segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pelas Ruas e Avenidas de Fortaleza – Parte III

Avenida Domingos Olímpio

A Avenida Domingos Olímpio já se chamou Travessa dos Coelhos e Travessa n° 8, ganhando mais tarde a denominação atual. O nome Travessa dos Coelhos era devido a atual Praça José Bonifácio, que fica em frente ao quartel da Polícia Militar, que por sua vez fica de costas para a Domingos Olímpio, ser conhecida por Praça dos Coelhos.
A Avenida Domingos Olímpio inicia na Avenida Visconde do Rio Branco, no sentido nascente/poente, mesmo local que, no sentido contrário nasce a Rua João Brígido. E como se uma fosse o prosseguimento da outra, e vai terminar na Avenida José Bastos, no trilho do trem.



Por muito tempo a Domingos Olímpio foi uma espécie de perimetral, já que todas as ruas de sentido norte-sul praticamente terminavam nela. Quando continuavam ou eram em areia de tabuleiro ou eram fechadas logo em seguida por cercas, que guardavam sítios como o de Eugênio Porto, que fechava as Ruas Conselheiro Tristão e Jaime Benévolo. 
De todas as ruas que atravessam a Domingos Olímpio apenas a Barão de Aratanha, Barão do Rio Branco e Senador Pompeu prosseguiam. A Barão de Aratanha era apenas um caminho estreito.  Em 1949 os sítios começaram a ser abertos e as ruas tiveram prosseguimento.  A Domingos Olímpio tinha início praticamente na Conselheiro Tristão. 



Existia para o lado de seu atual início apenas um quarteirão em areia que ia até os fundos da Igreja das Doroteias. Na década de 1960, foi aberta e urbanizada,  e foi beneficiada com o advento da Avenida Aguanhambi, que lhe deu outra feição.
Na década de 1990 a Domingos Olímpio passou por obras para alargamento da via. As obras foram iniciadas ainda em 1992 com a demolição das primeiras casas desapropriadas.  Com o desaparecimento da estação ferroviária de Otávio Bonfim, a via termina no cruzamento com a Rua D. Jerônimo, no bairro Farias Brito (mais conhecido como Otávio Bonfim).


Em 2010 foi concluída a obra de alargamento da Rua Justiniano de Serpa, entre as avenidas Domingos Olímpio e Bezerra de Menezes, para facilitar o escoamento do tráfego no trecho. 

Quem foi
 

O cearense Domingos Olímpio (Sobral, 1850- Rio de Janeiro, 1906), foi o primeiro escritor a destacar, na literatura brasileira, o papel da mulher como personagem central de um romance nas condições históricas do sofrimento nordestino. O livro “Luzia Homem”, publicado  em 1903, narra a vida da sertaneja amargurada diante do flagelo da seca que,  para sobreviver executa com a mesma desenvoltura diversas tarefas até então exclusiva dos homens. Bonita, atraente tem um fim trágico ao defender a própria honra. Patrono da cadeira n° 8 da Academia Cearense de letras, Domingos Olímpio conquistou o respeito e notoriedade nacional pelo romance. Apesar disso, a maior parte de sua obra continua inédita. 



Extraído do livro
A história do Ceará passa por esta rua
de Rogaciano leite Filho

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