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quinta-feira, 7 de março de 2024

Fortaleza sem memória: a história se repete

 

A estratégia é a mesma: os imóveis mais antigos, passiveis de tombamento por possivelmente conterem elementos importantes para a história patrimonial ou para a arquitetura da cidade, são deixados de lado, sem nenhum tipo de manutenção, sem nenhuma cobrança aos seus proprietários, sem emprego de nenhum recurso que possibilite sua manutenção. Quando chegam a um ponto sem retorno, tamanha é a deterioração, e metade da população aprova a medida, por perceber o risco que representa, então é chegada a hora, é dado o grito heroico de redenção, que elimina riscos de desmoronamentos e esconjura moradores indesejados: derruba!


Nos anos 50 (imagem arquivo Nirez)

Como a estratégia não é nova, e o resultado tampouco, era de se esperar que o próximo da fila, fosse inevitavelmente o Edifício São Pedro, na orla marítima. O edifício construído no início da década de 1950, inicialmente não tinha pretensões de abrigar um hotel; a transformação decorreu de um encontro promovido pela Junta Comercial em Fortaleza, no qual a rede hoteleira não seria suficiente para atender a demanda por acomodações.

Assim foi inaugurado como Iracema Plaza Hotel, a primeira edificação da orla de Iracema, com a fachada inspirada em hotéis de Miami. Foi inaugurado ainda inacabado, pois faltava concluir o último andar, o sétimo. Todo o edifício era habitado, inclusive o térreo. Nas alas Leste e Oeste ficavam as entradas de acesso à parte residencial. Na parte Norte, de frente para o mar, funcionava o Iracema Plaza Hotel, ocupando os sete andares. Na área Sul, que tem acesso para a antiga avenida Aquidabã, atual Historiador Raimundo Girão, estavam os flats.


Em 2013 (imagem blog Fortaleza em Fotos)

Naqueles festejados anos 50, o edifício São Pedro era o mais alto da Praia de Iracema, chamava a atenção por sua fachada diferenciada que imitava o formato de um navio antigo, abrigava um hotel luxuoso, que atraía artistas e pessoas conhecidas para o local. No térreo, de frente para o mar, foi instalado o restaurante “Panela”, que durante muito tempo, serviu como ponto de encontro da elite local e de turistas que visitavam a cidade.


atualmente (imagem Portal GCMais)

A decadência começou aos poucos com a chegada na Beira-Mar de outros hotéis, mais luxuosos, mas condizentes com as novas diretrizes que a cidade pensava para o turismo. Com o tempo o hotel fechou as portas e o prédio continuou como residencial, mas bastante esvaziado e com a procura por apartamentos cada vez menor. Sem manutenção, ou novos investimentos por parte dos poucos proprietários, atingiu o caos e ofereceu a desculpa ideal para demolição. Fim da história. 

no cenário original da Praia de Iracema (imagem IBGE)
 

No local deve surgir mais um desses edifícios modernosos, os envidraçados que abundam em Fortaleza, que refletem a intensa luz solar nas suas paredes espelhadas, e ofuscam olhos, sentidos e confundem o senso estético. Mas essa é sempre a solução fácil encontrada para a cidade: demolir. Qualquer um pode fazer, nem precisa ser autoridade.  Nosso palpite de quem será o próximo a cair: antiga escola Jesus, Maria José, na Rua Coronel Ferraz.   


publicação www.fortalezaemfotos.com.br.

terça-feira, 8 de junho de 2021

O Excelsior é o primeiro edifício de Fortaleza

 

Com 7 andares e um terraço – um espanto para a época – o primeiro arranha-céu de Fortaleza foi inaugurado no último dia do ano de 1931, e assinalou o início da construção de prédios altos na cidade. O projeto, de autoria desconhecida, foi inspirado num edifício de Milão, executado por Natale Rossi, irmão de Pierina Rossi, esposa do proprietário do edifício, o comerciante Plácido de Carvalho.



No acabamento foram utilizados materiais de primeira linha, importados da Europa, já que aquela época era praticamente inexistente esse tipo de produtos com alta qualidade, de procedência local. Em estilo eclético O Excelsior começou a ser construído como um prédio de alvenaria de tijolos de três pavimentos por volta de 1928/1929.  No decorrer das obras, o proprietário, Plácido de Carvalho, entendeu de elevá-lo para oito. Houve alerta dos engenheiros sobre os riscos de tal mudança. Em consequência, o proprietário contratou o engenheiro Archias Medrado, o qual calculou uma estrutura de concreto armado complementar. Os pilares, vigas e lajes foram construídos com a utilização de trilhos de trens adquiridos da Santa Casa da Misericórdia.




A portaria com a entrada para os elevadores ficou localizada na Rua Guilherme Rocha, enquanto o restante do pavimento térreo foi destinado a instalação de lojas e outros comércios. No primeiro andar funcionavam o restaurante, a barbearia, a cozinha, a adega, e o depósito de utensílios. Do segundo ao sexto pavimento ficavam os apartamentos, confortáveis, decorados, com água corrente, alguns completos com banheiros e outros avulsos.  No sétimo andar, a “joia da coroa”, um terraço com vistas para a cidade e o Bar Americano, cenário de festas, bailes elegantes, e do célebre “carnaval do sétimo céu”, movido a socialites, marchinhas, lança-perfumes, confetes e serpentinas.

O staff do hotel – gerente, copeiros, cozinheiros, garçons, camareiras – vieram do sul do país, devidamente treinados. O mobiliário também foi adquirido na Europa: espelhos bisotados, vidraças, lustres e móveis no estilo Art-Nouveau, lençóis e toalhas de linho irlandês, e para o salão de jantar, um piano de cauda Dooner. 



os antigos elevadores ainda funcionam

Fortaleza ainda não tinha descoberto seu potencial turístico e os meios de hospedagens, desde as pensões populares aos hotéis de várias categorias, eram todos no centro. Foram hóspedes do Excelsior, artistas que vinham em turnês, políticos, e famosos de todas as áreas, como a aviadora américa Amélia Earhart, o presidente Juscelino Kubitschek, o cineasta Orson Welles, a cantora lírica Bidu Sayão, o jogador de futebol Pelé, empresários, comerciantes, vendedores...


Plácido e Pierina

Os proprietários - Plácido e Pierina -  residiam no castelinho do Outeiro, construído na década de 1920. Depois que o hotel foi inaugurado, passaram a alternar entre o castelo e o Excelsior. Em 1933 a família decide se mudar para o Excelsior, porque Plácido precisava de cuidados médicos e o hotel oferecia maior facilidade de acesso. E foi num dos quartos do hotel que Plácido veio a falecer, no dia 5 de junho de 1935, aos 60 anos de idade. A viúva não voltou a morar no castelo do Outeiro, que ainda nos anos 30 foi alugado ao Serviço de Malária, órgão subordinado ao governo federal.


Plácido e Zaíra, filha de Pierina, no castelo do Outeiro

Pierina Rossi em seu castelo

No ano seguinte Pierina contrata os serviços do arquiteto húngaro Emilio Hinko para construção de seis casas para aluguel ao redor da edificação principal na quadra entre as avenidas Santos Dumont, ruas Carlos Vasconcelos, Monsenhor Bruno e Costa Barros. Alguns anos depois, Pierina e Hinko se casam e passam a morar numa dessas casas. Pierina faleceu em 11 de dezembro de 1958, e o hotel encerrou as atividades em 1° de outubro 1964, após 33 anos de intenso movimento.


Emilio Hinko

Mais tarde, Emilio Hinko passou a residir num dos apartamentos do Excelsior, em companhia de alguns familiares húngaros. Ele viveu no hotel até falecer no dia 04 de janeiro de 2002, aos 100 anos de idade.


Na época em que o Excelsior fechou, a pretexto de realizar reformas, o Centro ainda aglutinava os negócios e comércios importantes da cidade. Grandes lojas, os maiores cinemas, bancos, instituições; os maiores hotéis ainda estavam localizados no centro, exceto o Iracema Plaza que havia sido inaugurado na Praia de Iracema nos anos 50.


Hotel Savanah, na Praça do Ferreira

A inauguração do Hotel Savanah, em 12 de abril de 1964, instalado na vizinhança, na Rua Major Facundo, de frente para a Praça do Ferreira, com dez suítes e 128 apartamentos, distribuídos em treze andares, deu uma ideia da concorrência que o Excelsior viria a enfrentar. O Savanah foi a primeira torre hoteleira da cidade, e chegou a conquistar o posto de melhor e maior hotel de Fortaleza, arrebatando o título que até então pertencia ao Excelsior.



O Excelsior, que não é mais hotel, ainda tem o térreo ocupado por lojas e prestadores de serviços. No período natalino, se enfeita de vermelho e recebe as crianças do coral natalino,  compondo o Natal de Luz da Praça do Ferreira. Fica na Rua Guilherme Rocha, 172, centro.


A partir do início dos anos 70, a hotelaria começa a se expandir rumo ao litoral, na Avenida Beira-Mar e arredores, dentro da nova vocação turística que a cidade se inseriu; as lojas, cinemas, lanchonetes, bares e restaurantes, buscaram os grandes centros comerciais e os shoppings centers; e os órgãos de administração pública também buscaram novos endereços na parte leste da cidade. 

Desde então, os estabelecimentos com endereço no Centro, pagam o preço da expansão da cidade e da falta de políticas de revitalizações,  que possam tornar o local atrativo para novos empreendimentos, e que contemplem a ocupação de tantos espaços vazios.


Os grandes hotéis que fecharam no Centro

Palace Hotel – 1927 – 1971

Excelsior – 1931 – 1964

Lord Hotel – 1956 – 1992

San Pedro Hotel – 1959 – 1990

Hotel Savanah – 1964 – 1992

Premier Hotel – 1969 – década de 90

Hotel Sol – 1971 – 2001 

            

fotos: Arquivo Nirez e Fortaleza em Fotos

Fontes: Jornal O Povo, Anuário do Ceará, Guia Turístico da Cidade. 


terça-feira, 23 de junho de 2015

Os antigos hotéis de Fortaleza

Os antigos hotéis de Fortaleza ficavam todos no centro da cidade. Era no centro que se concentravam todas as atividades comerciais, e os meios de hospedagem estavam ligados ao comércio, aos negócios. Não havia  em Fortaleza nenhuma atividade voltada para o turismo nem havia perspectiva para tal. Os donos de hotéis compartilhavam dessa visão. Dentre os pioneiros os maiores, como o Excelsior e o Palace Hotel, recebiam personalidades importantes, como artistas, políticos e autoridades. 


Os menores hospedavam vendedores, caixeiros-viajantes, responsáveis pelo abastecimento da cidade. As pensões acolhiam estudantes vindos do interior para estudar na capital, e visitantes mais modestos.  Alguns dos hotéis que acolheram os visitantes de Fortaleza: 

Sede do Grande Hotel do Norte, atualmente, Museu da Indústria do Ceará
 
Grande Hotel do Norte – foi um dos primeiros hotéis de Fortaleza, instalado em novembro de 1882, no sobrado na esquina das Ruas Floriano Peixoto com Dr. João Moreira. No ano de sua inauguração recebeu como hóspede ilustre D. Maria do Patrocínio, esposa do libertador José do Patrocínio. O hotel pertenceu a Silvestre Rendall, que mais tarde o vendeu  para o francês Norberto Golignac. Alguns anos depois o prédio do Grande Hotel do Norte foi vendido ao Correio que em 1935 o vendeu para a Light, a então concessionária de luz e força para a Cidade. Atualmente o prédio abriga o Museu da Indústria do Ceará. 

 Na antiga sede do Clube Cearense, funcionaram o Hotel de France e o Palace Hotel. Hoje é a sede da Associação Comercial do Ceará. 

Hotel de France – O hotel de France, de propriedade de Isidor Brown foi inaugurado nos tempos áureos da belle epoque, quando Paris era o modelo a ser seguido, e o idioma francês era quase a linguagem corrente na cidade entre as elites. Funcionou na luxuosa sede do Clube Cearense, na Rua Floriano Peixoto esquina com a Rua Dr. João Moreira, em frente ao Passeio Público. 

Palace Hotel – Depois que o Hotel de France desocupou o prédio, O Palace Hotel se instalou na mesma antiga sede do Clube Cearense, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a rua Dr. João Moreira, no Passeio Público. O Palace Hotel funcionou entre 1927 e 1971. Hoje o edifício abriga a sede da Associação Comercial do Ceará. 

o que restou do prédio do Hotel Avenida depois do incêndio 
  
Hotel Avenida – O Hotel Avenida funcionava na Rua Formosa (atual Barão do Rio Branco), esquina com a Rua da Municipalidade (atual Guilherme Rocha), de propriedade de um comerciante chamado Abílio, que morava lá com a mulher. Eram três andares: o térreo, mais dois, onde ficavam os quartos e um mirante.  Apesar do nome, o prédio não tinha nada de hotel, era na verdade uma casa de cômodos. Não servia nem café, e os quartos que acolhia os hóspedes – estudantes, em sua maioria – eram separados por tabiques de madeira. Em setembro de 1929, irrompeu um grande incêndio a partir do térreo. O fogo começou de baixo para cima e rapidamente tomou conta de todo o prédio. O incêndio começou de madrugada, enquanto todos dormiam e o proprietário saiu batendo de porta em porta, alertando os hóspedes. O incêndio do Hotel Avenida foi o maior incêndio que houve até então em Fortaleza, e não havia corpo de bombeiros na época, que só foi criado depois, e por causa desse incêndio.  Além do Hotel Avenida foram atingidas a Casa Primor, a Fascinadora, a Alfaiataria Job e a Relojoaria Cancão, deixando anda grandes prejuízos na Casa Zenith e em A Samaritana. O local é onde hoje funciona a Loja A Esmeralda. 

Hotel Brasil – inaugurado no dia 17 de março de 1945, no Palacete Brasil, na esquina da Rua General Bezerril com Travessa Morada Nova, na Praça General Tibúrcio. O hotel pertencia a firma Alexandre e Quintana, e foi construído por Rodolfo F. da Silva e Filho. 


Excelsior Hotel – O Excelsior Hotel – o maior e mais luxuoso do seu tempo – foi inaugurado no último dia do ano de 1931, na Praça do Ferreira, numa iniciativa de Plácido de Carvalho. O hotel foi erguido na Rua Guilherme Rocha n° 172, esquina com a Rua Major Facundo, no local antes ocupado pelo sobrado do Comendador Machado, onde funcionou o Hotel Central e o Café Riche.  O projeto do hotel, de autor desconhecido, foi inspirado num edifício de Milão e construído pelo arquiteto Natali Rossi. A decoração interna foi feita por Pierina Rossi, utilizando material de primeira linha, importado da Europa. Em estilo eclético, foi o primeiro arranha-céu da cidade construído em alvenaria – pilares, vigas e lajes feitos com a utilização de trilhos de trem comprados da Santa Casa de Misericórdia. O Excelsior encerrou suas atividades no dia 1° de outubro de 1964, após 33 anos de funcionamento. 

Hotel Bitu – Iniciou suas atividades na categoria “Pensão”, propriedade de Bartolomeu de Oliveira (Bitu), depois passou a ser chamado Hotel Bitu, com os sócios Manuel Dias Branco e Tomás Pereira. Ficava localizado a Praça da Sé nº 88. 

San Pedro Hotel, na Rua Castro e Silva. No local atualmente funciona o CREA-CE

San Pedro Hotel – Instalado na esquina das Ruas Castro e Silva com Floriano Peixoto, o San Pedro Hotel foi inaugurado no dia 29 de maio de 1959, com dois restaurantes, um no primeiro, outro no sétimo andar. Pertencia ao empresário Pedro Lazar. 

Astoria Hotel – propriedade de Pedro Philomeno Gomes foi inaugurado no dia 7 de agosto de 1941, na esquina das Ruas Barão do Rio Branco com Liberato Barroso, n° 171. O prédio do hotel construído em 1937, foi demolido em abril de 1962. 

Fortaleza Hotel – o dia 16 de julho de 1938 marca a inauguração do Fortaleza Hotel, na Rua Senador Pompeu n° 706, da empresa Fortaleza Hotéis Ltda., de Francisco Pires Holanda e Zaide Ramos Holanda. 

Lord Hotel – Inaugurado em 1956, num prédio de 8 andares, com cerca de 120 apartamentos. Considerado um exemplar da arquitetura moderna cearense, o Lord Hotel teve seu auge nas décadas de 60 e 70, período em que recebeu artistas famosos,  personalidades da cena brasileira e até a Seleção Brasileira de Futebol. Em 1992 foi fechado e transformado em apart hotel. Nos últimos anos, estava praticamente abandonado, sendo desapropriado em 2001 pelo Governo do Estado, e tombado pela Prefeitura de Fortaleza em 2006. Desde então, passa por reformas. 

Hotel Savanah, na Praça do Ferreira. prédio está desocupado

Hotel Savanah – O Savanah foi o último hotel de grande porte a ser inaugurado no centro, em 12 de abril de 1964, iniciativa de Pedro Lazar, instalado no Edifício Jereissati. Localizado na esquina da Rua Major Facundo com Travessa Pará, no térreo funcionava a Lojas Brasileira, que inaugurou a primeira escada rolante de Fortaleza. Em 1992, foi à falência, vítima do esvaziamento do centro e das mudanças urbanas que levaram negócios, lazer, e turistas para a orla marítima. O prédio de propriedade da família Jereissati, está abandonado, exceto o térreo ocupado por uma grande loja de departamentos. 

Iracema Plaza Hotel – Foi a primeira edificação da orla de Iracema, com a fachada inspirada em hotéis de Miami. No térreo funcionou o restaurante “Panela”, que durante muito tempo, serviu como ponto de encontro da elite local e de personalidades que visitavam a cidade. O edifício não foi concebido para abrigar um hotel, a transformação decorreu de um encontro realizado em Fortaleza, promovido pela junta comercial, que não contava com uma rede hoteleira capaz de atender as necessidades. O hotel que deu início ao ciclo de construção de hotéis na orla marítima, foi desativado na década de 1970, encerrando um ciclo de luxo e requinte nos tempos áureos da Praia de Iracema. 

O Prédio do Esplanada Hotel está em processo de demolição

Hotel Esplanada – Inaugurado em 1978, o Hotel Esplanada era naquela época o edifício mais alto da Praia de Iracema, com 18 andares, 2.724 metros quadrados de área e 230 apartamentos. Foi o primeiro hotel 5 estrelas de Fortaleza. Em 2004, o hotel foi vendido ao grupo português Dorisol Hotels, que fechou o hotel temporariamente para uma grande reforma. Com o grupo proprietário endividado, a data de reinauguração foi sendo adiada, e o hotel jamais foi reaberto. Em 2014 o que restou do edifício foi adquirido por um grupo local, que pretende demolir a edificação. 

fotos: Arquivo Nirez, IBGE