O termo ética vem do grego ethos, originariamente habitat humano. "Ethos" significa, num sentido mais amplo, o lugar onde nos abrigamos, no qual é preciso haver princípios e valores que permitam a convivência. Esse conjunto de princípios e valores é exatamente o que chamamos de ética, ou seja, as regras da casa.
Já a ética profissional é definida como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação reguladora da ética no âmbito da profissão, que faz com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da profissão.
Todas as profissões têm um código de ética: os médicos, os advogados, os religiosos, os economistas, os professores, os enfermeiros, os servidores públicos, os empresários, etc.
Códigos de ética são encontrados até em grupos marginais da sociedade, como nas cadeias, onde condenados por crimes como estupro ou violência contra crianças, são violentamente repudiados pelos outros detentos.
Mas há uma casta de profissionais para quem a ética é só um vocábulo de dicionários que eles jamais consultam: os políticos.
No Brasil particularmente política e corrupção são complementares, um não existe sem o outro. Todos os dias políticos são flagrados com a boca na botija, dividindo o butim como um troféu, um tributo à falta de vergonha e a safadeza que habitam seus cérebros disformes.
O caso do Distrito Federal é só mais um na rotina de roubalheira que tomou conta do país. O governador dos panetones é reincidente: acusado de ter quebrado regras que eles mesmos criaram, jurou, pelo amor dos seus filhinhos que era inocente. Estava mentindo: além de culpado é mentiroso, e renunciou para não perder o mandato de senador. Desta vez o montante desviado foi tanto que o governador e sua curriola precisaram de um disfarce para carregar o produto da pilhagem. E valeu tudo: na mala, na bolsa, nos bolsos, na meia, na cueca.
Faz sentido: não existe lugar mais adequado do que a cueca, para se guardar dinheiro sujo.
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