Localizada no centro, entre as avenidas Presidente Castelo Branco e Dom
Manuel e Ruas Boris e Rufino de Alencar. Até o ano de 1881, o logradouro
foi chamado de Praça da Conceição, em homenagem a N. S. da Conceição da Prainha,
cuja igreja teve a construção iniciada em 1839, com planta do arquiteto alemão
José Antônio Seiffert.
Depois de 1881, passou a ser a Praça Senador Machado,
por proposta do vereador João Cordeiro, em homenagem ao Dr. Antônio José
Machado, que foi membro da Relação da Corte, em 1657. O Senador Machado exerceu
os cargos de Chefe de Polícia do Ceará, Deputado Provincial e Geral e Senador
da República, em 1861.
Em 29 de outubro de 1890, por Resolução do Conselho da Intendência Municipal, que tinha como presidente o major Manuel Nogueira Barros, a praça retomou o antigo nome, da Conceição. Esta resolução, no entanto, durou apenas 6 meses, pois em Sessão de 28 de abril de 1891, os intendentes Guilherme César Rocha, Olegário dos Santos, Antônio Costa Sousa e José Albano Filho, com aprovação do Presidente do Conselho, voltaram ao nome anterior, ou seja, Senador Machado.
Em 29 de outubro de 1890, por Resolução do Conselho da Intendência Municipal, que tinha como presidente o major Manuel Nogueira Barros, a praça retomou o antigo nome, da Conceição. Esta resolução, no entanto, durou apenas 6 meses, pois em Sessão de 28 de abril de 1891, os intendentes Guilherme César Rocha, Olegário dos Santos, Antônio Costa Sousa e José Albano Filho, com aprovação do Presidente do Conselho, voltaram ao nome anterior, ou seja, Senador Machado.
Através da Lei Municipal n° 111, de 19 de dezembro de 1924, na gestão do Prefeito
Godofredo Maciel, o local recebeu o nome de Praça do Cristo Redentor,
denominação que mantém até os dias atuais. Durante algum tempo, a praça também foi
chamado de Praça do Seminário, por encontrar-se ao lado do Seminário da
Prainha, inaugurado em outubro de 1864, por Dom Luís Antônio dos Santos, o
primeiro bispo do Ceará.
Ladeira da Conceição (ladeira da Prainha), tendo à direita a torre vigia da casa do Mr. Hull
Na segunda metade do século XIX e início do século XX, o bairro Outeiro da Prainha abrigou famílias aristocratas: Boris, Franco Rabelo, Mister
Hull (engenheiro inglês gerente da Light e cônsul inglês), Araripe Junior (um dos maiores críticos literários do século
XIX), e o poeta José Albano. Do lado direito da Biblioteca havia o solar do
coronel Solon da Costa e Silva, um dos donos da companhia de bondes puxados a
burro. Ali era a garagem e o local de treinamento dos burros, chamada de
academia do Solon.
Na esquina da Avenida Presidente Castelo Branco (antiga Rua
Franco Rabelo com Almirante Jaceguai) ficava a a residência de Mister Hull. Os
bondes vinham até o pé da colina, chamada de Ladeira da Conceição.
Equipamentos da Praça
Torre do Cristo Redentor – monumento inaugurado em 24 de dezembro de 1922, numa homenagem ao centenário da independência do Brasil. A torre tem 35 metros de altura, 3 metros de circunferência, em estilo coríntio, sendo a estátua de 2,70 metros. A torre foi inspirada na coluna de Paris, de 50 metros de altura; na base havia uma capela, depois fechada; no interior há uma escadaria de cimento armado com 115 degraus que dava acesso ao topo do monumento, e por muito tempo foi utilizado como mirante para observar a cidade. O equipamento contava ainda com um relógio de 4 faces, inaugurado no dia 16 de novembro de 1924, que mais tarde foi retirado em virtude do balanço da torre. O relógio foi levado para a torre da Igreja dos Remédios, onde ainda se encontra.
Igreja da Conceição da Prainha – a igreja da Conceição da Prainha teve lançamento da pedra fundamental em 8 de dezembro de 1839, com celebração de missa e benção do local, pelo padre Carlos Augusto Peixoto de Alencar. A igreja foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1841, com a celebração da primeira missa. Atrás da igreja havia o Cemitério da Prainha, que funcionou entre 1811 e 1847. A igreja foi utilizada pelo seminário durante o tempo em que funcionou no local, passou por ampliação e serviu aos ofícios realizados pelos padres e seminaristas.
Seminário Episcopal da Prainha – fundado em 27 de setembro de 1860, inicialmente recebeu o prédio que servia de quarentena ao Lazareto da Lagoa Funda, o qual não foi aceito. O prédio atual teve sua construção iniciada em 1868, e deveria servir de colégio para as órfãs desvalidas dos familiares da Irmandade da Igreja de n. S. da Conceição. O bispo negociou com a congregação e mudou o seminário para lá.
Teatro São José – fundado em 1914 pelo padre alemão Guilherme Waessen como opção de lazer, cultura e assistência social para os trabalhadores do Circulo de Trabalhadores Cristãos Autônomos de Fortaleza. A inauguração ocorreu um ano depois, em 1915. Entre 1917 e 1941 funcionou no local o Cine São José, que tinha a curiosidade de dividir a plateia por sexo. Atualmente abriga o Museu do maracatu, fundado em 1984 e o Circulo Operário e Trabalhadores de São José, fundado em 1913, pela Arquidiocese de Fortaleza.
Biblioteca Pública Menezes Pimentel – originalmente chamada
de Biblioteca provincial do Ceará, foi fundada no dia 8 de setembro de 1865 e
inaugurada em 25 de março de 1867. A biblioteca pública ocupou vários imóveis,
antes de se mudar para o prédio da Praça Cristo Redentor.
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – é o equipamento mais novo da praça, inaugurado oficialmente em 28 de abril de 1999. Projetado pelos arquitetos Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon, o centro Dragão do mar abrange várias atrações como o Museu Cultural, Escola de Artes, Café Cultural, 3 salas de cinema, e o planetário.
Como a maioria das praças do centro, a do Cristo Redentor também se encontra em péssimo estado de conservação, com pisos e bancos quebrados, muros e equipamentos pichados, lixo, e a presença de mendigos e desocupados, que usam a base do monumento como banheiro e dormitório.
O busto do padre Guilherme Waessen, fundador do Teatro São José, está pichado e sem identificação. Apesar da vizinhança com a Catedral de Fortaleza, a Igreja da Prainha e o Centro Dragão do Mar, locais largamente visitados por moradores e turistas, a Praça do Cristo Redentor está relegado ao abandono e ao esquecimento por parte do poder público, sem contar com a insegurança e o risco permanente de assaltos.
fotos do Arquivo Nirez, Amélia Earhart, Gentil Barreira (do livro Viva Fortaleza) e do Fortaleza em Fotos.
Fontes:
Praças de Fortaleza, de Maria Noélia Rodrigues da Cunha
Caminhando por Fortaleza, de Francisco Benedito
site Fortaleza de Ontem e de Hoje
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