terça-feira, 10 de novembro de 2009

TV Ceará Canal 2 - a pioneira


Em 1960 foi descarregado no porto do Mucuripe o material da torre da TV Ceará Canal 2, obra pioneira do grupo Diários Associados, comandado por Assis Chateaubriand. Uma noticia veiculada pelo jornal Correio do Ceará, pertencente ao mesmo grupo empresarial, informava que o material era procedente da Inglaterra e pesava 30 toneladas. 
Adiantava que a torre seria instalada sobre uma base de 90 metros de altura, que juntamente com a antena de 18 metros, perfazia um total de 108 metros de altura.
A TV Ceará entrou no ar em 26 de novembro de 1960, época em que Fortaleza tinha cerca de 500 mil habitantes e apenas 200 televisores. 
Foi instalada no bairro Estância Castelo (atual Dionísio Torres), no local onde hoje funciona a holding do Grupo Edson Queiróz na Avenida Antonio Sales.
Era famosa a imagem do indiozinho bochechudo, que chegava a ficar horas no ar enquanto arrumavam os estúdios para apresentar o próximo programa. 
Não existiam na época nem o video-tape nem as garotas propagandas para completar o tempo da transmissão, era tudo ao vivo e na hora.
A TV Ceará encerrou suas atividades em 1980 juntamente com outras emissoras do Grupo Diários Associados, devido a cassação da concessão pelo governo militar.

domingo, 8 de novembro de 2009

A Conferência do Clima: Copenhague de 7 a 18 de dezembro de 2009

imagem: www.paginaunica.com.br/.../desmatamento.jpg

Á medida que a data se aproxima, cresce a expectativa em torno da Conferência do Clima – COP 15 (15ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontecerá na cidade de Copenhague entre os dias 7 e 18 de dezembro, e reunirá representantes de 190 países.
Observadores mais otimistas esperam que a reunião de Copenhague termine pelo menos com um compromisso dos maiores emissores que leve a uma efetiva redução das emissões nacionais dos gases de efeito estufa. Essa visão leva em conta importantes mudanças como a política ambiental nos Estados Unidos, e a anunciada disposição de países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, de participar de um novo acordo que substitua o
Protocolo de Kyoto após 2012.
Desde que os Estados Unidos, país com os maiores índices de poluição do mundo, deixou de assinar o Protocolo de Kioto, as negociações sobre metas ambientais estão paralisadas.
O Brasil ainda não definiu a sua posição na conferência, as opiniões sobre o assunto ainda são bastante divergentes.
Para o Ministério da Ciência e Tecnologia, Itamaraty e Casa Civil, o país não deve estabelecer uma meta específica de redução de gases estufa, apenas deve se comprometer em reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia, o que equivale ao corte de 20% das emissões de gases poluentes na atmosfera até 2020.
O Ministério do Meio Ambiente por sua vez quer que o país se comprometa a diminuir em 40% a quantidade de CO2 emitida durante este mesmo período. O Brasil está hoje entre os cinco maiores emissores dos gases carbônico e metano na atmosfera, devido principalmente às queimadas e ao desmatamento.
É importante lembrar que o governo do Brasil não controla as ações que ocorrem na Amazônia, as queimadas e a derrubada da floresta para agropecuária fazem parte do dia a dia da região, e em pelo menos um estado, o maior defensor da devastação da floresta, é ninguém menos que o próprio governador.
Além do mais, um percentual que (presume-se) seja superior a 50% da madeira extraída da Amazônia, é feita de forma ilegal, e não autorizada. As instâncias de governo responsáveis pela fiscalização limitam-se a apreender ou confiscar o que já foi derrubado ilegalmente.
São ações tardias, que não evitam o desmatamento.
Daí a expectativa acerca do tipo de compromisso que o Brasil assumirá na Conferência do Clima. Qualquer que seja a meta assumida, o país precisará adotar providências internas em regime de urgência urgentíssima para assumir o controle da Amazônia, para não passar pelo vexame de, mais uma vez, colocar o chapéu onde o braço não alcança.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Fortaleza que não existe mais: o Cine Diogo

Edificio do Cine Diogo. Nota-se a inexistência de outros edificios altos, a cidade ainda não era verticalizada. (Arquivo NIREZ)
  Convite do programa de inauguração do Cine Diogo. (Arquivo NIREZ)

O cinema foi inaugurado no dia 07 de setembro de 1940. Era um dos mais luxuosos cinema do centro de Fortaleza, com seu majestoso balcão e platéia de 1.000 lugares. Os freqüentadores usavam trajes de festa: terno para homens, vestidos elegantes para as mulheres.
O prédio ainda existe, no local funciona atualmente o Shopping Diogo, com acesso pelas Ruas Barão do Rio Branco e Guilherme Rocha.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Domingo no Centro: Vazio de Pessoas e de Perspectivas

Alguns estudos garantem e comprovam: existe uma tendência que vem ocorrendo em metrópoles latino-americanas: os centros urbanos estão perdendo população no centro e registrando crescimento populacional intenso em áreas periféricas, pressionando particularmente as áreas de proteção ambiental.

Em Fortaleza verifica-se o esvaziamento de andares inteiros de edifícios que já foram disputados por comerciantes e profissionais liberais.

O uso residencial praticamente desapareceu da área central, devido ao processo de degradação do centro tradicional e surgimento de novas frentes de expansão urbana. Dados do IBGE de 2000 apontam um decréscimo de 16,53% no número de moradores e de 14,72% de domicílios particulares em relação ao censo anterior.

O centro também perdeu o público que busca o lazer. Não há mais oferta de diversão por lá: até os cinemas tradicionais fecharam


Rua Barão do Rio Branco

Rua Floriano Peixoto - trecho Praça do Ferreira

Rua do Rosário

Rua General Bezerril

Rua Guilherme Rocha

Praça General Tibúrcio: o leão solitário

e o anjo depredado

A Fortaleza que não existe mais: O Clube Maguary


Sede do Maguary Esporte Clube, na Rua Barão do Rio Branco, palco de festas memoráveis
foto reprodução (Arquivo NIREZ)


o prédio atual ocupado pela COELCE

O Maguary Esporte Clube, um dos muitos clubes elegantes de Fortaleza, foi fundado em 24 de junho de 1924, numa iniciativa dos irmãos José, Raimundo e João Freitas Barbosa e por Armando Guilherme da Silva e Hugo Sanders.

Sua primeira sede ficava localizada no bairro do Alagadiço (atual São Gerardo), na Rua Bezerra de Menezes nº 25. A segunda era situada no então aristocrático bairro do Benfica, na avenida Visconde de Cauípe, nº 2081, hoje avenida da Universidade.

Posteriormente, um grupo de amigos, transformaram o antigo clube numa agremiação elegante, com sua nova e terceira sede social inaugurada em 20 de abril de 1946, em um amplo terreno, no número 2955 da rua Barão do Rio Branco, imóvel situado entre as ruas Padre Roma e Deputado João Pontes, no bairro de Fátima.

Naquela sede do Maguari praticava-se esporte profissional, (principalmente futebol) e amador. Ocorriam atividades festivas que marcaram a vida da cidade, principalmente nos alegres anos dourados, com o entusiasmo dos freqüentadores prolongando-se pelos anos seguintes. Muitas de suas animadas festas carnavalescas terminavam às dez horas da manhã seguinte acontecimentos inusitados para a pequena Fortaleza da época.

Em 14 de agosto de 1975, o clube encerrou suas atividades e sua sede foi vendida para a Coelce. José Leite Jucá foi o último presidente do clube e embora tenha sido contra a venda do imóvel , foi voto vencido.