Palácio do Plácido em 1964.
foto Mauricio Cals
Riquíssimo e de extremo bom gosto, O Palácio do Plácido foi considerado uma das residências mais suntuosas do Brasil.
Presente do comerciante Plácido de Carvalho para sua mulher Pierina, uma italiana de Milão, o imóvel ocupava uma quadra inteira, com frente para a Avenida Santos Dumont, entre as ruas Carlos Vasconcelos, Monsenhor Bruno e Costa Barros, na Aldeota, antigo bairro do Outeiro.
Consta que Plácido adquiriu a planta de um palácio na Itália e reproduziu o imóvel em Fortaleza, que foi construído pelo engenheiro João Sabóia Barbosa. A obra teve inicio no ano de 1918 e foi concluída em 1921.
Pierina e Plácido ficaram casados até a morte deste, em 1935. Mais tarde Pierina contraiu núpcias com o arquiteto húngaro Emilio Hinko, que construiu, a pedido da mulher, uma série de casas para aluguel em torno do palacete principal.
Estas construções resistiram até hoje e são conhecidos por castelinhos do Ceart
No dia 11 de fevereiro de 1974, o castelo foi vendido pelos herdeiros do comerciante, ao grupo Romcy. Imediatamente após, no dia 13, foi iniciada a demolição, sob protestos da imprensa, já que estava em curso uma ação visando o tombamento do imóvel.
No local foi (ou seria) construído um supermercado.
O Palácio do Plácido ficava onde hoje está a pracinha do Ceart, na Santos Dumont.
Os empresários Cearences desde de longe, mostram o seu descompromisso com a preservação da história, cultura e a natureza. Recente episódio da destruíção de quarterão inteiro de verde, feito pelo empresário Beto Studart. Mais um absurdo a contabilizar!!!
ResponderExcluirPior é o dano ambiental que afeta diretamente a população: a cidade está cada dia mais quente, menos ventilada e menos bela. Apesar do discurso de sustentabilidade, o que vigora mesmo é o capitalismo selvagem.
ResponderExcluirInfelizmente, Fortaleza está se tornando uma cidade sem Rosto, pois está perdendo suas caracteristicas originais e sua historia. O crime que aconteceu com essa demoliçao nao pode ser esquecido, maculou a historia da cidade, apagou sua memória. Este castelo fazia parte da nossa historia, nunca poderia ter sido derrubado. Marcou para sempre a prepotência dos empresários locais e a fraqueza de nossos governantes.
ResponderExcluirolá Eliane
ResponderExcluirNão é à toa que somos acusados de ser uma cidade sem memória: os proprietários demoliram o castelo a toque de caixa, para construir um supermercado que nunca saiu do chão. Dizem que durante a demolição podiam ser vistos pinturas, azulejos, esculturas, verdadeiras obras de arte misturadas aos escombros.
Lamentável! Fico me questionando, como se pode apagar à história do passado à troco míseros tostões.
ExcluirAté hoje quando passo na Praça Luiza Távora, me transporto para a época do Castelo, deveria ser uma vida bem prazerosa .
ExcluirUm verdadeiro crime a demolição de um imóvel desses.
ResponderExcluirJAMAIS poderia ter ido ao chão.
Começa com a incompetência dos herdeiros, que não tem a menor habilidade gerencial dos seus patriarcas e são os que primeiro desprezam o patrimônio.
O alento, se é que se pode chamá-lo assim, fica sob o grupo Romcy que ruiu de vez.
A frase dita acima "Marcou para sempre a prepotência dos empresários locais e a fraqueza de nossos governantes" define perfeitamente o que significou a demolição.
Fátima, existem recortes de jornal sobre o caso?
Esse castelo tinha como única herdeira Zaíra, filha de Pierina, vindo com ela da Itália ainda pequena. Atualmente mora em São Paulo
ExcluirOlá Joz,
ResponderExcluiro mais decepcionante é que, foi demolido para nada, em troca de nada, todos perderam. Poderiam ter mantido o imóvel como atração turística, ou para realização de eventos, já pensou, um casamento num castelo em Fortaleza? Foram burros, não é a toa que faliram. Sei que saíram noticias no Jornal O Povo, se voce pesquisar na edição de fevereiro de 1974, entre os dias 10 a 15, certamente vai encontrar muita coisa. A biblioteca pública possibilita essa pesquisa porque dispõe de todos os jornais de Fortaleza, separados por data.
obrigada pela visita ao blog
Assisti a demolição na calçada de frente, com o rosto banhado…😢 crianças brincávamos de esconde esconde aí
ExcluirNão há plágio em divulgar fatos que devem ser de domínio público.Pelo contrário devem ser divulgados Fotografei a pagina e agora tenho as fotos e o texto no meu computador.
ResponderExcluirOi Bosco
ResponderExcluirnão entendi a msg, pode ser mais explícito?
abs
Nossa pobre cidade deveria ser rebatizada de "Pobreleza", porque, coitadinha dela e de nós, só tem na classe endinheirada a mais pobre em cultura. São um bando de ignorantes que só visam lucro e não estão nem aí para a cultura, a memória linda de nossa cidade que tem sido destruída, esmagada sob o lema da GANÂNCIA. Da corja dos governantes a gente nem comenta, ela se completa com a outra.
ResponderExcluirFizemos um vídeo, eu e minha esposa, a este verdadeiro atentado ao patrimônio histórico brasileiro e porque não dizer do mundo, utilizando o verdadeiro hino a esta cidade, composto por nosso querido cantor e compositor Ednardo: LONGARINAS é o nome desta composição que retrata bem a degradação de nossa cidade no que concerne a conservação de seus prédios históricos. Temo pelo destino Excelsior Hotel. Lembro muito do Castelo da Santos Dumont, e toda vez que passava em frente ficava embevecido com tanta beleza. Queria algum dia poder ver como seria o dia a dia de seus moradores nos áureos tempos... Vejam o vídeo neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=Qsk2hV01HNQ
ResponderExcluirParabéns ao Blog! E viva de qualquer maneira a internet que nos possibilita este... de volta ao passado.
Foi parecido com uma guerra onde os mísseis devastadores chegam às cegas, não distinguindo artes ou gente, com único objetivo: destruição.
ExcluirOi Francilena, isso é desanimador, não?
ResponderExcluirOi Sylvio Montenegro, achei muito legal o vídeo, e postei na fanpage do facebook do blog
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/fortalezaemfotos
parabéns pelo trabalho de vocês
É a força da grana que constrói e destrói coisas belas...
ResponderExcluirMuito triste toda está ignorância do cearense. Este palácio foi projeto do meu Tio avó, outro tio morava nas casas alugadas e eu ,meus primos e irmãos brincamos muito lá.
ResponderExcluirLamentável LL!
Eu gostaria de saber se é possível ver a planta desta belíssima construção deploravelmente perdida.
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