sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Academia Francesa do Ceará

Rua da Misericórdia, onde residia Rocha Lima, numa casa em frente ao Passeio Público


A Academia Francesa surgiu a partir das ideias absorvidas por Rocha Lima a partir da Escola de Recife, onde estivera em 1871, na fase crítica e filosófica preconizada por Tobias Barreto. De volta ao Ceará, em 1872, Rocha Lima Tratou de fundar um centro cultural de onde pudesse divulgar a nova doutrina.  Tinha por objetivo disseminar o Positivismo no Ceará.  Os sócios fundadores  da Academia Francesa – movimento intelectual de cunho filosófico e literário – foram além de Raimundo Antônio da Rocha Lima, Capistrano de Abreu, Araripe Júnior, João Lopes e Amaro Cavalcante; fizeram parte – Clóvis Beviláqua e Tomás Pompeu de Souza Brasil. As reuniões aconteciam na residência de Rocha Lima, localizada em frente ao Passeio Público.

 Capistrano de Abreu, um dos fundadores da Academia Francesa


Além da tribuna que explorava a questão religiosa, organizavam-se conferências contra o Clero, abalando a opinião católica. Em 1874 criou-se a Escola Popular, para os pobres e operários – em aulas noturnas nas quais eram agitadas as questões tratadas pelo movimento. Instalou-se na Rua Conde D’Eu  n° 98. 

 Rua Conde D'Eu, onde em 1874 passou a funcionar a Escola Popular


No mesmo ano foi inaugurado o curso de História Universal, pelo Dr. Pompeu Filho. Na imprensa teve o Jornal Fraternidade como órgão de publicidade, em cuja redação se distinguiram João Lopes, Rocha Lima e Pompeu Filho.
Em 1875, o agravamento da luta a favor da Maçonaria e contra o Clero, determinou a extinção da Academia Francesa. O jornal Fraternidade também foi extinto na mesma data.
Os principais trabalhos oriundos da Academia Francesa: o Livro Crítica e Literatura, de Rocha Lima; dois ensaios de Crítica Literária, de Capistrano de Abreu e Épocas e Individualidades, de Clóvis Beviláqua, além da coleção do Jornal Fraternidade.


Fonte:
Caminhando por Fortaleza, de Francisco Benedito
fotos do Arquivo Nirez

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