quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Praça Clóvis Beviláqua



A praça tem uma caixa d'água subterrânea que impede o plantio de árvores ou mesmo de gramado ou jardins em boa parte de sua área. No centro, está a estátua de Clóvis Beviláqua. (foto de Fátima Garcia)

Inicialmente a praça foi denominada de Visconde de Pelotas, por volta de 1870, em homenagem ao herói da Guerra da do Paraguai, Marechal José Antônio Correia da Câmara. Em 1926 teve o nome mudado para Praça do Encanamento, em razão da instalação do 1° sistema de abastecimento de água. Em 1937 passou a ser chamada de Praça da Bandeira. Por fim passou a ser Clóvis Beviláqua, em 10 de julho de 1959, na gestão do prefeito Cordeiro Neto (1959-1963). 
 Praça Clóvis Beviláqua em 1936, dividida por uma avenida 

No início do século XX era um local bastante arborizado e possuía quiosques de madeira onde funcionavam os cafés. A devastação teve início em 1912 com a instalação das caixas d’água e se completou com a instalação de um reservatório subterrâneo no início dos anos 70. Outro equipamento que ocupa parte da praça é a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, instalada em 1938. 

 A praça quando era a Praça do Encanamento

Durante algum tempo uma avenida cortou a praça diagonalmente de Nordeste a Sudoeste da Rua Clarindo de Queiroz à Rua Meton de Alencar, via de escoamento do tráfego para a zona Oeste e para o interior do Estado.
Em 27 de setembro de 1936 foi inaugurado na praça o busto de Juvenal Galeno; possuía ainda um coreto no local onde hoje está o obelisco, uma fonte com estatueta. A praça deu origem ao Riacho do Garrote que seguia pela Avenida Duque de Caxias e alimentava a Lagoa do Garrote.  Em 1969 a praça passou por uma reforma, ocasião em que o busto de Juvenal Galeno foi retirado, ficou recolhido ao depósito da prefeitura e em setembro de 1984 foi entregue pelo prefeito à Casa de Juvenal Galeno, onde ainda se encontra. 

  O busto de Juvenal galeno ficou na praça entre 1936 e 1969, quando foi retirado

A praça foi reinaugurada em 5 de junho de 1989, com os seguintes equipamentos: quadra polivalente, bancos com estrutura de ferro fundido com assento de madeira, gramado, iluminação com lâmpadas de mercúrio e sódio a vapor, play-graund com balanços, escorregador e escadinha.
Esta praça, quando tinha o nome de Visconde de Pelotas, ia da Rua General Sampaio até a Senador Pompeu em sua largura e no comprimento ia da Rua Clarindo de Queiroz até a Rua Antônio Pompeu, atravessando a Rua Meton de Alencar. Primeiramente foram construídas as caixas d'água que ocuparam um espaço considerável do lado da Rua Antônio Pompeu.

 O prédio da Faculdade de Direito foi inaugurado na área da praça, na administração de Francisco Menezes Pimentel (1935-1945), interventor, professor de direito e ex-diretor da Faculdade

Depois veio a Faculdade de Direito que ocupou o restante da parte que ia até a Rua Meton de Alencar. Aos poucos a Faculdade foi tomando as laterais e o espaço entre ela e as caixas d'água. Depois a praça foi destruída, na administração José Walter Cavalcante (1967-1971), sendo nela feita uma caixa d'água subterrânea que a deixou sem arborização e sem função por mais de uma década.


O Obelisco da Vitória foi inaugurado em 19 de novembro de 1943 pelos alunos da Faculdade de Direito, em homenagem às Forças Aliadas em combate na 2a. Guerra Mundial. Foi recuperado e reinaugurado juntamente com a Praça, em 5 de junho de 1989.

fotos do Arquivo Nirez
fonte: Caminhando por Fortaleza
de Francisco Benedito

7 comentários:

Anônimo disse...

Como estudante de arquitetura e urbanismo me dói saber que nossa cidade foi tão bela e hoje padece como uma mendiga. Um pena que nossa memória não seja preservada da maneira correta. Parabéns pelo BLOG

Fátima Garcia disse...

Não há vontade nem política pública que contemple essa questão da memória coletiva. O processo de descaracterização continua firme.
o que fazer?
abs

Unknown disse...

O centro de Fortaleza é um lugar muito historico, lindo pela sua arquitetura, organização das ruas conforme planejado, prédios, eu amo ir ao centro e entrar naqueles prédios antigos ou fazer qualquer outra coisa por lá. cada vez que passo por lá é lindo de se ver. sinto muito e é uma tristeza saber que as pessoas são mais apegadas a shoppings, prédios novos e modernos demais, descaracterizando a identidade da cidade.

Unknown disse...

O centro de Fortaleza é um lugar muito historico, lindo pela sua arquitetura, organização das ruas conforme planejado, prédios, eu amo ir ao centro e entrar naqueles prédios antigos ou fazer qualquer outra coisa por lá. cada vez que passo por lá é lindo de se ver. sinto muito e é uma tristeza saber que as pessoas são mais apegadas a shoppings, prédios novos e modernos demais, descaracterizando a identidade da cidade.

Cleyton disse...

Interessante, jamais imaginei q ali tem um reservatorio ainda mais sem uso algum. A cagece deveria ter um museu da água ali naquela legião.

Anônimo disse...

Fortaleza é uma das cidades mais antigas do Brasil. Há tanto por ver em monumentos, praças e edificacoes seculares. A preservacao do novo eh ruim e do antigo pior ainda. Políticos só pensam no agora e gastar sem memórias a preservar. Lamentavel.

Anônimo disse...

Os meios fios de granito de fortaleza estão sendo removidos para dar lugar aos blocos de concreto vagabundo. Alguém está se beneficiando. Ficando com o material de qualidade e colocando algo sem qualidade.
Aldeota não existem mais.