As primeiras referências à desertificação como fenômeno de grandes proporções ambientais surgiram a partir do final da década de 1960, inicio de 1970, quando o mundo percebeu os efeitos devastadores da fome na África Ocidental, com a ocorrência de uma grande seca, no período de 1967 a 1973, mais precisamente na região do Sahel. Durante os seis anos de seca, cerca de 200 mil pessoas e milhões de animais morreram de fome e de sede.
Alguns anos mais tarde, o fenômeno da fome na África teve novo destaque, o que motivou a mobilização de cientistas de vários países para a questão da degradação ambiental e suas implicações sociais, econômicas e políticas para a população.
A desertificação é definida pela Convenção da Organização das Nações Unidas para o Combate a Desertificação como “o processo de degradação das terras das regiões áridas, semi-áridas e subúmidas secas, como resultante de diferentes fatores, entre eles, as variações climáticas e as atividades humanas.”
Por zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas, a Convenção entende todas as áreas com exceção das polares e das subpolares, nas quais a razão entre a precipitação pluviométrica anual e a evapotranspiração esteja compreendida entre 0,05 e 0,65 de índice de aridez.
O Ceará possui 90% de seu território no semi-árido, o que levou a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) a realizar, em 1994, estudo visando a detectar quais as áreas do Estado que apresentavam sinais evidentes de degradação ambiental. Os estudos indicaram a ocorrência de três áreas que apresentavam comprometimento quanto à preservação dos recursos naturais: O Sertão dos Inhamuns/ Crateús, Irauçuba e regiões circunvizinhas, e o Médio Jaguaribe.
Estima-se que em torno de 15.130 km, equivalentes a 10,2% de sua superfície total do Estado, estão em avançado processo de desertificação. Dentre as causas detectadas, está o fato de ter a maior parte de seu território enquadrado no semi-árido, predominância tanto de solos susceptíveis à erosão, como de um embasamento constituído por rochas cristalinas que dificultam o acúmulo de água subterrânea. Acrescente-se a ação direta do homem, que ocorre através do uso intensivo do solo na agricultura, sobrepastoreio, desmatamento desordenado, queimadas, extrativismo de madeira, utilização incorreta do solo, irrigação mal conduzida e atividades ligadas à mineração.
São conseqüências da desertificação, dentre outras:
1 - de natureza ambiental:
Perda de biodiversidade tanto de fauna quanto de flora,
perda de solos por erosão,
redução da disponibilidade de recursos hídricos,
modificação no clima.
2 – de natureza social
Abandono das terras por parte da população mais pobre,
2 – de natureza social
Abandono das terras por parte da população mais pobre,
redução da qualidade de vida,
aumento da mortalidade infantil,
diminuição da expectativa de vida da população, e
desestruturação das famílias como unidades produtivas.
3 – de natureza econômica
Queda na produtividade e produção agrícolas,
3 – de natureza econômica
Queda na produtividade e produção agrícolas,
diminuição da renda das famílias,
com a conseqüente redução do consumo e redução da oferta de produtos agrícolas.
7 comentários:
Qual seria a solução pra esse grave problema?
o certo seria as pessoas se concientizarem e pararem de desgasta o solo pois ao contrario eles nao sabem o que é sofrer com a falta de agua ainda.
a solução desse problema gravissimo passa por uma série de medidas que precisam ser adotadas o quanto antes. Mas uma das causas da desertificação, é sem sombra de dúvidas, o manejo inadequado do solo.
esse texto me ajudou no dever da escola obrigada.
de nada, William, volte sempre
Adorei seu blog obrigada pela ajuda
Parabéns pelo excelente trabalho, sou seu fã
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