segunda-feira, 4 de abril de 2011

Parque Pajeú

Fortaleza - 285 anos 

O Parque Pajeú foi criado em 1982 pela Prefeitura de Fortaleza. Em 1997 a Prefeitura, o Clube dos Diretores Lojistas e vários artistas plásticos transformaram o parque numa área de exposição permanente de esculturas, que passou a ser conhecido também como Parque das Esculturas. 
Naquele ano de 1997 foram colocadas 16 esculturas de renomados artistas cearenses. Com o passar do tempo várias obras sumiram da área do parque, não se sabe se foram retiradas para recuperação, ou se foram roubadas. 
O Parque Pajeú fica localizado entre a Avenida Dom Manuel e a Rua 25 de Março.






A área do parque de cerca de 15 mil metros quadrados, é cortada pelo Riacho Pajeú, cuja urbanização foi uma das motivações para a criação do parque. A estrutura do parque conta com bancos, muitas árvores, pontes e serviços de limpeza. Pelo menos, observei alguns garis fazendo a varrição e não há acúmulo de lixo dentro da área interna do parque. 
Mas a limpeza que se faz mais urgente é certamente, a das águas do Pajeú.








O Pajeú  tem sua nascente (hoje aterrada) nas imediações da Rua Silva Paulet, percorre quase 5.000 metros até sua foz, na Praia Formosa.
O riacho já foi chamado de Marajaik, na época da ocupação holandesa. Mais tarde foi chamado de Ipojuca, Telha e por último, Pajeú.
 Corre a céu aberto em alguns trechos, como atrás do Mercado Central, no bosque do Paço Municipal e no Parque Pajeú. A maior parte está canalizada em galerias subterrâneas.



As intervenções no riacho foram iniciadas ainda no século XIX, segundo alguns escassos registros. A obra de canalização de maior destaque, porém, foi realizada no início da década de 1980, numa extensão de 3.360 metros. 
Documentos oficiais da Prefeitura de Fortaleza dão conta de que, nesse processo, o leito original foi modificado e o curso desviado por causa das edificações já existentes, evitando os altos custos das indenizações



Hoje o riacho histórico, que viu nascer a cidade, jaz numa vala fétida, cujo odor é sentido de longe. O Pajeú foi  assassinado por intervenções desastrosas, aterramentos, toneladas de lixo e esgotos clandestinos.
 Em suas águas escuras e poluídas, o reflexo do abandono e da incompetência de uma cidade que não preza nem a beleza nem a importância de seus recursos naturais.

fotos de Fátima Garcia
abril/2011

2 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Fico uns diazinhos sem vir aqui e qmd venho há uma maravilhosa produção!
Tão lindo tudo isso.... nasci à margem do Pajeú, na 25 de março...um pouco adiante, era o sítio de minha bisa, Ma. Isabel na antiga prç. do Colégio...
Pena, a falta de conservação.
Fátima, aí pertinho tem a Vila Romero, que sai na Cidade da Criança. Sugiro que vc faça uma postagem...em 95 estive lá e algumas casas ainda estavam preservadas. Minha irmã mais velha nasceu lá, em 38....não sei como está hoje.....só conferindo!
Vou ver as outras produções do blog:
abril, post's mil..rsrsrs

Beijos!

Fátima Garcia disse...

Oi Lúcia,
não deu p/ver o entorno lá do Pajeú, mas pretendo voltar lá p/registrar e dou uma olhada na vila. Quando fui fazer as fotos, havia um rapaz, um garoto quase, que ficou o tempo todo na minha cola, pedindo dinheiro. Quando falei que não tinha, ele pediu p/tirar umas fotos dele. Por causa dessa companhia, não deu p/fazer tudo que eu fui fazer.
bjs