No final dos anos 30/início dos 40, em um arrabalde de Fortaleza, no encontro da atual Avenida Visconde do
Rio Branco (antiga Estrada de Messejana) com a Avenida Pontes Vieira, havia um
ponto de parada de dezenas de comboieiros vindos do interior, que ficavam ali
para descanso e organização das tropas. A este ponto de encontro os nativos
deram o nome de Tauape, que significa “caminho de barro”. No local foi erguida uma capela por
invocação a São João, surgindo o nome São
João do Tauape.
Os mercadores já se
encontravam próximo ao centro da cidade, mas não podiam seguir adiante, pela
Avenida Visconde do Rio Branco, com cargas em carros de bois e carroças
conduzidas por cavalos e mulas. Dizia-se que a passagem
das caravanas gerava tumulto e confusão entre os moradores, atrapalhava os
carros e o bonde que percorria toda a avenida até o fim da linha, que ficava
próximo de onde funcionou o Cine Atapu. O crescimento da cidade impunha uma
nova ordem. Já não era permitido o ingresso de animais por vias principais, a
sujar a avenida e o centro.
Avenida Treze de maio, década de 40
Surgiu então a ideia de abrir uma nova via que unisse o São João do Tauape ao antigo Prado, mais tarde Benfica. O caminho já existia, só que bastante precário. Planejaram então transformar esse caminho numa avenida que desse acesso aos mercados e a algumas ruas já existentes, facilitando o acesso entre os bairros.
Todos os
meios de transporte seriam beneficiados, especialmente os comboieiros, que seguiriam
com suas mercadorias por toda a avenida, sem impedimentos, até o Prado ou
Benfica. Por essa época aquela região compreendida entre os atuais bairros de
Fátima e Benfica, era cheia de bangalôs e chácaras com grandes jardins e amplos
quintais.
Em 1948, o então prefeito Acrisio Moreira da Rocha (1948-1951) fez um acordo com o empresário Eugênio Porto, proprietário de terrenos na área, que se estendiam da atual Rua Joaquim Magalhães até a Avenida Treze de Maio. Teria sido discutida a criação de uma grande rua que beneficiasse toda a região. A prefeitura demarcaria as demais vias de acesso com calçamento e fio de pedra, e em troca, o latifundiário venderia os terrenos. Estava aberto o caminho para a construção da via inicialmente chamada de Avenida Flor do Prado.
Quando abriram a avenida um cidadão identificado como Pergentino Ferreira, proprietário de um terreno na região, doou uma quadra para a construção da Igreja de Fátima e do Colégio Santo Tomás de Aquino. O templo foi construído no ponto mais alto de uma elevação de terra, do que talvez tenha sido uma extensa vegetação. O Colégio Santo Tomás de Aquino foi criado em 07 de março de 1963, pelo então pároco da Igreja de Fátima, Monsenhor Gerardo de Andrade Ponte, tendo como mantenedor o Conselho Paroquial de Nossa Senhora de Fátima.
Em 1948, o então prefeito Acrisio Moreira da Rocha (1948-1951) fez um acordo com o empresário Eugênio Porto, proprietário de terrenos na área, que se estendiam da atual Rua Joaquim Magalhães até a Avenida Treze de Maio. Teria sido discutida a criação de uma grande rua que beneficiasse toda a região. A prefeitura demarcaria as demais vias de acesso com calçamento e fio de pedra, e em troca, o latifundiário venderia os terrenos. Estava aberto o caminho para a construção da via inicialmente chamada de Avenida Flor do Prado.
Quando abriram a avenida um cidadão identificado como Pergentino Ferreira, proprietário de um terreno na região, doou uma quadra para a construção da Igreja de Fátima e do Colégio Santo Tomás de Aquino. O templo foi construído no ponto mais alto de uma elevação de terra, do que talvez tenha sido uma extensa vegetação. O Colégio Santo Tomás de Aquino foi criado em 07 de março de 1963, pelo então pároco da Igreja de Fátima, Monsenhor Gerardo de Andrade Ponte, tendo como mantenedor o Conselho Paroquial de Nossa Senhora de Fátima.
A ideia de construção da igreja estava ligada a visita da imagem peregrina de
Nossa Senhora de Fátima que percorreu vários países da Europa e alguns Estados
do Brasil.
Em 9 de
outubro de 1952, a imagem chegou a Fortaleza. A recepção foi a maior
demonstração de fé, jamais vista em terras cearenses. Faixas, ruas enfeitadas,
casas ornamentadas com flores, para saudar a Virgem de Fátima em seu
trajeto. Baseado nessa manifestação de
fé, Pergentino Ferreira doou o terreno para a construção da Igreja e do colégio.
O doador também visava a valorização daquela parte da cidade. A partir daí, o
bairro que era chamado de Redenção, ganhou o nome de Fátima.
Após a
construção da igreja, a ocupação da área foi intensificada, com a construção de
residências de alto padrão, e a chegada de novos moradores. No entanto, algumas
áreas próximas já eram ocupadas, antes mesmo da construção da igreja de Fátima.
Havia um grande espaço construído, conhecido por Campo do Prado, onde havia um estádio
de futebol e uma pista de corrida de cavalos. Em 1938, o então
interventor federal no Ceará Francisco Pimentel, cedeu parte do terreno do
Prado para a instalação do 23° BC, que antes estava localizada na
Avenida Alberto Nepomuceno, no local onde hoje se encontra a 10a. Região
Militar.
visão panorâmica da área do 23° Batalhão de Caçadores
(foto:http://www.legiaodainfantariadoceara.org)
Mais tarde, em 1940, o restante da área do Prado foi cedida para a construção da sede do atual IFCE, uma vez que o Campo do
Prado estava desativado em razão da iminente inauguração do Estádio Presidente
Vargas.
A Avenida
ganhou o nome de Treze de Maio em 1960, quando tinha pouco mais de três
quilômetros de extensão e ainda não mantinha ligação com a Avenida Jovita
Feitosa. Hoje ela começa na Rua José Jatahy e termina no viaduto da Avenida
Pontes Vieira.
Avenida Treze de Maio, trecho do atual IFCE |
Fontes:
As Pouco lembradas Igrejas de Fortaleza, de Eduardo Fontes
As Pouco lembradas Igrejas de Fortaleza, de Eduardo Fontes
Cronologia
Ilustrada de Fortaleza, de Nirez
Jornais O Povo, Diário do Nordeste
fotos do arquivo Nirez
Jornais O Povo, Diário do Nordeste
fotos do arquivo Nirez
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