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a%C3%A7ude Açude Quixabinha
foto: http://br.worldmapz.com/photo/5076_zh.htm
Localização:
Município de Mauriti, Distrito da Palestina, na Região do Cariri.

Capacidade:
32,5 milhões de metros cúbicos

Bacia
hidrográfica do Rio Salgado
 
O Açude da Quixabinha, denominado oficialmente Eng°
José Waldir de Vasconcelos Lopércio, levou exatos 55 anos entre sair do projeto
até sua conclusão. No ano de 1912, Augusto Leite de Araújo Lima iniciava uma
corrida, em prol da construção de um açude que servisse ao povoado em que residia, e na qual contou com o apoio de poucos e terminou por não assistir a
realização de seu grande sonho. 
Nesta jornada quem muito o ajudou foi seu filho
Antônio Augusto, nas várias etapas em que se divide a operação, estudo,
política e determinação da construção. A construção do açude, iniciada em 1951
e concluída em 1967, trouxe uma revolução para a bucólica Quixabinha; peões e
funcionários ligados ao DNOCS passaram a morar no acampamento ou nas suas
proximidades.
a%C3%A7ude1 Açude Quixabinha
 Igreja matriz de Palestina do Cariri  (foto:http://www.mauriti.ce.gov.br)

Os casamentos foram acontecendo na proporção em que
a obra crescia e os recém-chegados iam se adaptando e melhor conhecendo a
região. Os benefícios que uma barragem do porte do Quixabinha trazem para as
famílias residentes e principalmente, para os proprietários das terras onde se
edificava, eram muitos. Os filhos do coronel Augusto Leite de Araújo Lima, a
exceção de Miguel Augusto de Araújo Lima, que morava no município, mas no
Descanso e Umburana, os demais se encontravam totalmente desvinculados dessas
atividades, não tendo portanto, usufruído de vantagens.
Os filhos do tio João Leite de Araújo Lima,
liderados  por Antônio Leite de Araújo
Lima, se engajaram nos trabalhos e prestaram sua contribuição. A redenção de
todo o vale, que se deve ao represamento das águas do Riacho do Boi e controle
do Riacho do Gomes, trouxe o progresso e um novo Distrito para o município, a
Palestina do Cariri, antiga favela, que a partir do início das obras do açude, prosperou
e viu aumentar o número de moradores. 

extraído do livro
Famílias Cearenses, de Francisco Augusto 

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