza bela.
a FORTALEZA BELA ja existiu, pena que não existe mais
Dia desses terminei a leitura de A Normalista, que tem várias menções a locais reais da cidade. Pelas fotos, percebe-se que a cidade perdeu uma parte dessa graça. Passeio Público e Praça do Ferreira aparecem muito no romance - hoje já não tão bonitos. Mas tudo hoje parece mais passageiro, mais básico. Talvez seja uma "necessidade" fazer as coisas assim, pois há muito mais pessoas no mundo, e todas querem casa, ruas, asfaltos, esgotos. Por outro lado, a Fortaleza atual (ano de 2024) também tem partes bonitas, como a nova Beira Mar. Uma pena que a parte bonita seja tão pequena diante da imensidão da cidade.
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