Fortaleza é uma cidade
sem memória, que não preserva, não sente saudades nem faz questão de conservar sua história. Oficialmente completou em 2015, 289
anos, desde a sua elevação à categoria de Vila, em 13 de abril de 1726. Mas o
povoado, nascido à sombra do forte, é muito mais antigo.
Mas, ao se analisar as construções ou monumentos da cidade, constata-se que há no máximo, duas edificações que atestam esse passar dos anos: O Forte de Nossa Senhora de Assunção (1649), e a Igreja do Rosário (1730). No mais, se depender do testemunho do seu patrimônio edificado, Fortaleza tem pouco mais de cem anos. O resto foi destruído.
De acordo com definição da SECULT, "tombamento é o reconhecimento de um bem material,
de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e/ou simbólico para uma comunidade,
protegendo-o de descaracterização ou de destruição através da aplicação de
legislação específica. Finalizado o processo de Tombamento, o bem é inscrito no
Livro de Tombo".
O processo não garante a preservação – é só olhar os casos da Escola Jesus, Maria, José, o Teatro São José, e outros, que são tombados, mas estão em ruínas. Não garante nem mesmo a sua sobrevivência, haja vista o que aconteceu com o prédio do Centro Artístico Cearense, na Avenida Tristão Gonçalves, que era tombado, mas foi demolido em razão do péssimo estado de conservação. E Essa vem sendo a tática empregada: deixar arruinar até que a recuperação fique inviável, quer pelo alto custo, quer pela ausência de prioridade. O Teatro São José está passando por esse processo.
E é considerando essa cultura da demolição, que várias edificações e equipamentos deveriam ser protegidos por meio de tombamento, por serem de reconhecida relevância no aspecto arquitetônico, histórico, artístico e cultural. Esses bens correm sérios riscos de desaparecerem de cena, de forma sumaria, arbitrária e definitiva. Apesar de assinalado, o número de anos não é primordial para o tombamento.
Mas, ao se analisar as construções ou monumentos da cidade, constata-se que há no máximo, duas edificações que atestam esse passar dos anos: O Forte de Nossa Senhora de Assunção (1649), e a Igreja do Rosário (1730). No mais, se depender do testemunho do seu patrimônio edificado, Fortaleza tem pouco mais de cem anos. O resto foi destruído.
O processo não garante a preservação – é só olhar os casos da Escola Jesus, Maria, José, o Teatro São José, e outros, que são tombados, mas estão em ruínas. Não garante nem mesmo a sua sobrevivência, haja vista o que aconteceu com o prédio do Centro Artístico Cearense, na Avenida Tristão Gonçalves, que era tombado, mas foi demolido em razão do péssimo estado de conservação. E Essa vem sendo a tática empregada: deixar arruinar até que a recuperação fique inviável, quer pelo alto custo, quer pela ausência de prioridade. O Teatro São José está passando por esse processo.
E é considerando essa cultura da demolição, que várias edificações e equipamentos deveriam ser protegidos por meio de tombamento, por serem de reconhecida relevância no aspecto arquitetônico, histórico, artístico e cultural. Esses bens correm sérios riscos de desaparecerem de cena, de forma sumaria, arbitrária e definitiva. Apesar de assinalado, o número de anos não é primordial para o tombamento.
Ponte Metálica – Localizada
na Praia de Iracema – 109 anos.
Inaugurada em 1906, a ponte serviu como porto de Fortaleza por mais de vinte anos. Era dotada de escada móvel para subida e descida de passageiros – que não oferecia a menor segurança – e de guindastes para as cargas. Os navios ficavam ao largo, enquanto botes e lanchas faziam o percurso entre as embarcações e a ponte. Desgastada pelo uso e pela ação da maresia, foi reconstruída na década de 1920, sendo inaugurada em 1928, com o nome de Viaduto Moreira da Rocha, já em concreto armado. Atualmente, encontra-se em péssimo estado de conservação e corre sério risco de desabamento.
Castelinhos da Avenida Santos Dumont - localizados na Praça Luiza Távora, na Aldeota – 77 anos
Os castelinhos, em número de seis, foram construídos em 1938, pelo arquiteto Emilio Hinko, em estilo eclético, a pedido de sua mulher Pierina, viúva do comerciante Plácido de Carvalho. Pierina e Plácido ficaram casados até a morte deste, em 1935. Mais tarde Pierina contraiu núpcias com o arquiteto húngaro Emilio Hinko, que construiu uma série de casas para aluguel em torno do palacete principal. O casal Pierina e Hinko morou em diversas casas em Fortaleza, inclusive em duas das que compunham o complexo do castelo, sem jamais ocuparem a edificação central, demolido na primeira metade dos anos 70. Atualmente os castelinhos abrigam alguns órgãos da Administração Estadual.
Sobrado do Pastor - Localização: Praça do
Ferreira esquina das ruas Floriano Peixoto e Guilherme Rocha – 101 anos
Projeto do desenhista José Moreira concluído em 1914. Dois anos mais tarde passou a ser ocupado pela Chefatura de Polícia. Desde 1993 funciona no local o restaurante L’ Escale. O proprietário Eduardo Pastor, proveniente do Pará, investiu na obra como uma alternativa de negócio, uma vez que a borracha estava em decadência. Em estilo art-nouveau, o edifício teve ao longo dos anos vários usos, sendo ocupado por órgãos públicos e casas comerciais, perdendo parte das características arquitetônicas, principalmente na parte térrea da fachada.
Palacete Guarani –
localização: esquina das Ruas Barão do Rio Branco com Senador Alencar – 107 anos
Erguido em terreno adquirido pelo Barão de Camocim, que construiu o palácio, em 1908. Foi ocupado sucessivamente pelo Bank of London, (1910) Banco dos Importadores (1925) a Boate Guarani, o Clube dos Diários, o Banco do Estado do Ceará, e uma empresa de telecomunicações. Cópia de um imóvel europeu, passou por diversas reformas, inclusive no telhado de ardósia original, que era fortemente inclinado, que servia para escorrer neve.
Prédio da Escola Pio X
– localização: Avenida Duque de Caxias com a Rua Barão de Aratanha – 107 anos
Fundada por Frei Mansueto em 1908. O prédio foi construído em terreno doado pelo padre João Augusto da Frota, na esquina sudeste do Boulevard do Livramento (atual Avenida Duque de Caxias) com a Rua Pero Coelho (atual Barão de Aratanha). Na outra esquina estava o convento dos capuchinhos. Os recursos para construção foram obtidos através de campanhas movidas pelas várias confrarias religiosas. Foi inaugurado em 5 de julho de 1908, mantido e dirigido pelos frades capuchinhos; era uma obra das vocações missionárias, mista e gratuita. O prédio passou por reforma e ampliação em 1924, quando foi construído o segundo pavimento. Atualmente o imóvel está alugado a uma faculdade. Lá funcionou o Cinema Pio X, instalado no prédio da Escola em 3 de fevereiro de 1923, era frequentado pelos moradores das redondezas e exibia filmes lançados no Cine Moderno. Cinema mudo, instalado graças aos esforços dos capuchinhos, funcionou no andar térreo até 1937, enquanto no andar superior funcionava a escola para meninos pobres.
Praça Portugal –
localização: confluências das avenidas Dom Luiz e Desembargador Moreira, na
Aldeota – 47 anos
foto de Muhammad Said
A criação da Praça Portugal foi autorizada na administração do procurador fiscal Jorge Moreira da Rocha à frente da Prefeitura de Fortaleza entre abril e dezembro de 1947. A oficialização do ato se deu pelo Decreto-lei n° 202, de 23 de maio de 1947. Mas a Praça Portugal só foi inaugurada no dia 6 de abril de 1968, na gestão do prefeito José Walter Cavalcante, ocupando uma área de 13.440m². Foi construída pela SUMOV (Superintendência Municipal de Obras e Viação), ostentando um lago artificial e um grande obelisco. A praça contava ainda com uma fonte, uma ponte, postes e bancos. Durante a construção, empresários portugueses aqui estabelecidos doaram material para a obra e contribuíram financeiramente para sua construção. Atualmente corre grande risco de demolição porque a prefeitura de Fortaleza tem novos projetos para a área, e deseja suprimir a Praça Portugal com a alegação de que o espaço atrapalha o trânsito de veículos da região.
3 comentários:
Eu, Fco. Valdemir, sou ainda daquele tempo antigo, apesar de não me considerar tão velho, tenho apenas 57 anos, mas, gosto muito de curtir história antiga, pois ela nos conta uma época em que não vivemos, mas gostaríamos de ter vivenciado. Por isto gosto de ver e rever, fotos antigas, pois elas nos conta a nossa história, "QUEM SOMOS?, DE ONDE VIEMOS?, COMO CHEGAMOS AQUI? e QUAL SERÁ O NOSSO FUTURO?", por outro lado nós, FORTALEZENSES, não conseguimos e nem conseguiremos contar a nossa hisória, pois nós estamos acabando com ela, demolindo nossos prédio antigos, que são verdadeiras relíquias, e que não damos valor algum para eles, e tudo em nome do PROGRESSO... SALVEM A NOSSA MEMÓRIA...
Infelizmente nossa cidade não preserva sua história,sua memória. O centro da cidade dispõe,ainda, de uma série de equipamentos históricos que deveriam ser preservados ou mesmo restaurados. O bairro Jacarecanga é um local de grande relevância na história de Fortaleza por todo seu passado industrial e reduto da classe alta da cidade durante parte do século XX.Porém, pouco se faz para manter vivo o passado de nossa cidade, sendo prioridade demolições para fins comerciais e residenciais.
Ser representante é conta a história de um povo .
Este povo cheio de força e vontade de vencer.
Ainda bem que existe rastro e digitais.
Murros, palacete, e prédios eles contam por se só o que todos querem e precisão saber.
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