Quarteirão que ficava entre a Rua pará e a Praça do Ferreira, demolido na década de 40
Cruzamento da Rua Floriano Peixoto com a Guilherme Rocha
Esquina da Rua Major Facundo com a Rua Pedro Borges
O lado leste compreendia a partir da esquina da Pedro
Borges, a Funilaria Central, o engraxate Cruz, a Molduraria Araújo, o Bazar
Alemão, os irmãos Patrício, a Empresa Telefônica, a Barbearia Fenelon, J.
Leitão, e no local onde hoje é a Caixa Econômica, a Delegacia de Polícia. Atravessando-se
a Rua Guilherme Rocha, havia, na esquina, a Rosa dos Alpes, de João Carvalho.
Rua Major Facundo, trecho das Farmácias Galeno e Oswaldo Cruz
Do lado do poente, no sentido norte-sul, encontrava-se a
Maison Art-Nouveau, a Gruta, de Teófilo Cordeiro, barbearia e restaurante de
uma vez.; a Livraria Americana, o Cine Politeama, a loja Machado Coelho, a
Farmácia Pasteur, a Farmácia Galeno, a Casa Almeida, o Majestic, a Livraria
Araújo, a Drogaria Oswaldo Cruz, o Foto Ribeiro, a Confeitaria Cristal e, na
esquina, a Casa Nery, de ferragens, que foi destruída por um incêndio.
Esquina da Rua Guilherme Rocha com a Major Facundo, com o Sobrado do Comendador machado, que antecedeu o Excelsior Hotel
Na esquina da Major Facundo com Guilherme Rocha, ficava o
café Riche, nos baixos do sobrado do Comendador Machado, e depois, com a
construção do Excelsior, a Farmácia Francesa.
Todas essas casas existiram em épocas não contemporâneas.
Na praça propriamente dita, até 1920 aproximadamente, erguiam-se cinco
artísticos quiosques que abrigavam quatro cafés e um servia de posto de
fiscalização da Companhia de Luz. No centro da praça, rodeada por colunas de
concreto e grades de ferro, ficava a Avenida ou Jardim 7 de Setembro. Ali
existiam também os célebres frades de pedra, com argolas, onde se amarravam os
animais. Eram feitos de pedra de lioz, vindas de Portugal.
Havia também, no
centro do jardim, uma caixa d’água e um catavento, que puxava água para aguar
os jardins.
Depois os quiosques foram retirados, a praça foi reformada e
surgiu em seu centro um coreto, onde a banda da polícia executava às
quintas-feiras, suas afamadas retretas.
Segunda metade dos anos 20, já sem os quiosques e com o coreto
Os quiosques eram os seguintes:
Café Java – ocupava o ângulo nordeste da Praça, defronte a
Intendência Municipal. Foi o primeiro a funcionar, e seu dono era o aracatiense
Manuel Pereira dos Santos, o popular Mané Coco, que o ergueu por volta de 1886. Depois o café passou às mãos de
Ovídio Leopoldino da Silva.
Café do Commércio
Café do Comércio – situava-se no ângulo noroeste, defronte ao Café Emídio. Era o maior de todos. Pertenceu inicialmente a José Brasil de Matos e, depois, às firmas Lopes e Filho, Virgílio Bezerra e Barbosa e Moreira.
Café Java
Café Elegante – estava situado no ângulo sudeste, defronte à funilaria São José, à torrefação de Joaquim Sá e no American Kinema. Seu primeiro proprietário foi Arnaud Cavalcanti Rocha (chamava-se então Café Chic). Já com o nome de Café Elegante passou para a firma Porto & Irmão. Posteriormente, com o nome de café Fênix, pertenceu a Sousa & Brasil, Américo Sá e José Leopoldino da Silva. O Café Elegante, como o do Comércio, tinha um primeiro andar.
Café Elegante
Vista da Praça do Ferreira
(o autor no último parágrafo se refere à reforma da Praça do
Ferreira nos anos 60, que descaracterizou totalmente o logradouro)
fotos do Arquivo Nirez
Crônica
Rodeando a Praça do Ferreira, de Otacílio de Azevedo
Extraído do
livro Fortaleza Descalça
Um comentário:
Boa Noite, Fátima!
Adorei conhecer mais sobre a antiga Fortaleza através do seu blog!
Procuro mais informações sobre uma pessoa mencionada no texto, o Sr. Pedro Francês, também conhecido como Leon Pierre Capoulade. Você poderia me ajudar?
Desde já, muito agradecida!
Postar um comentário