Conta o professor José Liberal de Castro que, um dia, foi procurado por Cláudio Pereira, então presidente da Fundação Cultural do Município,
que dizia estar recebendo insistentes solicitações de um vereador, no sentido
de que fosse escolhida uma data na qual Fortaleza pudesse usar como referencial
para comemorar alguma data que fosse significativa do seu passado. Na
solicitação do vereador havia uma incontestável reverência ao passado
fortalezense, mas também resultava na promoção artificial de celebrações com as quais a cidade jamais se
preocupou.
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O forte de N.S.da Assunção foi construído pelos holandeses em 1649. Era uma edificação precária, construída em taipa e palha, sobre paus enterrados a espaços e outros atravessados por dentro em formato pentagonal. Só se tornou uma fortaleza de fato, com a aparência atual, a partir da reforma promovida pelo Governador Sampaio (1812-1820), que mandou reconstruir a edificação com tijolo, pedra e cal, com base num projeto de Silva Paulet.
Poucos dias depois, o professor apresentou ao presidente da Fundação Cultural, uma curta lista datas, acompanhadas de sucintas considerações pertinentes, a fim de que ele escolhesse a que melhor conviesse, com o alerta de que as datas não deveriam ser consideradas propriamente como referências históricas, mas como simples marcos simbólicos.
Em 17 de março de 1823, o Imperador D. Pedro I “pela Graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil”, elevou a Villa de Fortaleza à categoria de Cidade, com a denominação de Cidade da Fortaleza da Nova Bragança. Nessa época já existia o atual Paço Municipal. Construído no início do século XIX, o edifício da Rua São José era um armazém de alimentos de propriedade do sargento-mor Antônio Francisco da Silva.
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Poucos dias depois, o professor apresentou ao presidente da Fundação Cultural, uma curta lista datas, acompanhadas de sucintas considerações pertinentes, a fim de que ele escolhesse a que melhor conviesse, com o alerta de que as datas não deveriam ser consideradas propriamente como referências históricas, mas como simples marcos simbólicos.
Em 17 de março de 1823, o Imperador D. Pedro I “pela Graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil”, elevou a Villa de Fortaleza à categoria de Cidade, com a denominação de Cidade da Fortaleza da Nova Bragança. Nessa época já existia o atual Paço Municipal. Construído no início do século XIX, o edifício da Rua São José era um armazém de alimentos de propriedade do sargento-mor Antônio Francisco da Silva.
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Nessa perspectiva, qualquer das datas sugeridas
poderia ser escolhida, inclusive outras mais, lembradas por terceiros.
Incontáveis datas poderiam ser aventadas, em particular aquelas alusivas a
primazias, quer dizer, “data do primeiro este, à data do primeiro aquele”.
De qualquer modo, fossem quais fossem, deveria
portar significados de ampla abrangência e constituir fontes geradoras de novas
fontes retentoras de memórias. Por tais motivos, era aconselhável evitar datas
desconhecidas ou propostas baseadas unicamente em propostas pessoais.
Após as devidas ponderações, foi escolhida a data de
13 de abril de 1726 – data em que o povoado do forte foi elevada à categoria de
Vila – decisão que, juntamente com os argumentos justificativos da escolha,
foram levados ao conhecimento do vereador Idalmir Feitosa, interessado na
consulta, que aceitou sem relutância a data sugerida.
O consequente projeto apresentado e defendido por
Idalmir Feitosa transformou-se na Lei Municipal n° 7535, de 16 de junho de
1994, que instituiu o dia 13 de abril como o Dia da Cidade. A lei aprovada pela
Câmara Municipal entrou em vigor no ano seguinte e logo se incorporou ao
calendário de eventos da cidade.
Neste 13 de abril de 2016, Fortaleza completa 290 anos desde que se tornou Vila. O povoado, este nasceu bem antes.
Neste 13 de abril de 2016, Fortaleza completa 290 anos desde que se tornou Vila. O povoado, este nasceu bem antes.
Fonte:
As Comemorações do 13 de Abril, de José Liberal de
Castro, publicado no livro “Ah, Fortaleza!”.
fotos: arquivo Nirez e Fortaleza, 27 graus
fotos: arquivo Nirez e Fortaleza, 27 graus
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