Às 9 horas de 15 de março de 1994, dom Aloísio Lorscheider,
cardeal-arcebispo de Fortaleza, iniciou uma visita pastoral ao IPPS – Instituto
Penal Paulo Sarasate, penitenciária de segurança máxima localizada no município
de Aquiraz, às margens da BR 116.
A visita havia sido marcada pelo próprio D. Aloísio, sensibilizado com as noticias que davam conta do clima tenso entre os detentos, em razão da grande insatisfação devido a superlotação e das péssimas instalações do presídio. Três outros religiosos (D. Edmilson Cruz, D. Geraldo Barbosa e o então vigário episcopal de Fortaleza, D. Aldo Pagotto) e alguns integrantes de movimentos sociais foram convocados para uma vistoria na instituição. De dentro da cadeia, um grupo de detentos aguardava os visitantes.
A visita havia sido marcada pelo próprio D. Aloísio, sensibilizado com as noticias que davam conta do clima tenso entre os detentos, em razão da grande insatisfação devido a superlotação e das péssimas instalações do presídio. Três outros religiosos (D. Edmilson Cruz, D. Geraldo Barbosa e o então vigário episcopal de Fortaleza, D. Aldo Pagotto) e alguns integrantes de movimentos sociais foram convocados para uma vistoria na instituição. De dentro da cadeia, um grupo de detentos aguardava os visitantes.
O Cardeal Dom Aloísio dominado e ameaçado com uma faca por um detento do IPPS. A imagem chocou o Brasil
A visita às celas durou cerca de uma hora, quando então,
todos se dirigiram ao auditório. No
fundo, uma movimentação chamou a atenção dos presentes. O então coordenador do Sistema Penal do
Estado, Raimundo Brandão falava para a plateia, quando três presos subiram no palco. O detento
Antônio Carlos de Souza Barbosa, vulgo Carioca, destacou-se do grupo e imobilizou
Dom Aloísio com uma faca; os outros dois
dominaram os Bispos Auxiliares, D. Edmilson e D. Geraldo, e D. Aldo Pagotto, hoje
Bispo de Sobral. Brandão também foi imobilizado. Os policiais que faziam a escolta dos visitantes reagiram;
houve troca de tiros, dois detentos morreram e um policial ficou ferido. A partir daí, o Arcebispo e mais 13 pessoas
ficaram mais de 20 horas em poder dos detentos.
entrada do IPPS (imagem do site acsmce.com.br/
Só quando o então governador do Estado, Ciro Gomes, chegou
ao IPPS é que as negociações avançaram. Os presos pediam um furgão, 10 rifles e
10 revólveres. No final da noite, por volta das 23 horas, o furgão saiu do IPPS
com 26 pessoas seguindo para a Ibaretama, onde vivia a família do detento Roberto
Aguiar Muniz, o Fazendeiro.
O grupo foi libertado por volta das 6h do dia seguinte, depois do carro de fuga sofrer um acidente. Nenhum dos reféns ficou ferido. Dizem os envolvidos no episódio, que o desfecho sem maiores incidentes se deveu principalmente a Dom Aloísio, que transmitia palavras de conforto tanto aos sequestradores, quanto aos reféns.
A caça aos fugitivos durou 10 dias: 12 fugitivos foram recapturados e 2 foram baleados e mortos em troca de tiros com a polícia. Dom Aloísio Lorscheider faleceu em 2007, aos 83 anos de idade; o Instituto Penal Paulo Sarasate, inaugurado em 18 de agosto de 1970, pelo então presidente General Emílio Garrastazu Médici, com capacidade para 400 internos, foi desativado em agosto de 2013.
O grupo foi libertado por volta das 6h do dia seguinte, depois do carro de fuga sofrer um acidente. Nenhum dos reféns ficou ferido. Dizem os envolvidos no episódio, que o desfecho sem maiores incidentes se deveu principalmente a Dom Aloísio, que transmitia palavras de conforto tanto aos sequestradores, quanto aos reféns.
A caça aos fugitivos durou 10 dias: 12 fugitivos foram recapturados e 2 foram baleados e mortos em troca de tiros com a polícia. Dom Aloísio Lorscheider faleceu em 2007, aos 83 anos de idade; o Instituto Penal Paulo Sarasate, inaugurado em 18 de agosto de 1970, pelo então presidente General Emílio Garrastazu Médici, com capacidade para 400 internos, foi desativado em agosto de 2013.
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