Avenida Domingos Olímpio
A Avenida Domingos Olímpio já se chamou Travessa dos Coelhos
e Travessa n° 8, ganhando mais tarde a denominação atual. O nome Travessa dos
Coelhos era devido a atual Praça José Bonifácio, que fica em frente ao
quartel da Polícia Militar, que por sua vez fica de costas para a Domingos
Olímpio, ser conhecida por Praça dos Coelhos.
A Avenida Domingos Olímpio inicia na Avenida Visconde do Rio
Branco, no sentido nascente/poente, mesmo local que, no sentido contrário nasce
a Rua João Brígido. E como se uma fosse o prosseguimento da outra, e vai
terminar na Avenida José Bastos, no trilho do trem.
Por muito tempo a Domingos Olímpio foi uma espécie de
perimetral, já que todas as ruas de sentido norte-sul praticamente terminavam
nela. Quando continuavam ou eram em areia de tabuleiro ou eram fechadas logo em
seguida por cercas, que guardavam sítios como o de Eugênio Porto, que fechava as
Ruas Conselheiro Tristão e Jaime Benévolo.
De todas as ruas que atravessam a
Domingos Olímpio apenas a Barão de Aratanha, Barão do Rio Branco e Senador
Pompeu prosseguiam. A Barão de Aratanha era apenas um caminho estreito. Em 1949 os sítios começaram a ser abertos e as
ruas tiveram prosseguimento. A Domingos
Olímpio tinha início praticamente na Conselheiro Tristão.
Existia para o lado
de seu atual início apenas um quarteirão em areia que ia até os fundos da
Igreja das Doroteias. Na década de 1960, foi aberta e urbanizada, e foi beneficiada com o advento da Avenida Aguanhambi,
que lhe deu outra feição.
Na década de 1990 a Domingos Olímpio passou por obras para
alargamento da via. As obras foram iniciadas ainda em 1992 com a demolição das
primeiras casas desapropriadas. Com o
desaparecimento da estação ferroviária de Otávio Bonfim, a via termina no
cruzamento com a Rua D. Jerônimo, no bairro Farias Brito (mais conhecido como
Otávio Bonfim).
Em 2010 foi concluída a obra de alargamento da Rua Justiniano de Serpa, entre as
avenidas Domingos Olímpio e Bezerra de Menezes, para facilitar o escoamento do tráfego no trecho.
Quem foi
O cearense Domingos Olímpio (Sobral, 1850- Rio de Janeiro, 1906),
foi o primeiro escritor a destacar, na literatura brasileira, o papel da mulher
como personagem central de um romance nas condições históricas do sofrimento nordestino.
O livro “Luzia Homem”, publicado em
1903, narra a vida da sertaneja amargurada diante do flagelo da seca que, para sobreviver executa com a mesma
desenvoltura diversas tarefas até então exclusiva dos homens. Bonita, atraente
tem um fim trágico ao defender a própria honra. Patrono da cadeira n° 8 da
Academia Cearense de letras, Domingos Olímpio conquistou o respeito e
notoriedade nacional pelo romance. Apesar disso, a maior parte de sua obra
continua inédita.
Extraído do livro
A história do Ceará passa por esta rua
de Rogaciano leite Filho
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