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No início dos anos 1930, com mais de 100 mil habitantes, os
problemas de  Fortaleza e  suas contradições só se agravaram. Os
discursos dos governantes continuavam enfatizando a necessidade de modernizar e
embelezar a cidade – sonhava-se com uma modernidade que nunca foi alcançada. Na
verdade o discurso da modernidade visava dotar a cidade de equipamentos que
beneficiassem os setores econômicos mais influentes, disciplinasse a expansão
urbana e controlasse a crescente população pobre e a tensão social decorrente
desse crescimento.

Coreto.jpg. Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
Fortaleza antiga: jardins e coreto (arquivo Nirez)
pra%C3%A7aferrer Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
Fortaleza “moderna”: Coluna da Hora no lugar do coreto (arquivo Nirez)

Praças e jardins foram construídos, enquanto outros eram
remodelados. Na Praça do Ferreira, o coreto foi demolido e substituído pela
Coluna da Hora, em 1933, monumento bem mais adequado para uma cidade que vivia
em ritmo cada vez mais intenso, veloz, e moderno. Ruas foram ampliadas a
exemplo da Liberato Barroso, ou interligadas, como a Avenida Visconde do Rio
Branco à Sena Madureira, com o objetivo de facilitar o tráfego urbano. 

rua+25+de+mar%C3%A7o+ao+lado+da+escola+normal Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
 Rua 25 de março (arquivo Nirez)

Ainda
visando melhorar o trânsito de veículos, as ruas centrais foram pavimentadas
com paralelepípedos ou concreto (as mais 
movimentadas), e criada a Inspetoria de tráfego. Em 1934 a antiga e
deficiente iluminação pública a gás, foi trocada pela iluminação elétrica, em
mais um feito de modernidade exaltado pelos jornais da época.


constru%C3%A7%C3%A3o+do+excelsior+1920+genealogy Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
Excelsior Hotel, ainda em construção (foto genealogy) 

A cidade entrou na era dos arranha-céus, quebrando sua
horizontalidade com a inauguração do Excelsior Hotel, em 1931, na Praça do
Ferreira, suntuoso prédio com impressionantes sete andares para a época, tido
como o melhor hotel do Norte e Nordeste.

faculdade+de+direito Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
No discurso da modernidade, a construção de novos edificios, como o da Faculdade de Direito (Arquivo Nirez)
telefonica Fortaleza, década de 1930 e a busca (ainda) de Modernidade
e o prédio da Telefônica (ainda em construção) foto do Arquivo Nirez

Também foram erguidos prédios
suntuosos, a exemplo do novo Mercado Municipal, do prédio da Faculdade de
Direito e da Empresa telefônica. No final da década de 1930 foram iniciadas as
obras do Porto do Mucuripe, apontado como fundamental para a cidade sair do
atraso. 

fonte:
Fortaleza, uma breve história, de Aírton de Farias e Artur Bruno

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Autor

mfgprodema@yahoo.com.br