Padre Mororó
Em 1872 foram iniciadas as obras de construção do cemitério
de São João Batista, que só ficaria pronto em 1880. Para o novo cemitério,
foram transladados os corpos de vultos mais importantes que se encontravam sepultados
nos cemitérios já existentes. A Rua Padre Mororó nasceu praticamente junto com
o cemitério de São João Batista, construído de frente para a catedral, a uma
distância de mais de um quilômetro, formando o caminho, a Rua das Flores, atual
Castro e Silva. A frente do cemitério de São João Batista formou o início da
Rua Padre Mororó, que em 1883 se chamou Rua São Cosmo, recebendo depois o nome
do Padre Mororó. Em 1890 quando todas as vias de Fortaleza receberam números, a
Padre Mororó foi a de número 16, voltando, logo em seguida, ao nome atual.
foto: http://www.geolocation.ws/v/P/52877631/rua-padre-moror/en
Com o tempo a rua foi se formando, principalmente nos
trechos de cruzamento com as ruas e travessas mais importantes, como a Travessa
Municipal (atual Rua Guilherme Rocha). A rua Padre Mororó nasce no bairro do Arraial Moura
Brasil, na orla marítima, e termina na Rua Justiniano de Serpa.
Rua Castro e Silva, começa na Catedral da Sé e termina em frente ao Cemitério de São João Batista (foto Fátima Garcia)
Assim como a Castro e Silva, que foi por
muitos anos caminho dos enterros, quer fosse motorizado ou a pé, a Rua Padre
Mororó ainda hoje é um dos caminhos dos mortos em direção ao São João Batista.
Alberto Nepomuceno
arquivo Nirez
Antigamente havia um caminho a partir do então Largo da Matriz
(hoje Praça da Sé), para o mar, que seguia pelo local ocupado pela Avenida
Alberto Nepomuceno, dobrando na Avenida Pessoa Anta e na altura do prédio da
Alfândega, dobrava novamente, desta vez no sentido praia, indo até a Ponte
Metálica. Era chamado “caminho da praia”. Como existia uma ponte de madeira
sobre o Rio Pajeú, a rua passou a se chamar Rua da Ponte, isto em 1856. Depois se
chamou Rua Alberto Nepomuceno, em 1889.
No ano seguinte, quando as ruas receberam números ela passou a ser a número 7,
voltando depois ao antigo nome.
Na gestão do prefeito Ildefonso Albano, entre 1912 e 1914, a
avenida foi alargada e pavimentada com calçamento, passando a ser denominada
Avenida Alberto Nepomuceno. Em 1921, recebeu meio-fio. No início da avenida
ficava a escola de Aprendizes Marinheiros, que depois se mudou para o
Jacarecanga, ficando o prédio ocupado pela escola de Aprendizes-Artífices. A
Fortaleza data do século XVII e a antiga Secretaria da Fazenda, prédio térreo
que ficava onde depois foi construído o Fórum Clóvis Beviláqua, foi instalada
em 1896, sendo demolido o prédio no governo Paulo Sarasate, que construiu o
fórum. O novo prédio da Secretaria da Fazenda foi inaugurado em 1927.
atual Avenida Alberto Nepomuceno (foto Fátima Garcia)
A Avenida
Alberto Nepomuceno nasce no Poço da Draga (antigo porto) e vai até a Rua Crato,
quando passa a se chamar Rua Conde D’Eu. Na continuação a via recebe os nomes
de Sena Madureira e Avenida Visconde do Rio Branco, até encontrar a BR-116.
Cruza com a Avenida Pessoa Anta (antiga Rua da Praia), José Avelino (do
Chafariz), Dr. João Moreira (Misericórdia) Rufino de Alencar, Caio Prado e
Castro e Silva (das Flores).
Barão de Studart
foto Nirez
A Avenida Barão de Studart não é muito antiga, por isso este
foi seu único nome, ao contrário de outras ruas de fortaleza, que tiveram
várias denominações anteriores. A via nasce praticamente na praia, tendo se
formado nas proximidades das avenidas Santos Dumont e Monsenhor Tabosa. Quando
a Avenida Aquidabã começou a tomar forma na década de 1940, a Barão de Studart
já existia, ali também se formou, passando a existir então desde a orla
marítima até pouco depois da Avenida Santos Dumont. Em 1960, quando a TV Ceará
passou a funcionar na Estância, a Avenida Antônio Sales também passou a ser
caminho obrigatório e a Barão de Studart foi estendida até lá. Depois foi aumentando,
até chegar a Avenida Pontes Vieira, onde termina. Só então passou a receber
mais atenção.
Avenida Barão de Studart (foto Fátima Garcia)
Foi urbanizada, transformada em avenida e por ela passaram a circular coletivos e se
instalaram diversos estabelecimentos comerciais. Antigamente, ficava no
cruzamento da Barão de Studart com a Rua João Carvalho, o famoso Cine Ventura.
fonte:
A história do Ceará passa por esta rua
autor Rogaciano Leite Filho
A história do Ceará passa por esta rua
autor Rogaciano Leite Filho
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