segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fortaleza privatizada

As calçadas são destinadas a circulação de pedestres. Isso na teoria, porque na prática, em Fortaleza, esse espaço há muito não pertence mais a quem anda a pé.
As calçadas e vias públicas são utilizadas como estacionamento, para exposição de mercadorias, para colocação de mesas e cadeiras por bares e restaurantes, isso quando não são simplesmente invadidas por construções irregulares.
Fortaleza tem uma Lei de Uso e ocupação do Solo que é ignorada tanto pela população, quanto pela prefeitura, representada por seus órgãos e regionais.
A privatização dos espaços públicos está presente em várias atividades, e em muitos empreendimentos, que uma vez estabelecidos, funcionam abertamente sem que sofram qualquer fiscalização ou questionamento por parte do poder público e de suas instâncias, que não coíbem os abusos e não justificam para que foram criadas.


A Avenida Gomes de Matos, principal avenida do Montese é conhecida pela desorganização e pelo grande fluxo de veículos além de ser corredor de ônibus. Mas veículos particulares estacionam sobre os passeios e os pedestres são obrigados a andar pela pista, com sério risco de sofrer atropelamento. A AMC, certamente, não conhece a Gomes de Matos.

Aqui ambulantes ocupam a calçada. Quando o poder público se omite, cada qual faz sua lei. Vence o mais forte.
Essa é no bairro da Parangaba. O muro da fábrica invadiu o espaço público, e a calçada que restou mede, no máximo, 30 cm. Quando chega à altura do poste, não tem alternativa: o pedestre tem que andar pela pista de rolamento, dividindo espaço com os veículos.

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