Localizado no sertão do Ceará, o município de Canindé
fica a 115 km da capital Fortaleza. O
principal evento religioso/cultural é a festa do padroeiro: a de São Francisco das
Chagas, popularmente conhecida como a Romaria de Canindé. Uma das festas
religiosas mais antigas do estado de Ceará
A Festa de São Francisco das Chagas é um dos eventos
religiosos mais antigos do Brasil e acontece de 24 de setembro a 04 de outubro –
dia dedicado a São Francisco – Essa data é alterada apenas em anos de eleições,
caso desse ano de 2014, razão pela qual o evento foi adiado para o período de
09 a 19 de outubro.
religiosos mais antigos do Brasil e acontece de 24 de setembro a 04 de outubro –
dia dedicado a São Francisco – Essa data é alterada apenas em anos de eleições,
caso desse ano de 2014, razão pela qual o evento foi adiado para o período de
09 a 19 de outubro.
Sala de Ex-votos
O ex-voto ( voto realizado) é o presente dado pelo
fiel ao seu santo de devoção em consagração, renovação, agradecimento ou
pagamento de uma promessa. As expressões votivas são tradicionalmente
reconhecidas sob as formas de pinturas ou desenhos, figuras esculpidas em
madeira, modeladas em argila ou moldadas em cera, muitas vezes representando
partes do corpo que estavam doentes e foram curadas. Comumente são
representados como placas com inscrições, manuscritos em papel ou como objetos
de uso cotidiano, como fotografias, mechas de cabelos, roupas, etc.
Em Canindé se encontra a estátua de São Francisco,
com 30,25 metros de altura, feita por mestre Bibi, escultor de outras esculturas
conhecidas. A imagem foi colocada no
alto do Moinho, o bairro mais elevado da cidade, onde pode ser avistada por
todos que se aproximam de Canindé. O monumento foi inaugurado em 4 de outubro
de 2005.
com 30,25 metros de altura, feita por mestre Bibi, escultor de outras esculturas
conhecidas. A imagem foi colocada no
alto do Moinho, o bairro mais elevado da cidade, onde pode ser avistada por
todos que se aproximam de Canindé. O monumento foi inaugurado em 4 de outubro
de 2005.
Eles têm dia marcado para o encontro com São
Francisco em Canindé. Vem de outras cidades do Ceará, do Rio Grande do Norte, Piauí,
Maranhão, dos demais estados do Nordeste e desse Brasil afora. Chegam pelos
meios de transporte mais diversos, ônibus fretado, semi-leito, pau-de-arara, automóvel, bicicleta, moto e à pé.
Trazem pouca
bagagem, “ex-votos” para agradecer a graça alcançada, e um mundo de tristezas
para trocar pela alegria de participar da festa. Deste modo eles procedem, esta gente cheia de
dores e esperanças, os romeiros de São Francisco, “o pobrezinho de Assis”.
Encontram a cidade pronta para recebê-los. Cada uma
das casas transforma-se em pousadas. E há também o rancho dos romeiros, capaz
de abrigar de uma só vez, milhares de peregrinos.
Porém, antes mesmo de buscarem hospedagem, fazem a
visita primeira e obrigatória à Basílica de São Francisco. Só então, com a
benção do Santo, começam a peregrinação pela cidade. Trazendo ou não oferendas,
uma das passagens obrigatórias é pelo salão de ex-votos, verdadeiro museu das
dores e da cultura nordestina. Nele está depositado um dos mais ricos tesouros
antropológicos de nossa cultura.
Em seguida, há o passeio pelo Convento dos
Franciscanos, onde os romeiros acreditam estar São Francisco ainda hoje
escondido. Depois se segue a Via Sacra, as procissões, as missas, as rodas de
emboladas de coco, as milhares de tendas e barracas do comércio ambulante, e de
noite, o parque de diversões.
O importante é sentir-se romeiro, um entre milhares
de irmãos. O encontro revigora-lhes as forças, dá novo ânimo. A volta para casa
é rápida, cheia de boas recordações, lembranças que deverão durar até a próxima
festa.
Extraído do livro O Ceará dos Anos 90 – Censo Cultural
fotos de Raquel Garcia e Rodrigo Paiva
out/2014
fotos de Raquel Garcia e Rodrigo Paiva
out/2014
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