terça-feira, 27 de novembro de 2012

Praça Joaquim Távora

Várias praças de Fortaleza não podem ser identificadas como praças, na acepção do termo: apesar da diversidade de definições, que variam de autor para autor, em termos gerais, Praça é o espaço público e urbano, destinado ao encontro, a socialização, ao lazer e é, por excelência, um lugar de ricas trocas culturais.  
Fortaleza vem necessitando muito desses espaços, em razão da ocupação acelerada e desordenada do solo urbano, da verticalização, com unidades residenciais de tamanho cada vez mais reduzido, e as restrições impostas pelos condominios para uso das áreas comuns, especialmente no que diz respeito a crianças e animais. Assim, as praças cumprem esse papel de espaço de lazer, de liberdade, nas quais as únicas regras a serem observadas são as de boa educação, boa convivência, civilidade e respeito aos demais.   


A Praça do Joaquim Távora (será mesmo esse o nome da praça, o mesmo nome do bairro? pesquisei mas nada encontrei a respeito do nome oficial desse logradouro) fica na Avenida Pontes Vieira, entre as ruas Fiscal Vieira, Professor Mário Rocha e Capitão Gustavo, próxima ao Parque Rio Branco.


Em péssimas condições de uso, sem conservação, sem urbanização, sem uma limpeza regular, esse logradouro está relegado ao abandono, tanto pelo Poder Público, quanto pelos moradores, que preferem outros espaços de lazer, como os shopping centeres, por exemplo. 


A praça não tem os equipamentos próprios a esse tipo de logradouro. Bancos quebrados, pisos devastados, e um vazio de pessoas que denuncia que o espaço público está inadequado para sua função social. 




O Mercado do Joaquim Távora comercializa dentre outros produtos, frutas, verduras, lanches e refeições, mesmo tendo todo esse lixo no seu entorno.


O piso de pedra portuguesa que compreende toda a praça está danificado em toda a sua extensão. Em vários trechos, as pedras estão soltas, e se amontoam gerando risco para os transeuntes. O lixo exposto em alguns locais completa a triste realidade.



como em todos os espaços públicos que se encontram em total degradação, esse também tem uma placa da prefeitura: 

reforma e recuperação do Mercado Joaquim Távora
início: 15/05/2011
prazo: 06 meses
valor:  R$ 104.703,99

Contrariando o compromisso assumido pela prefeitura, a reforma do mercado, não está concluída, apesar do prazo vencido. E quanto a recuperação da Praça do Joaquim Távora?


5 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Fim de mandato e a Fortaleza está mais feia e mais suja que nunca!
Agora, é aguardar a nova "gestação"...
Daqui a 1 ano, faça outra reportagem, para comparar com esta.

Fátima Garcia disse...

a cidade está um caos, as obras inacabadas etão por todo canto, e outras sequer começaram. Fim de festa melancólico, p/ essa gestão Fortaleza bela. Vou ficar comparando sim, chega de lambança, vamos cobrar!

lord56 disse...

Belo trabalho Fátima. Estou longe de Fortaleza a quase dez anos e é impressionante ver como a cidade está largada e a população acuada, com medo dos vândalos e marginais. Estes dias estava refletindo e me veio uma indagação que me atrevo a compartilhar aqui no seu espaço, o cidadão de Fortaleza não usa o espaço público porque esse está destruído ou o espaço público de Fortaleza está destruído porque sua população se acovarda e não ocupa e zela o que é seu?

Fátima Garcia disse...

As duas coisas lord56, mas considero que o principal problema é a falta de segurança. Não dá p/encarar marginais armados, uma polícia insuficiente e um governo fazendo de conta que não é com ele. Os espaços públicos como as praças e os parques estão abandonados pela prefeitura, que começou diversas obras, mas não terminou. Cobrança há por parte de alguns setores e de parte da população, mas o sentimento que fica é que não adianta reclamar, a prefeita costuma fazer deboche, quando cobrada a respeito dessas "obras" da administração dela.

Fátima Garcia disse...

As duas coisas lord56, mas considero que o principal problema é a falta de segurança. Não dá p/encarar marginais armados, uma polícia insuficiente e um governo fazendo de conta que não é com ele. Os espaços públicos como as praças e os parques estão abandonados pela prefeitura, que começou diversas obras, mas não terminou. Cobrança há por parte de alguns setores e de parte da população, mas o sentimento que fica é que não adianta reclamar, a prefeita costuma fazer deboche, quando cobrada a respeito dessas "obras" da administração dela.