segunda-feira, 5 de maio de 2014

Messejana, antiga Aldeia Paupina

Somente a partir da incursão de Martim Soares Moreno a colonização portuguesa do Ceará começa a florescer efetivamente. Um dos fatores para esse processo foi a construção de um forte na região conhecida hoje como Barra do Ceará, com o auxílio de alguns indígenas vindos da região do Jaguaribe, o que gerou uma aglomeração no local. Corria o dia 20 de janeiro de 1612, quando Soares Moreno batizou o forte com o nome de São Sebastião.
Tempos depois, essa aglomeração foi destacada para as terras do Mondubim, onde foi formado o Arraial do Bom Jesus da Parangaba por solicitação dos jesuítas. Apenas nos idos dos anos de 1690 é que é formada a aldeia de Paupina, povoada por parte da população que fazia parte da aldeia de Parangaba, criada por volta de 1662. 


Igreja de N. S. da Conceição, fundada em 1871, instituída canonicamente em 1873, conforme provisão episcopal de D. Luis Antônio dos Santos, primeiro bispo do Ceará. A igreja foi construída inicialmente pelos jesuítas, que nesse mesmo local ergueram uma capela, em cuja base foi erigida a igreja atual .


Praça da Matriz com o busto do escritor José de Alencar
Calçadão no entorno da Lagoa de Messejana
A Lagoa de Messejana está localizada na Bacia do Rio Cocó, no eixo do rio Coaçu. O seu espelho d'água tem 33,7 hectares e um volume de mais de 865 mil metros cúbicos de água, constituindo-se na segunda maior lagoa da cidade. Urbanizada em 2003, transformou-se na principal área de lazer do bairro, atraindo visitantes de toda a cidade e até turistas. O lugar possui píer, quadra poliesportiva, campo de futebol de areia e calçadão com área para cooper que começa no terminal de ônibus urbanos, contornando suas margens até o Clube da Caixa Econômica.

segundo historiadores, o bairro se formou ao redor da lagoa primeiro com ocupação indígena e, depois, veio a catequese que construiu uma capela, e lançou as bases da atual igreja. 

a Estátua de Iracema, idealizada pelo arquiteto Leonardo Fontenele. Com 13 metros de altura, a personagem do romance de José de Alencar remete ao lugar que a índia costumava banhar-se.
Feira Livre


Colégio Seráfico Nossa Senhora do Brasil, instituição educacional mantida pelos frades menores capuchinhos, criado em 1934, quando a Ordem dos  capuchinhos da Província Ceará/Piauí necessitava de um local propício à formação de seminaristas, ingressos na Ordem.
 
Instituto Frei João Pedro de Sexto - antigo Patronato Coração de Maria, surgiu em fins da década de 40, mantido e dirigido pelas freiras da ordem das Capuchinhas 

Os jesuítas foram responsáveis pela urbanização de Messejana. Com a expulsão deles em 1759, decretada pelo Marquês de Pombal, a vila passou a ser chamada "Vila Nova de Messejana da América”. Nos séculos XVII, Messejana conheceu o progresso e teve uma importante função econômica dentro do Ceará, pois serviu de via de escoamento de gado na época das charqueadas. Deste período, ainda existem vestígios da Estrada Parangaba-Messejana e a Estrada do Fio.
Mais tarde, no século XIX, Messejana foi uma das vias de escoamento do algodão vindo das regiões do Jaguaribe e Sertão do Central, para ser  exportado pelo Porto de Fortaleza. Em 1921, Messejana sofreu uma transformação que tem repercussão até os dias de hoje: o então governador do Ceará, Justiniano de Serpa, rebaixou o município de Messejana à categoria de distrito anexado ao município de Fortaleza. 


Localização: Zona sudeste de Fortaleza

Distrito Messejana, município de Fortaleza.

População: 41.689 habitantes (IBGE – censo 2010)

Sendo 19.277 homens e 22.412 mulheres

Limites:

Norte: Cajazeiras, Parque Iracema e Cambeba

Sul: Ancuri, Paupina e Coaçu

Leste: José de Alencar, Curió e Guajerú

Oeste: Barroso e Jangurussu
 

pesquisa:
Wikipédia
portal Messejana
programa Parque Vivo
fotos de Rodrigo Paiva e Raquel Garcia - janeiro de 2014
 

6 comentários:

Leleka Rodrigues disse...

Parabéns pelas belas imagens assim como sua seleção. É muito bom contar com este blog que fala sobre nossa cidade e sua memória.

Anônimo disse...


Parabéns!!!
Muito Bom!!!
Obrigado!!!

Ass: Marckon

Unknown disse...

Parabéns pela reportagem.
Gostaria só de lembrar que o bairro tem muitos problemas. Um deles é o saneamento básico.

Unknown disse...

parabéns !!!!!

Fátima Garcia disse...

obrigada por prestigiarem o blog, Leleka, Marco Alves e você que não se identificou. Voltem sempre
abs

Anônimo disse...

Esse bairro possui diversos recursos geográficos, históricos e culturais para compor um programa de valorização e incremento do turismo, notadamente para a terceira idade. Que fique claro: a melhoria da infraestrutura local - sobretudo saneamento, estradas e transportes - é indispensável.

Ary Txay

autor de Cuba, Um Olhar Político e Poético e de Nomes Indígenas em Salvador