quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lâmpadas Fluorescentes Usadas: para onde vai esse lixo?


Desde o apagão de 2001, quando a população foi obrigada a cumprir cotas de consumo de energia, que as lâmpadas fluorescentes se incorporaram à vida brasileira. A partir daí a venda desse tipo de produto tem se mantido em escala ascendente. Só nos últimos quatro anos, a média de crescimento foi da ordem de 20% ao ano.
O produto tem vantagens evidentes que os fabricantes não se cansam de ressaltar apesar do preço alto: gasto menor de energia, tempo de vida útil maior do que as lâmpadas incandescentes comuns.
O que muita gente não sabe, é que as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, substância poluente, nociva ao ser humano e ao meio ambiente. E por ser um produto que gera resíduos perigosos, necessita de alguns cuidados tanto na hora do manuseio quanto no descarte.
No manuseio, recomenda-se nunca segurar a lâmpada pelo vidro; em caso de quebra acidental, o local deve ser limpo, os cacos coletados e colocados em caixas de papelão ou protegidos com jornal de modo a não ferir quem os manipula. Mas fica a questão do descarte: o que fazer com essas lâmpadas depois de queimadas?
Fortaleza, na contra mão da realidade dos problemas urbanos, da necessidade de se resolver os problemas criados a partir da geração do lixo, da necessidade premente da reciclagem e da preservação ambiental, não conta com uma coleta diferenciada que contemple esse tipo de produto nocivo ao meio ambiente;
aliás, até hoje não existe em Fortaleza, sequer a coleta seletiva do lixo reciclável ou reaproveitável: pilhas, lâmpadas, baterias, papéis, óleo de cozinha, lixo eletrônico, embalagens, plásticos, vidros, vai tudo para o mesmo saco e acabam nos aterros sanitários, junto com o lixo comum.
O que ameniza um pouco o problema é a ação dos recicladores e de alguns segmentos da iniciativa privada que recebem lixo eletrônico. Os fabricantes também são omissos, não dispõem de programas para recolher produtos descartáveis e que muitas vezes, são reaproveitáveis. Apesar da omissão, muitos deles publicam páginas na web para falarem de responsabilidade sócio-ambiental em suas empresas: é o vale tudo para parecerem ambientalmente corretos; na prática não existe nada, nem responsabilidade, nem gestão ambiental, nem preocupação com a poluição ou com o meio ambiente, nem tecnologias limpas. Só discursos vazios.
Utilizei os famosos “fale conosco” de inúmeros fabricantes de lâmpadas fluorescentes, no qual solicitei – via email – informações a respeito do descarte de seus produtos. O único que respondeu, recomendava que eu procurasse a Secretaria de Meio ambiente do Município; os demais ficaram convenientemente calados.
A luz no fim do túnel é que, depois de 19 longos anos de discussão, a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em março deste ano na Câmara dos Deputados. Pela primeira vez, uma lei distribui a responsabilidade sobre os resíduos entre fabricantes, governo e sociedade.
As empresas serão obrigadas a recolher e dar destino adequado a seus produtos. A lei proíbe a eliminação de resíduos onde possa haver contaminação da água ou do solo.
A Lei ainda precisa ser sancionada pela Presidência da República.
Enquanto a legislação não sai, é recomendável que a população não misture essas lâmpadas com o lixo doméstico, pois é grande o risco de contaminação do meio ambiente, que põe em risco a saúde dos funcionários que manuseiam o lixo e dos catadores e recicladores que sobrevivem nos aterros e lixões.
Mas fica ainda no ar a pergunta que é o Xis da questão:
O que a população de Fortaleza está fazendo com esse lixo?

4 comentários:

residuos solidos disse...

Uma alternativa para os problemas ambientais dos resíduos eléctricos e electrónicos, equipamento de reciclagem de RAEES é a construção.
Em http://www.redsolenergy.com nós concepção e construção de instalações de reciclagem, eliminando o principal problema dos resíduos de resíduos eléctricos e electrónicos REEE de equipamentos. Nossas instalações e projetos para evitar que o ambiente emitem grandes quantidades de CO2, evitar problemas de resíduos, para eliminar focos da doença e criar empregos sustentáveis.
Nós trabalhamos na construção de fábricas na Europa e América.

Philippe Jean Henri Mayer disse...

Não é propaganda, mas informação.

COMO FICA COM A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)??

Um copo de água de “Coco Verde” de 250 ml gera mais de “1 Kg de lixo”.
.

Telhado Verde
www.cocoverderj.com.br/coberturaverde.htm

Painéis Verticais
www.cocoverderj.com.br/jardimvertical.htm

Fatima Garcia disse...

o coco verde é um residuo organico, não polui o solo, nem a água, a poluição é só visual. Diversas empresas estão trabalhando o beneficiamento da casca de côco, gerando riquezas e limpando o meio ambiente.

Anônimo disse...

eu jogo mesmo no lixo comum, porque não dá pra ficar guardando isso em casa, não sabia que fazia tanto mal.