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Quando o Estádio Presidente Vargas foi inaugurado em
1941, era chamado de Estádio Municipal, e podia receber cerca de 6,5% da
população de Fortaleza, ou seja, 12 mil dos 182 mil habitantes.

Quando surgiu em 1973, o Castelão era capaz de
reunir uma percentagem um pouco menor da população: 5,8%, pois o estádio tinha
capacidade para 70 mil lugares, enquanto 1,2 milhões de pessoas já moravam em Fortaleza.
As duas construções consideradas monumentais para o porte da capital cearense
ao seu tempo, impressionaram muita gente. Tanto que para alguns memorialistas, os
dois estádios causaram uma intervenção urbana sentida até os dias de hoje.
Est%C3%A1dio+Presidente+Vargas+-+d%C3%A9c.+40 A Influência dos Estádios de Futebol
Estádio Presidente Vargas na década de 40 (Arquivo Nirez)

O bairro em que 
foi construído o Estádio Plácido Aderaldo Castelo – Castelão, recebeu também
o nome de Castelão. Com a sua inauguração, apareceu toda uma comunidade no
entorno, formada por gente que de alguma maneira tentava sobreviver com a maior
exposição daquela área, de acordo com o pesquisador Cristiano Câmara.

Antes da construção do estádio, cujas obras duraram
quatro anos, a região se chamava Boa Vista, mas também era conhecida pelo nome
original, Mata-Galinha.
Castel%C3%A3o+-+1973_2 A Influência dos Estádios de Futebol
 Castelão no dia da inauguração (postal da época)

O terreno de 25 hectares (500×500 metros) em que foi
erguido foi desapropriado da Santa Casa de Misericórdia pelo Governo do Estado.
A construção no local rendeu muita polêmica na época, já que ficava muito
distante do centro. Pelo esforço empreendido pelo governador Plácido Castelo
(1966-1971), o estádio recebeu seu nome.

Há quem discorde, no entanto, que o surgimento de estádios
tenha causado alguma influência na formação urbana de Fortaleza. Para o
professor Liberal de Castro, a única coisa que o Castelão fez foi acelerar a
construção e a pavimentação de vias que dão acesso ao estádio, como as Avenidas
Silas Munguba (antiga Dedé Brasil), Paulino Rocha e Alberto Craveiro.

Extraído da Revista Fortaleza, fascículo 8, de maio
de 2006

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mfgprodema@yahoo.com.br