No inicio do Século XX, por volta do ano de 1916, as irmãs Henriqueta e Júlia, filhas de Juvenal Galeno, começaram a promover serões litero-musicais na casa do velho poeta.
Três anos depois, em 27 de setembro de 1919, foi fundado o Salão Juvenal Galeno, e as tertúlias das irmãs Galeno eram uma referência de alegria e festiva movimentação da cidade, onde semanalmente podiam ser encontrados todos os artistas, poetas e literatos da cidade.
Com a partida de Julinha para Salvador, acompanhando o marido, Henriqueta assume a plena direção do salão, cujas sessões eram assistidas pelo poeta Juvenal, sentado numa rede, aquela altura cego, as barbas brancas a imprimir respeito aos seus talentosos convidados. O poeta morreria aos 94 anos de idade, em 1931.
Sala dos Espelhos
móveis, cadeiras de palhinha e um móvel envidraçado, onde estão guardados documentos e manuscritos do poeta Juvenal Galeno.
No dia 6 de dezembro de 1936, o festejado salão da família Galeno passaria a se chamar Casa de Juvenal Galeno, acentuando o trabalho de divulgação dos valores artísticos e culturais do Ceará e promovendo o congraçamento de quantos se dedicam as letras e as artes.
No hall de entrada duas estátuas de mármore: a primeira representa a música e a outra a maternidade
Com a morte de Henriqueta, em 1964, a direção da Casa ficou a cargo de seus sobrinhos, a cronista Nenzinha Galeno até 1989 e o contista e historiador Alberto Galeno, seu atual diretor.
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Auditório Henriqueta Galeno
O Auditório Henriqueta Galeno, tem capacidade para 120 pessoas. Dispõe de um pequeno palco com um piano de meia cauda e várias obras de arte, inclusive duas obras de Otacílio de Azevedo, poeta e pintor
(...) Ao chegar á noite, na Casa de Juvenal Galeno, o salão estava repleto, num verdadeiro incêndio de lâmpadas, flores, mulheres, perfume; um piano espalhava no ar as últimas notas de uma valsa vienense.
(Otacílio de Azevedo, em Fortaleza Descalça).
Salão Alberto Galeno
herma de Juvenal Galeno
mobiliário antigo usado pela familia, mesa de reuniões e recepções. Os retratos na parede são do poeta e sua mulher.
fotos de escritores, poetas e sócios da Casa de Juvenal Galeno
mais uma mesa de reuniões. O móvel envidraçado guarda objetos de uso pessoal que pertenceram ao poeta. O piso de mosaico é da década de 1950.
Retrato de Henriqueta Galeno
A Casa de Juvenal Galeno foi um centro literário efetivo. Ao sarau da Casa de Juvenal Galeno todo grande conferencista comparecia, a partir de Gustavo Barroso. A efervescência foi em 1937/1938.
A Henriqueta foi uma mulher de muitas iniciativas.
Inteligente, capaz, muito cordial, recebia bem e dava um estímulo admirável aos jovens, aos que tentavam ingressar na Literatura. Eu era jovem!
Ela me cercou do maior carinho quando lancei meu primeiro livro. Foi uma das responsáveis por minha entrada na Academia Cearense. Então, para os grandes escritores da terra e escritores de fora, o ponto obrigatório de reunião era a casa de Juvenal Galeno.
Ela ainda teve a idéia admirável de criar a Ala feminina, vejam como ela era incentivadora. As mulheres que se interessavam por literatura estão ali, na Ala Feminina.
Ainda hoje tem sua ação, pois, após sua morte, Henriqueta foi substituída por Nenzinha, que foi o outro grande espírito. Isso, a partir do pai, Juvenal Galeno, porque o pai foi o vate inicial, foi o dono da poesia inicial no Ceará, da poesia popular.
(Moreira Campos, em Cadeiras na Calçada e Lampiões a Gás em cada Esquina.)
Salão Júlia Galeno
a antiga máquina de escrever que pertenceu ao poeta
(Moreira Campos, em Cadeiras na Calçada e Lampiões a Gás em cada Esquina.)
Salão Júlia Galeno
a antiga máquina de escrever que pertenceu ao poeta
No salão Júlia Galeno estão móveis centenários, faqueiros de prata, um velho oratório, conjunto de louças importadas da Europa e outros utensílios do Século XIX utilizados pela familia Galeno.
Ala Feminina
Criada por Henriqueta Galeno a Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno lançou o primeiro número da Revista Jangada em 25 de dezembro de 1949
Auditório Nenzinha Galeno
o Auditório Nenzinha Galeno é um amplo espaço ao ar livre, onde cabem 200 pessoas.
Biblioteca Mozart Monteiro
conta com um acervo de 18 mil volumes higienizados e catalogados, com muitos livros de autores cearenses. Funciona de segunda a sexta, das 8 às 12 horas.
A Casa de Juvenal Galeno fica na Rua General Sampaio, 1128, centro de Fortaleza.
Funciona de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.
pesquisa:
Azevedo, Otacílio de. Fortaleza descalça; reminiscências. Fortaleza, Edições UFC/PMF, 1980.
Roteiro Sentimental de Fortaleza: depoimentos de história oral de Moreira Campos, Antonio Girão Barroso e José Barros Maia/coordenadores Simone de Souza e Sebastião Rogério Ponte. Prefácio de José Carlos Sebe B. Meihy; transcriadores: Oswald Barroso, caterina de Saboya Oliveira e Sebastião R. Ponte. Fortaleza: UFC-NUDOC/SECULT-CE, 1996.
Leitão, Juarez. Sábado, estação de viver. Histórias da Boemia Cearense. Fortaleza: Editora Premius, 2000
A Casa de Juvenal Galeno fica na Rua General Sampaio, 1128, centro de Fortaleza.
Funciona de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.
pesquisa:
Azevedo, Otacílio de. Fortaleza descalça; reminiscências. Fortaleza, Edições UFC/PMF, 1980.
Roteiro Sentimental de Fortaleza: depoimentos de história oral de Moreira Campos, Antonio Girão Barroso e José Barros Maia/coordenadores Simone de Souza e Sebastião Rogério Ponte. Prefácio de José Carlos Sebe B. Meihy; transcriadores: Oswald Barroso, caterina de Saboya Oliveira e Sebastião R. Ponte. Fortaleza: UFC-NUDOC/SECULT-CE, 1996.
Leitão, Juarez. Sábado, estação de viver. Histórias da Boemia Cearense. Fortaleza: Editora Premius, 2000
4 comentários:
Que matéria linda.Já entrei algumas vezes nesta linda casa verde. Minha mãe dizia que foi a alguns sarais, com uma "concunhada"dela rsrs Violeta, que era sogra do grande Leonardo Mota, o Leota.Era uns dos programas da época...e que devia ser muito bom...
Muito bom!
Boa noite!
muito bom o blog, adorei!
obrigada, comprar....
volte sempre abs
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