terça-feira, 19 de novembro de 2013

Alimentos Transgênicos

Você sabe o que significa esse símbolo/marca que encontramos em algumas embalagens de produtos alimentícios, inclusive infantis?


Significa que esse produto foi geneticamente modificado em laboratório, ou seja, contêm materiais genéticos de outros organismos, obtidos mediante técnicas de engenharia genética. Há uma ideia geral de que alimentos transgênicos podem ser prejudiciais à saúde, no entanto, a maioria da população não faz ideia de que boa parte da sua alimentação tem componentes feitos a partir de alimentos transgênicos, além de não saber identificar os que estão nas prateleiras dos supermercados. 


 85% do milho produzido no Brasil e nos EUA é transgênico. Derivados do grão, como o amido de milho e o xarope de milho (conhecido como high frutose) estão presentes em quase todos os alimentos processados que se encontram nos supermercados. Há suspeitas de que o amido e o xarope de milho causem danos aos órgãos. Dezoito variedades de milho transgênico são aprovadas para consumo no Brasil. 

As grandes indústrias de bioengenharia regularmente desenvolvem pesquisas que negam a toxicidade de produtos geneticamente modificados. ONGs, nutricionistas e gurus da alimentação saudável, por sua vez, recomendam incisivamente que as pessoas façam opção por produtos orgânicos, isso é, sem agrotóxicos e bioengenharia, porque transgênicos causariam danos ao meio ambiente e aumentariam a propensão ao surgimento de alergias, entre outras coisas. Enquanto não se tem certeza sobre quem está certo, a regra deveria ser uma só: transparência. Todo mundo deveria ser capaz de identificar facilmente alimentos produzidos através de bioengenharia, no rótulo, para poder escolher se quer ou não consumi-los. A identificação no rótulo já é feita. O que falta é esclarecer aos consumidores o que ela representa.

argumento a favor: a soja transgênica leva 1 tipo de herbicida (agrotóxico) no cultivo, enquanto a soja convencional exige 5 tipos diferentes deles;


argumento contra: o uso de agrotóxicos não diminuiu com a produção dos transgênicos. Pelo contrário. Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados unidos) mostraram que a produção de transgênicos entre 1996 e 2004 aumentou o uso de agrotóxicos em mais de 45 milhões de quilos, além do que já era usado no cultivo de plantas não transgênicas.

As supostas vantagens dos alimentos transgênicos:

. O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Para passa produzir a metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;
. O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com micro-organismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;
A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microrganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;
Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.


Os supostos prejuízos causados pelos transgênicos

. Alterar um gene pode refletir em outros problemas  - um único gene é responsável por um monte de características da planta, e não só daquela em que os cientistas querem mexer. Em outras palavras, pode-se mexer no que se quer e depois perceber que apareceu o que não era previsto...
Ainda não se sabe como serão as gerações futuras dos transgênicos - segundo a ONG Greenpeace, as plantas transgênicas podem gerar outras plantas com problemas genéticos (talvez até, irreversíveis), complicando a evolução delas. Uma pesquisa do Centro de Ecologia e Hidrologia do Reino Unido já mostrou, por exemplo, que a produção das plantas transgênicas é bem menor do que a das naturais. Sinal nada bom para o meio ambiente;
Plantas Super resistentes geram também pragas super resistentes - Plantas transgênicas muito resistentes a pragas, podem ser gatilho pra que apenas as pragas mais resistentes sobrevivam e gerem outras mais fortes ainda. Além disso causar um impacto ambiental gigantesco, pode ser que os agricultores comecem a usar megadoses de agrotóxicos para combater esse problema;
. Será que os transgênicos causam alergias? - É o que afirma o Instituto Akatu, segundo o qual já existem estudos internacionais sobre as novas alergias que começaram a aparecer por causa do consumo de alimentos transgênicos. 


Anunciado como produto saudável e recomendado para uso em saladas, o óleo de Canola não vem de uma planta chamada Canola. Canola é uma abreviação das iniciais de Canadian Oil Low Acid (Óleo canadense baixo em ácido) e ele é feito a partir de uma variedade de uma planta chamada Olza, que foi fertilizada de maneira cruzada por cientistas canadenses, até que eles chegassem em uma versão da semente que fosse mais baixa em um ácido tóxico que é parte do óleo da planta.


Alguns mercados mundiais, como o Japão, rejeitam fortemente a entrada de alimentos com características transgênicas, enquanto que outros, como os norte e sul-americanos e o asiático têm aceito estas variedades agronômicas.


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